Boas Intenções: da partida

30-06-2011
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Esta passagem por Portugal foi um pouco incompleta e, especialmente, muito diferente daquilo que tinha pensado fazer dela. Não necessariamente pior, porque não vale negar que uns dias seguidos lá em cima, família, verde do minho, sol no céu, comida a mais, família, comida, verde, sol, não me tenham sabido muito bem. Mas agora, com as pálpebras abertas à custa de palitos e um cansaço meio febril que temo bem ter herdado da jeitosa abaixo-indicada (no meu tempo era um duche de água fria, essa é que era), estou em jeito de balanço, tenho saudades dos amigos que não vi.Fiquei, comecemos pelo princípio, sem ter dado um beijinho de parabéns ao Luís, o presente pendurado ao lado do abraço, hipotecado entretanto em gigantesco pedido de desculpas, beijinho de parabéns esse que ainda por cima permitiria dar também outro ao Avis, mais respectiva cara metade (respectivas, pronto, que parece que também há uma mota nova), que ainda por cima foi o meu mais doce acolhimento ao país.Fiquei também sem um jantar de gajas planeado há que tempos, e Deus sabe que eu estou farta de me queixar da falta de uma conversa de gajas digna desse nome. Digna a conversa e dignas as gajas, que meteriam não só as minhas duas miúdas favoritas desta cidade, miúdas maravilha cheias de garra, como mesmo algumas ovelhas tresmalhadas que fomos perdendo pelo caminho. E que metia a casa de uma delas, o espaço entre quatro paredes que mais curiosidade me parece no planeta, qual Taj Mahal, qual Moma.Fiquei a dever um abraço de que me fizeram fiel mensageira, e que gostaria de ter dado mesmo que fosse só meu, e não era. Fiquei com pena de não ter ficado a saber todos os meandros secretos da política, nem discutir as perspectivas da revolução e as mãos a que está entregue, as novidades da vida, nem sequer tentar impingir uma viagem próxima nem nada. Fiquei com pena de todos os amigos que me faltaram ver, em suma. Nem fui comer às Finanças nem nada (comer? outra vez?).Não fui comprar pastéis de nata para levar, à Pastelaria Sorraia. Não havia batata palha no Pingo-doce, o que também deixa meio pendurado o bacalhau à braz (por falar nisso, o novo template está muito giro). Metade do mundo ficou pendurado.A toda essa metade, mando muitos beijinhos, mais os pedidos de desculpas respectivos.


Esta passagem por Portugal foi um pouco incompleta e, especialmente, muito diferente daquilo que tinha pensado fazer dela. Não necessariamente pior, porque não vale negar que uns dias seguidos lá em cima, família, verde do minho, sol no céu, comida a mais, família, comida, verde, sol, não me tenham sabido muito bem. Mas agora, com as pálpebras abertas à custa de palitos e um cansaço meio febril que temo bem ter herdado da jeitosa abaixo-indicada (no meu tempo era um duche de água fria, essa é que era), estou em jeito de balanço, tenho saudades dos amigos que não vi.Fiquei, comecemos pelo princípio, sem ter dado um beijinho de parabéns ao Luís, o presente pendurado ao lado do abraço, hipotecado entretanto em gigantesco pedido de desculpas, beijinho de parabéns esse que ainda por cima permitiria dar também outro ao Avis, mais respectiva cara metade (respectivas, pronto, que parece que também há uma mota nova), que ainda por cima foi o meu mais doce acolhimento ao país.Fiquei também sem um jantar de gajas planeado há que tempos, e Deus sabe que eu estou farta de me queixar da falta de uma conversa de gajas digna desse nome. Digna a conversa e dignas as gajas, que meteriam não só as minhas duas miúdas favoritas desta cidade, miúdas maravilha cheias de garra, como mesmo algumas ovelhas tresmalhadas que fomos perdendo pelo caminho. E que metia a casa de uma delas, o espaço entre quatro paredes que mais curiosidade me parece no planeta, qual Taj Mahal, qual Moma.Fiquei a dever um abraço de que me fizeram fiel mensageira, e que gostaria de ter dado mesmo que fosse só meu, e não era. Fiquei com pena de não ter ficado a saber todos os meandros secretos da política, nem discutir as perspectivas da revolução e as mãos a que está entregue, as novidades da vida, nem sequer tentar impingir uma viagem próxima nem nada. Fiquei com pena de todos os amigos que me faltaram ver, em suma. Nem fui comer às Finanças nem nada (comer? outra vez?).Não fui comprar pastéis de nata para levar, à Pastelaria Sorraia. Não havia batata palha no Pingo-doce, o que também deixa meio pendurado o bacalhau à braz (por falar nisso, o novo template está muito giro). Metade do mundo ficou pendurado.A toda essa metade, mando muitos beijinhos, mais os pedidos de desculpas respectivos.

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