poesia: nuno vidal

28-01-2012
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A locusta sagrada vinha pela noiterilhava a esperança posta para amanhãnas pancadas repetidas das gelosias.O pulso apertava o fim sem chegadamas que fazia morrer cada diatinhade haver sempre para quê?Aqui era a decrépita restaurada mãoaleivosa do amor a dobrar-nosno cadafalso, com escarninha mesura.Pelo soalho cotão, o cheirorestado dos lençóis, doçuratudo em rodilha, cinza, exaltação.Pelo lento valado do verãode tentearmos encontros, as vésperasnum visco enorme de sol tardiojulgando cada dia por roubadoao destino que não pertenciae corria por outro regato.Meu Deus, a tua sede cortada.Tens sempre o teu albergue, os teusinestimáveis bens comungadose porém. Os espoliados d´aquémmar, que diabo os carregue?Mas não fiques, não oiçasnão quero, eu só quero quea noite não suceda.Eu desamparo-te o foral eunem vale que me calequedo-me sem pátria que nemtinha e houvera unhas tangiauma canção de protesto triste.nuno vidalas escadas não têm degraus 3livros cotoviamarço 1990


A locusta sagrada vinha pela noiterilhava a esperança posta para amanhãnas pancadas repetidas das gelosias.O pulso apertava o fim sem chegadamas que fazia morrer cada diatinhade haver sempre para quê?Aqui era a decrépita restaurada mãoaleivosa do amor a dobrar-nosno cadafalso, com escarninha mesura.Pelo soalho cotão, o cheirorestado dos lençóis, doçuratudo em rodilha, cinza, exaltação.Pelo lento valado do verãode tentearmos encontros, as vésperasnum visco enorme de sol tardiojulgando cada dia por roubadoao destino que não pertenciae corria por outro regato.Meu Deus, a tua sede cortada.Tens sempre o teu albergue, os teusinestimáveis bens comungadose porém. Os espoliados d´aquémmar, que diabo os carregue?Mas não fiques, não oiçasnão quero, eu só quero quea noite não suceda.Eu desamparo-te o foral eunem vale que me calequedo-me sem pátria que nemtinha e houvera unhas tangiauma canção de protesto triste.nuno vidalas escadas não têm degraus 3livros cotoviamarço 1990

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