De noite há movimentos para nada procurar:moeda sobre o tampo numa rotação local,faces sem saída, cinzas nos cinzeiros.Vêm habitantes para um esplendor funestoe a alma fica líquida, dobrada nos sifões,sob as galerias, por bares subterrâneos.Há séculos nocturnos em que as moedas giramassim entre conversas e qualidades mortas.Nada se procura quando não existe encontro- e as cidades brilham nas zonas terminais,às luzes amarelas. É preciso haver um mitopara esmerilar os restos, as areias, os pós de ouro.carlos poças falcãopoesia do mundo/2edições afrontamento1998
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De noite há movimentos para nada procurar:moeda sobre o tampo numa rotação local,faces sem saída, cinzas nos cinzeiros.Vêm habitantes para um esplendor funestoe a alma fica líquida, dobrada nos sifões,sob as galerias, por bares subterrâneos.Há séculos nocturnos em que as moedas giramassim entre conversas e qualidades mortas.Nada se procura quando não existe encontro- e as cidades brilham nas zonas terminais,às luzes amarelas. É preciso haver um mitopara esmerilar os restos, as areias, os pós de ouro.carlos poças falcãopoesia do mundo/2edições afrontamento1998