Viagens Pelo Oeste: Os Campos de Cimento

01-07-2011
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Um dia destes percorri o caminho que fazia diariamente, para a escola primária, de regresso a casa, entre o Bairro da Ponte e o Bairro dos Arneiros ... Consegui encontrar os amigos que me acompanhavam, sempre com mil e uma brincadeira, em ambas as direcções, numa estrada ainda pouco perigosa, com muito mais bicicletas e motorizadas que carros...Tanto espaço aberto, hoje ocupado por urbanizações...Desapareceram as áreas verdes (pinhais e hortas) que cercavam o bairro, a estrada única de entrada deu lugar a outras passagens e até a uma ponte sobre a Linha do Oeste, que quase apagou a antiga passagem de nível. A velha casa do Zenário (penso que é assim que se escreve...) e os mil e um anexos que a rodeavam foram substituídos por apartamentos...Já no meu bairro, parei na rua detrás, junto da escola primária, que vi construir. Olhei os desaparecidos campos de terra escura, onde corri quilómetros atrás das bolas que apareciam, sempre pela equipa da rua do meio (a rua 26, que é agora a rua do Compromisso...).Olhei os prédios em frente da escola e puxei pela memória, à procura dos moradores da minha geração. Apareceram o Fernando, o Pedro e os irmãos, o João e o Hilário, a Luísa... quem também não perdeu a oportunidade de aparecer foi a impagável leiteira - que distribuía o leite e o "jornal" porta a porta - e o marido claro, muito pequeno e magro, uma autêntica caricatura ambulante.Senti-me quase prisioneiro naquela selva, porque os Campos agora são de cimento... A fotografia não tem muita qualidade mas retrata os primeiros tempos do Bairro dos Arneiros, nos anos cinquenta, com a casa do Zenário, logo à sua entrada...


Um dia destes percorri o caminho que fazia diariamente, para a escola primária, de regresso a casa, entre o Bairro da Ponte e o Bairro dos Arneiros ... Consegui encontrar os amigos que me acompanhavam, sempre com mil e uma brincadeira, em ambas as direcções, numa estrada ainda pouco perigosa, com muito mais bicicletas e motorizadas que carros...Tanto espaço aberto, hoje ocupado por urbanizações...Desapareceram as áreas verdes (pinhais e hortas) que cercavam o bairro, a estrada única de entrada deu lugar a outras passagens e até a uma ponte sobre a Linha do Oeste, que quase apagou a antiga passagem de nível. A velha casa do Zenário (penso que é assim que se escreve...) e os mil e um anexos que a rodeavam foram substituídos por apartamentos...Já no meu bairro, parei na rua detrás, junto da escola primária, que vi construir. Olhei os desaparecidos campos de terra escura, onde corri quilómetros atrás das bolas que apareciam, sempre pela equipa da rua do meio (a rua 26, que é agora a rua do Compromisso...).Olhei os prédios em frente da escola e puxei pela memória, à procura dos moradores da minha geração. Apareceram o Fernando, o Pedro e os irmãos, o João e o Hilário, a Luísa... quem também não perdeu a oportunidade de aparecer foi a impagável leiteira - que distribuía o leite e o "jornal" porta a porta - e o marido claro, muito pequeno e magro, uma autêntica caricatura ambulante.Senti-me quase prisioneiro naquela selva, porque os Campos agora são de cimento... A fotografia não tem muita qualidade mas retrata os primeiros tempos do Bairro dos Arneiros, nos anos cinquenta, com a casa do Zenário, logo à sua entrada...

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