poesia: mário-henrique leiria / retorno à memória

30-06-2011
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estar sempre com friocomo o caminhar à noite só sem luzcomo a árvore que olha com raiva a tempestadetalvez mesmo como a camaque conserva apenas as formas já desfeitasdos corpos que nelas se deitamdepois com o ventoé a saudade das madrugadas doutros temposquando o simples descer uma escadaera a mais extraordinária das aventurasquando a certeza de encontrar uns braços abertosestava evidente no fundo da escuridãoentão tudo era simples muito beloqualquer palavra tuaera a mais maravilhosa das afirmaçõesqualquer gesto que fizessesera o mais belo movimento de amorcaminhar ao acasoera a grande viagem sempre renovada todos os diase à noitenão havia frio como agoramesmo que o mar nos cobrisse de algasmesmo que a areiatrouxesse consigo o gelo das mais remotas estrelasagora amor escuto o teu olharatravés da distância cada vez maior e mais alucinanteque nos separaescuto-o através da ponteque formaram os caminhos por nós percorridos um diavejo-te como partistemuito pura flores na testa mãos abertasigual às madrugadas doutros temposigual à grande aventurade caminhar ao acasomário-henrique leiriaa única real tradição vivaantologia da poesia surrealista portuguesaperfecto e. cuadradoassírio & alvim1998


estar sempre com friocomo o caminhar à noite só sem luzcomo a árvore que olha com raiva a tempestadetalvez mesmo como a camaque conserva apenas as formas já desfeitasdos corpos que nelas se deitamdepois com o ventoé a saudade das madrugadas doutros temposquando o simples descer uma escadaera a mais extraordinária das aventurasquando a certeza de encontrar uns braços abertosestava evidente no fundo da escuridãoentão tudo era simples muito beloqualquer palavra tuaera a mais maravilhosa das afirmaçõesqualquer gesto que fizessesera o mais belo movimento de amorcaminhar ao acasoera a grande viagem sempre renovada todos os diase à noitenão havia frio como agoramesmo que o mar nos cobrisse de algasmesmo que a areiatrouxesse consigo o gelo das mais remotas estrelasagora amor escuto o teu olharatravés da distância cada vez maior e mais alucinanteque nos separaescuto-o através da ponteque formaram os caminhos por nós percorridos um diavejo-te como partistemuito pura flores na testa mãos abertasigual às madrugadas doutros temposigual à grande aventurade caminhar ao acasomário-henrique leiriaa única real tradição vivaantologia da poesia surrealista portuguesaperfecto e. cuadradoassírio & alvim1998

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