Noticia AECOPS 5368-REBAIXAMENTO DA VIA FÉRREA AVANÇA EM ESPINHO

21-09-2002
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Após uma longa espera, foi finalmente anunciado o concurso público para a empreitada de rebaixamento da linha férrea que atravessa o centro da cidade de Espinho.

Durante a apresentação do projecto, pronto desde Abril último, e ao ver aproximar-se a concretização daquele que é um sonho antigo da população, José Mota, presidente da Câmara Municipal de Espinho afirmou que _este é um acto de rara importância para o País e constitui mais um passo para a requalificação urbana da cidade_. É que no lugar ocupado desde há mais de um século pela linha férrea nascerá uma zona verde vocacionada para o lazer e a fruição cultural. Este novo jardim cobrirá, pelo menos, parte do percurso subterrâneo do comboio que se estenderá por cerca de um quilómetro.

Para quem vier de sul para norte, o túnel terá início pouco antes do estádio do Sporting de Espinho e terminará junto à Rua 13. Em ambas as extremidades do túnel haverá rampas com 500 metros de comprimento. Deste modo, a travessia da cidade em comboio assemelhar-se-á a uma pequena viagem de metropolitano, com a plataforma de entrada e largada de passageiros a ficar situada no subsolo.

O edifício da estação, esse manter-se-á à superfície, entre as Ruas 25 e 26, ligeiramente a sul da localização actual.

Mais detalhadamente e de norte para sul, o rebaixamento da linha começará perto do rio Largo, seguindo em rampa até à Rua 11, onde se iniciará o túnel de duas linhas, numa extensão de 1100 metros, até terminar na Rua 43. A partir daí e até bem perto do apeadeiro de Silvade a linha volta a subir até ao nível normal. Tudo isto perfaz uma intervenção de cerca de quatro quilómetros.

No entanto, as grandes novidades do projecto prendem-se com os referidos 1100 metros de túnel e, mais concretamente, com o que surgirá à superfície.

Assim e frente ao Comercial Solverde 1, irá nascer um parque de estacionamento de apoio ao próprio Centro e ao Casino de Espinho.

PRAÇA PEDONAL E JOGOS DE ÁGUA

Em direcção ao sul, uma praça pedonal com jogos de água e bancos de jardim ocupará o espaço onde agora se ergue a estação da CP, que será então demolida.

Entre as Ruas 21 e 23, surgirá a praça das esplanadas. A par de um grande espelho de água, no qual desaguarão dois canais de água que dividem ao meio a praça, haverá lugar para diversos bares amovíveis, tudo isto em frente ao Casino e ao Centro Comercial Solverde 2.

Na Rua 23, onde agora existe uma passagem de nível de sentido único, será construída uma rotunda, que reordenará grande parte do trânsito naquela zona. A partir daí, começará a praça da nova estação, que será construída mesmo em frente ao Centro Comercial Palmeiras, entre as Ruas 25 e 27. Essa zona, até agora muito longe do bulício da zona central da cidade, ganhará uma nova vida devido ao previsível aumento de movimento de pessoas.

A nova estação, ao contrário do que se chegou a pensar ficará à superfície e albergará as bilheteiras e gabinetes. Dentro do edifício existirão escadas de acesso, essas sim subterrâneas, às plataformas.

Entre as Ruas 27 e 33, frente à antiga Fábrica Progresso, será construído um parque de estacionamento com paragens de autocarros. Por fim e frente ao Estádio Comendador Manuel Violas, nascerá o maior espaço verde de toda a alameda. No meio de uma grande zona relvada existirá um bar e ainda um parque infantil. Perto dali será construído um interface de apoio ao terminal da linha do Vouga, que agora termina na estação de Espinho e que passará a ter o seu fim junto à antiga estação do Vouguinha. Quanto a outras alterações que esta obra vai implicar na própria cidade e na linha do comboio, destaque-se ainda a destruição e substituição, por um outro mais a norte, do pontão junto ao rio Largo.

