teus olhos sempre puros

28-01-2012
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Dias de lentidão, dias de chuva,Dias de espelhos quebrados e de agulhas perdidas,Dias de pálpebras cerradas ao horizonte dos maresDe horas sempre iguais, dias de cativeiro.Meu espírito que brilhava ainda sobre as folhasE as flores, meu espírito está nu como o amor,A aurora que ele esquece fá-lo baixar a cabeçaE contemplar seu corpo obediente e vão.No entanto, eu vi os mais belos olhos do mundo,Deuses de prata que traziam em suas mãos safiras,Deuses verdadeiros, pássaros na terraE na água, eu os vi.Suas asas são as minhas, nada existeSalvo o seu voo que sacode a minha miséria,O seu voo de estrelas e de luz,Rio, planície, rocha, o seu voo,As ondas claras das suas asas,O meu pensamento sustentado pela vida e pela morte.paul éluardalgumas palavras (antologia)tradução antónio ramos rosa e luiza neto jorgedom quixote1977


Dias de lentidão, dias de chuva,Dias de espelhos quebrados e de agulhas perdidas,Dias de pálpebras cerradas ao horizonte dos maresDe horas sempre iguais, dias de cativeiro.Meu espírito que brilhava ainda sobre as folhasE as flores, meu espírito está nu como o amor,A aurora que ele esquece fá-lo baixar a cabeçaE contemplar seu corpo obediente e vão.No entanto, eu vi os mais belos olhos do mundo,Deuses de prata que traziam em suas mãos safiras,Deuses verdadeiros, pássaros na terraE na água, eu os vi.Suas asas são as minhas, nada existeSalvo o seu voo que sacode a minha miséria,O seu voo de estrelas e de luz,Rio, planície, rocha, o seu voo,As ondas claras das suas asas,O meu pensamento sustentado pela vida e pela morte.paul éluardalgumas palavras (antologia)tradução antónio ramos rosa e luiza neto jorgedom quixote1977

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