Quando bruscamente, nas trevas da noite,Ouvires passar o tropel invisível das vozes puras,O coro celeste das sublimes harmonias,Abandonado definitivamente pela fortuna,Desfeitas em pó as últimas esperanças,Esvaída em fumo uma vida de desejo.Ah! não sucumbas lastimando um passadoQue te traiu, mas como um homemQue se prepara há muito tempo,Despede-te corajosa menteDe Alexandria que te abandona.Não te deixes iludir e não digasQue foi sonho ou um logro dos teus sentidos,Deixa as súplicas e os lamentos para os poltrões,Abandona vãs esperanças.E como um homem que se prepara há muito tempo,Resignado, altivo, como te competeE a uma cidade como esta,Abre a janela e olha para a ruaE bebe a taça inteira da amarguraE a derradeira embriaguez da multidão místicaE despede-te de Alexandria que te abandona.lawrence durrelljustinetradução daniel gonçalvesulisseia2007
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Quando bruscamente, nas trevas da noite,Ouvires passar o tropel invisível das vozes puras,O coro celeste das sublimes harmonias,Abandonado definitivamente pela fortuna,Desfeitas em pó as últimas esperanças,Esvaída em fumo uma vida de desejo.Ah! não sucumbas lastimando um passadoQue te traiu, mas como um homemQue se prepara há muito tempo,Despede-te corajosa menteDe Alexandria que te abandona.Não te deixes iludir e não digasQue foi sonho ou um logro dos teus sentidos,Deixa as súplicas e os lamentos para os poltrões,Abandona vãs esperanças.E como um homem que se prepara há muito tempo,Resignado, altivo, como te competeE a uma cidade como esta,Abre a janela e olha para a ruaE bebe a taça inteira da amarguraE a derradeira embriaguez da multidão místicaE despede-te de Alexandria que te abandona.lawrence durrelljustinetradução daniel gonçalvesulisseia2007