Durante as obras serão ainda instaladas duas linhas provisórias no espaço da CP, para que não haja alterações nos horários. O novo traçado da linha prevê que ela, ao entrar em Espinho, seja um pouco desviada para poente, voltando depois ao seu curso normal.

A passagem subterrânea da Rua 19, que passa por baixo da actual linha, será eliminada, mas os azulejos ali existentes, que retratam um pouco da história da cidade, serão reaproveitados.

CONCLUSÃO PREVISTA PARA 2004

A empreitada que, faltando ainda os trâmites do concurso, deverá ter início apenas no próximo Outono, está orçada em cerca de dez milhões de contos, tendo o secretário de Estado Rui Cunha assumido o compromisso de evitar qualquer deslize financeiro. Mais tarde, porém, o presidente da Refer, Cardoso dos Reis, viria a admitir que as obras no subsolo são _de risco_, devido às frequentes vicissitudes que comportam.

Seja como for, o investimento será também custeado em grande parte pela autarquia no que se refere aos arranjos à superfície.

A este propósito, José Mota, que assumiu há dois anos uma verba entre quatro e cinco milhões de contos, preferiu não concretizar números desta vez. _Não sei quanto é que a Câmara vai gastar nem estou preocupado com isso. O que eu quero é que a obra se faça_, afirmou o autarca, acrescentando, numa alusão a pretensões semelhantes de outras localidades servidas pelo comboio e de que é exemplo a Trofa, que _é fácil reivindicar rebaixamentos, mais difícil é assumir que se paga uma parte_.

O rebaixamento da linha só ficará concluído em 2004 e o decurso da obra será acompanhado por um técnico da Refer especialmente destacado para o efeito.

Descontando os incómodos normais causados por uma obra de grande envergadura, Cardoso dos Reis espera, todavia, que a empreitada não ocasione especiais transtornos ao normal tráfego ferroviário, a não ser em ocasiões pontuais. Rui Cunha salientou, por seu turno, o reverso da medalha, ou seja, a eliminação do impacte ambiental negativo de um comboio a atravessar uma cidade à superfície, com todo o seu cortejo de _incomodidades, ruído e perturbação_.

Após uma longa espera, foi finalmente anunciado o concurso público para a empreitada de rebaixamento da linha férrea que atravessa o centro da cidade de Espinho.

Durante a apresentação do projecto, pronto desde Abril último, e ao ver aproximar-se a concretização daquele que é um sonho antigo da população, José Mota, presidente da Câmara Municipal de Espinho afirmou que _este é um acto de rara importância para o País e constitui mais um passo para a requalificação urbana da cidade_. É que no lugar ocupado desde há mais de um século pela linha férrea nascerá uma zona verde vocacionada para o lazer e a fruição cultural. Este novo jardim cobrirá, pelo menos, parte do percurso subterrâneo do comboio que se estenderá por cerca de um quilómetro.

Para quem vier de sul para norte, o túnel terá início pouco antes do estádio do Sporting de Espinho e terminará junto à Rua 13. Em ambas as extremidades do túnel haverá rampas com 500 metros de comprimento. Deste modo, a travessia da cidade em comboio assemelhar-se-á a uma pequena viagem de metropolitano, com a plataforma de entrada e largada de passageiros a ficar situada no subsolo.

O edifício da estação, esse manter-se-á à superfície, entre as Ruas 25 e 26, ligeiramente a sul da localização actual.

Mais detalhadamente e de norte para sul, o rebaixamento da linha começará perto do rio Largo, seguindo em rampa até à Rua 11, onde se iniciará o túnel de duas linhas, numa extensão de 1100 metros, até terminar na Rua 43. A partir daí e até bem perto do apeadeiro de Silvade a linha volta a subir até ao nível normal. Tudo isto perfaz uma intervenção de cerca de quatro quilómetros.

No entanto, as grandes novidades do projecto prendem-se com os referidos 1100 metros de túnel e, mais concretamente, com o que surgirá à superfície.

Assim e frente ao Comercial Solverde 1, irá nascer um parque de estacionamento de apoio ao próprio Centro e ao Casino de Espinho.

