Portugal "caça" quatro leões

09-07-2003
marcar artigo

Leo Burnett Lisboa viu desclassificado aquele que seria o "Grand Prix" português

Portugal "Caça" Quatro Leões

Segunda-feira, 07 de Julho de 2003

JWT, Leo Burnett, FCB e Tempo OMD foram as agências nacionais que caçaram "leões" no "safari" publicitário de Cannes. A 50ª edição do Festival de Cannes ficou também marcada por ter sido retirado à Leo Burnett Lisboa o que seria o primeiro "Grand Prix" da história da publicidade nacional.

Diana Ralha

Na semana mais comprida da indústria publicitária mundial, a criatividade lusitana conseguiu o maior destaque de sempre nas páginas que a imprensa internacional dedica anualmente à cobertura do Festival Internacional de Publicidade de Cannes. Infelizmente, o "tempo de antena" não se deveu aos quatro "leões" que as três agências de publicidade e uma agência de meios portuguesas ganharam, mas sim pela desclassificação do que seria o primeiro "Grand Prix" (o mais importante prémio do festival) português na história do festival publicitário que este ano comemorou o seu 50º aniversário.

A polémica não é nova: a campanha publicitária da Leo Burnett Lisboa para a Livraria Ferin foi considerada um "fantasma" - ou seja, um anúncio feito "à medida" para o concurso. A campanha da Livraria Ferin era muito simples: apresentava o conteúdo de página solta de uma obra literária, rematando com o "slogan": Se uma página o faz pensar, imagine um livro".

A campanha - que estava inscrita nas categorias de Imprensa e "Outdoor" - foi dada como vencedora do "Grand Prix" de Imprensa, nos bastidores do Festival, mas acabou por ser retirada de competição, porque a organização constatou que a inserção dos anúncios da campnaha nos meios publicitários não tinha sido paga. Ou seja, a criatividade foi paga à Leo Burnett pelo anunciante, mas o espaço publicitário que a veiculou foi "oferecido". O prémio que foi retirado aos portugueses foi entregue à TBWA Paris, por uma peça chocante para a Sony Playstation.

Um Leão de Ouro, dois de Prata - todos na competição de Imprensa/ "Outdoor", e um "Media Lion" são o resumo da participação nacional nas bodas de "ouro" do Festival de Cannes. J.Walter Thompson (JWT), FCB, Leo Burnett e Tempo OMD foram as agências portuguesas vencedoras.

Na competição "Imprensa/ Outdoor", Portugal tinha 167 inscrições das 8669 peças inscritas. A delegação lusitana trouxe três "Leões" para "casa": a JWT ganhou um "Leão" de Ouro com a campanha para o Exército de Salvação Nacional; a Leo Burnett - que no ano passado tinha trazido para Portugal dois leões de prata - trouxe "prata" com uma campanha para a Kellogg?s All Bran; e a FCB ganhou outro "Leão" de Prata com a campanha para o produto Raid, da SCJohnson.

Na categoria "Media" - competição que distingue as melhores estratégias, planeamento e execução de meios -, a Tempo OMD conquistou, pelo segundo ano consecutivo, um "media lion", com o trabalho para o Jumbo "Rik&Rok".

Portugal não conseguiu ter nenhum trabalho na final ("shortlist") das categorias "Cyber" e "Marketing Directo". Na competição mais "prestigiada" de Cannes, a de "Filmes", os trabalhos nacionais não valeram "rugidos", mas chegaram dois trabalhos à "shortlist": "Sheep", da TBWA/ EPG, para a TMN e a campanha televisiva do Exército de Salvação da JWT.

A campanha da FCB para o insecticida "Raid" é tão ou mais "fantasma" que a da Livraria Férin. Rompe totalmente com a linha de comunicação da marca e foi veiculada semanas antes da realização do Festival, na primeira edição de um novo suplemento de um semanário português de tiragem muito modesta. Esta "deixa" foi dada José Ricardo Cabaço, um dos júris portugueses do festival de Cannes, porém, esta campanha não estava a competir pelo "nirvana" publicitário, como a da Leo Burnett, "apenas" por um galardão de prata...

