seia portugal: A ver vamos

21-01-2012
marcar artigo


Passaram as férias, passou o tempo da chamada silly season e agora regressamos à realidade. À dura realidade! É assim em Seia, em Portugal e em quase todo o mundo civilizado. Novos tempos, novas realidades. No país, um novo governo de direita faz por cumprir o tal “memorando da troika” e faz por ir ainda mais além desse memorando, anunciando sucessivamente aumentos dos preços dos produtos e dos impostos e reduzindo regalias sociais essenciais à sobrevivência decente e digna. Sabíamos que isto um dia ia acontecer. Que vivíamos acima das possibilidades e que um dia chegaria a factura. Esse momento chegou, mas não podemos querer mudar o rumo de um dia para o outro, à custa de quem trabalha. De quem vive remediado, sem que os chamados grandes contribuam como devem. Por isso, a dura realidade depois das férias poderá ter um sabor muito amargo, que descambará inevitavelmente em contestações sociais. E no dia que a rua se agitar muito, poderá ser o princípio do fim. Começa a ser insustentável, porque de repente, podemos não morrer do mal, mas da cura. É que não há quem aguente. Porque um dia destes olhamos para o lado, e tombou toda a gente. Fugimos todos!É óbvio que todos os partidos do arco da governação têm culpas, mas agora o que é preciso é procurar atenuar as dificuldades a quem não tem emprego, a quem tem de pagar livros escolares, consultas, medicamentos, exames, pão, energia, gasolina, e outros bens e serviços fundamentais.Passaram as férias e há muita gente que não volta ao trabalho. Nenhuma notícia é animadora. A construção civil baixou aos níveis de antes do 25 de Abril. Não há obras, não há dinheiro. Não há consumo, não circula dinheiro. E sem dinheiro deixa de haver dinamismo económico e qualidade de vida. E tudo se precipita para o abismo. Não se vive do ar. Há empreendedorismo, mas não há quem queira comprar produtos, e se não se vende, não se vive. Há no entanto um momento em que a política terá de sobrepor-se à economia.Passaram as férias, não há muita notícia animadora, tudo vai mal, tudo é colossal, mas há esperança! Dizem que as exportações estão a subir um pouco. Que exportamos mais sapatos e confecções. Deus queira que aumente mais e mais e que o sector produtivo conheça mais incremento para que se gere riqueza e se dê, afinal, esperança. Para que não tenha que fugir tanta gente para França, para Angola ou outros países onde se acendem pequenas luzes de sobrevivência.Em Seia em particular e em Portugal em geral, regressamos das férias à dura realidade, onde a palavra de ordem é poupar.Eu poupo, tu poupas, depois de todos termos andado a desperdiçar e a dizer que Eles é que eram gastadores e Nós poupadinhos. É complicado mas fingimos que não há-de ser assim tão mau e que temos de ser positivos. Que isto vai melhorar. Por isso, o nosso fado é acreditarmos que temos de levantar-nos do chão, dos escombros e caminhar, na esperança de que cada um de nós dê um contributo para que isto mude para melhor, já que é duro regressar de férias e dar de caras com esta dureza dos dias, de narrativas improváveis, como esta que gira a entreter a esperança, na vã tentativa de dourar a pílula. A ver vamos!


Passaram as férias, passou o tempo da chamada silly season e agora regressamos à realidade. À dura realidade! É assim em Seia, em Portugal e em quase todo o mundo civilizado. Novos tempos, novas realidades. No país, um novo governo de direita faz por cumprir o tal “memorando da troika” e faz por ir ainda mais além desse memorando, anunciando sucessivamente aumentos dos preços dos produtos e dos impostos e reduzindo regalias sociais essenciais à sobrevivência decente e digna. Sabíamos que isto um dia ia acontecer. Que vivíamos acima das possibilidades e que um dia chegaria a factura. Esse momento chegou, mas não podemos querer mudar o rumo de um dia para o outro, à custa de quem trabalha. De quem vive remediado, sem que os chamados grandes contribuam como devem. Por isso, a dura realidade depois das férias poderá ter um sabor muito amargo, que descambará inevitavelmente em contestações sociais. E no dia que a rua se agitar muito, poderá ser o princípio do fim. Começa a ser insustentável, porque de repente, podemos não morrer do mal, mas da cura. É que não há quem aguente. Porque um dia destes olhamos para o lado, e tombou toda a gente. Fugimos todos!É óbvio que todos os partidos do arco da governação têm culpas, mas agora o que é preciso é procurar atenuar as dificuldades a quem não tem emprego, a quem tem de pagar livros escolares, consultas, medicamentos, exames, pão, energia, gasolina, e outros bens e serviços fundamentais.Passaram as férias e há muita gente que não volta ao trabalho. Nenhuma notícia é animadora. A construção civil baixou aos níveis de antes do 25 de Abril. Não há obras, não há dinheiro. Não há consumo, não circula dinheiro. E sem dinheiro deixa de haver dinamismo económico e qualidade de vida. E tudo se precipita para o abismo. Não se vive do ar. Há empreendedorismo, mas não há quem queira comprar produtos, e se não se vende, não se vive. Há no entanto um momento em que a política terá de sobrepor-se à economia.Passaram as férias, não há muita notícia animadora, tudo vai mal, tudo é colossal, mas há esperança! Dizem que as exportações estão a subir um pouco. Que exportamos mais sapatos e confecções. Deus queira que aumente mais e mais e que o sector produtivo conheça mais incremento para que se gere riqueza e se dê, afinal, esperança. Para que não tenha que fugir tanta gente para França, para Angola ou outros países onde se acendem pequenas luzes de sobrevivência.Em Seia em particular e em Portugal em geral, regressamos das férias à dura realidade, onde a palavra de ordem é poupar.Eu poupo, tu poupas, depois de todos termos andado a desperdiçar e a dizer que Eles é que eram gastadores e Nós poupadinhos. É complicado mas fingimos que não há-de ser assim tão mau e que temos de ser positivos. Que isto vai melhorar. Por isso, o nosso fado é acreditarmos que temos de levantar-nos do chão, dos escombros e caminhar, na esperança de que cada um de nós dê um contributo para que isto mude para melhor, já que é duro regressar de férias e dar de caras com esta dureza dos dias, de narrativas improváveis, como esta que gira a entreter a esperança, na vã tentativa de dourar a pílula. A ver vamos!

marcar artigo