PRAÇA PEDONAL E JOGOS DE ÁGUA

Em direcção ao sul, uma praça pedonal com jogos de água e bancos de jardim ocupará o espaço onde agora se ergue a estação da CP, que será então demolida.

Entre as Ruas 21 e 23, surgirá a praça das esplanadas. A par de um grande espelho de água, no qual desaguarão dois canais de água que dividem ao meio a praça, haverá lugar para diversos bares amovíveis, tudo isto em frente ao Casino e ao Centro Comercial Solverde 2.

Na Rua 23, onde agora existe uma passagem de nível de sentido único, será construída uma rotunda, que reordenará grande parte do trânsito naquela zona. A partir daí, começará a praça da nova estação, que será construída mesmo em frente ao Centro Comercial Palmeiras, entre as Ruas 25 e 27. Essa zona, até agora muito longe do bulício da zona central da cidade, ganhará uma nova vida devido ao previsível aumento de movimento de pessoas.

A nova estação, ao contrário do que se chegou a pensar ficará à superfície e albergará as bilheteiras e gabinetes. Dentro do edifício existirão escadas de acesso, essas sim subterrâneas, às plataformas.

Entre as Ruas 27 e 33, frente à antiga Fábrica Progresso, será construído um parque de estacionamento com paragens de autocarros. Por fim e frente ao Estádio Comendador Manuel Violas, nascerá o maior espaço verde de toda a alameda. No meio de uma grande zona relvada existirá um bar e ainda um parque infantil. Perto dali será construído um interface de apoio ao terminal da linha do Vouga, que agora termina na estação de Espinho e que passará a ter o seu fim junto à antiga estação do Vouguinha. Quanto a outras alterações que esta obra vai implicar na própria cidade e na linha do comboio, destaque-se ainda a destruição e substituição, por um outro mais a norte, do pontão junto ao rio Largo.

Durante as obras serão ainda instaladas duas linhas provisórias no espaço da CP, para que não haja alterações nos horários. O novo traçado da linha prevê que ela, ao entrar em Espinho, seja um pouco desviada para poente, voltando depois ao seu curso normal.

A passagem subterrânea da Rua 19, que passa por baixo da actual linha, será eliminada, mas os azulejos ali existentes, que retratam um pouco da história da cidade, serão reaproveitados.

CONCLUSÃO PREVISTA PARA 2004

A empreitada que, faltando ainda os trâmites do concurso, deverá ter início apenas no próximo Outono, está orçada em cerca de dez milhões de contos, tendo o secretário de Estado Rui Cunha assumido o compromisso de evitar qualquer deslize financeiro. Mais tarde, porém, o presidente da Refer, Cardoso dos Reis, viria a admitir que as obras no subsolo são _de risco_, devido às frequentes vicissitudes que comportam.

Seja como for, o investimento será também custeado em grande parte pela autarquia no que se refere aos arranjos à superfície.

A este propósito, José Mota, que assumiu há dois anos uma verba entre quatro e cinco milhões de contos, preferiu não concretizar números desta vez. _Não sei quanto é que a Câmara vai gastar nem estou preocupado com isso. O que eu quero é que a obra se faça_, afirmou o autarca, acrescentando, numa alusão a pretensões semelhantes de outras localidades servidas pelo comboio e de que é exemplo a Trofa, que _é fácil reivindicar rebaixamentos, mais difícil é assumir que se paga uma parte_.

O rebaixamento da linha só ficará concluído em 2004 e o decurso da obra será acompanhado por um técnico da Refer especialmente destacado para o efeito.

Descontando os incómodos normais causados por uma obra de grande envergadura, Cardoso dos Reis espera, todavia, que a empreitada não ocasione especiais transtornos ao normal tráfego ferroviário, a não ser em ocasiões pontuais. Rui Cunha salientou, por seu turno, o reverso da medalha, ou seja, a eliminação do impacte ambiental negativo de um comboio a atravessar uma cidade à superfície, com todo o seu cortejo de _incomodidades, ruído e perturbação_.

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