Leo Burnett Lisboa viu desclassificado aquele que seria o "Grand Prix" português

Portugal "Caça" Quatro Leões

Segunda-feira, 07 de Julho de 2003

JWT, Leo Burnett, FCB e Tempo OMD foram as agências nacionais que caçaram "leões" no "safari" publicitário de Cannes. A 50ª edição do Festival de Cannes ficou também marcada por ter sido retirado à Leo Burnett Lisboa o que seria o primeiro "Grand Prix" da história da publicidade nacional.

Diana Ralha

Na semana mais comprida da indústria publicitária mundial, a criatividade lusitana conseguiu o maior destaque de sempre nas páginas que a imprensa internacional dedica anualmente à cobertura do Festival Internacional de Publicidade de Cannes. Infelizmente, o "tempo de antena" não se deveu aos quatro "leões" que as três agências de publicidade e uma agência de meios portuguesas ganharam, mas sim pela desclassificação do que seria o primeiro "Grand Prix" (o mais importante prémio do festival) português na história do festival publicitário que este ano comemorou o seu 50º aniversário.

A polémica não é nova: a campanha publicitária da Leo Burnett Lisboa para a Livraria Ferin foi considerada um "fantasma" - ou seja, um anúncio feito "à medida" para o concurso. A campanha da Livraria Ferin era muito simples: apresentava o conteúdo de página solta de uma obra literária, rematando com o "slogan": Se uma página o faz pensar, imagine um livro".

A campanha - que estava inscrita nas categorias de Imprensa e "Outdoor" - foi dada como vencedora do "Grand Prix" de Imprensa, nos bastidores do Festival, mas acabou por ser retirada de competição, porque a organização constatou que a inserção dos anúncios da campnaha nos meios publicitários não tinha sido paga. Ou seja, a criatividade foi paga à Leo Burnett pelo anunciante, mas o espaço publicitário que a veiculou foi "oferecido". O prémio que foi retirado aos portugueses foi entregue à TBWA Paris, por uma peça chocante para a Sony Playstation.

Um Leão de Ouro, dois de Prata - todos na competição de Imprensa/ "Outdoor", e um "Media Lion" são o resumo da participação nacional nas bodas de "ouro" do Festival de Cannes. J.Walter Thompson (JWT), FCB, Leo Burnett e Tempo OMD foram as agências portuguesas vencedoras.

Na competição "Imprensa/ Outdoor", Portugal tinha 167 inscrições das 8669 peças inscritas. A delegação lusitana trouxe três "Leões" para "casa": a JWT ganhou um "Leão" de Ouro com a campanha para o Exército de Salvação Nacional; a Leo Burnett - que no ano passado tinha trazido para Portugal dois leões de prata - trouxe "prata" com uma campanha para a Kellogg?s All Bran; e a FCB ganhou outro "Leão" de Prata com a campanha para o produto Raid, da SCJohnson.

Na categoria "Media" - competição que distingue as melhores estratégias, planeamento e execução de meios -, a Tempo OMD conquistou, pelo segundo ano consecutivo, um "media lion", com o trabalho para o Jumbo "Rik&Rok".

Portugal não conseguiu ter nenhum trabalho na final ("shortlist") das categorias "Cyber" e "Marketing Directo". Na competição mais "prestigiada" de Cannes, a de "Filmes", os trabalhos nacionais não valeram "rugidos", mas chegaram dois trabalhos à "shortlist": "Sheep", da TBWA/ EPG, para a TMN e a campanha televisiva do Exército de Salvação da JWT.

A campanha da FCB para o insecticida "Raid" é tão ou mais "fantasma" que a da Livraria Férin. Rompe totalmente com a linha de comunicação da marca e foi veiculada semanas antes da realização do Festival, na primeira edição de um novo suplemento de um semanário português de tiragem muito modesta. Esta "deixa" foi dada José Ricardo Cabaço, um dos júris portugueses do festival de Cannes, porém, esta campanha não estava a competir pelo "nirvana" publicitário, como a da Leo Burnett, "apenas" por um galardão de prata...

marcar artigo