BRITEIROS2: Nevoeiro, de Fernando Pessoa

20-01-2012
marcar artigo

domingo, janeiro 02, 2005

Nevoeiro, de Fernando Pessoa

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer -

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quere.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

:: enviado por 0 comentário(s):

:: enviado por JAM :: 1/02/2005 01:17:00 da manhã :: início ::

domingo, janeiro 02, 2005

Nevoeiro, de Fernando Pessoa

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer -

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quere.

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

:: enviado por 0 comentário(s):

:: enviado por JAM :: 1/02/2005 01:17:00 da manhã :: início ::

marcar artigo