IEFP faz desaparecer no mês de Maio 50.782 desempregados dos ficheiros dos centros de emprego e assim baixa o desemprego registado em 1,8%

29-01-2012
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O desemprego registado que é aquele que o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulga mensalmente não corresponde à totalidade dos desempregados existentes no País. Para além disso, está sujeitos a fáceis acções de manipulação politica como rapidamente se pode concluir.

O desemprego registado inclui apenas os desempregados que tomaram a iniciativa de se inscreverem nos Centros de Emprego. Portanto os desempregados que não se inscreveram nos Centros de Emprego não constam do desemprego registado. E estão obrigados a se inscreverem nos Centros de Emprego apenas os que recebem subsidio de desemprego. E em Abril de 2010, últimos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalhado e da Solidarieadde Social, era apenas 371.131.

Para além disso, todos os meses são eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego milhares de desempregados. E apesar de ter sido solicitado por várias vezes, inclusive enquanto estivemos como deputado na Assembleia da República, que o IEFP passasse incluir, por uma questão de transparência, na informação sobre o mercado de emprego que divulga mensalmente as razões que levam à eliminação de um número tão elevado de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego, O IEFP sempre se tem recusado a fazê-lo. E como diz a sabedoria popular só se teme divulgar a verdade quando se tem alguma coisa a esconder.

Igualmente no mês Maio de 2010, cujos números do desemprego registado acabaram de ser divulgados, também foram eliminados dezenas de milhares de desempregados como revela o quadro seguinte construído com os dados do IEFP.

No período compreendido entre 1 Janeiro e 31 de Maio de 2010 inscreveram-se nos Centros de Empregos 300.907 desempregados que somados aos 524.674 que existiam registados no dia 1 de Janeiro dá 825.581. Se a este total retiramos todos os desempregados que o Centros de Emprego conseguiram arranjar trabalho (os chamados “colocados) que somam 28.343, como mostram também os dados do quadro, ainda restam 797.238. Era este o total de desempregados que devia existir em 31.5. 2010. No entanto, o IEFP acabou de divulgar que existiam no fim de Maio apenas 560.751 desempregados inscritos nos ficheiros dos Centros de Emprego. Isto significa que neste período de cinco meses foram eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego 236.487 desempregados. E o grave é que o IEFP se recusa sistematicamente a divulgar as razões que levaram o Instituto a eliminar um numero tão elevado de desempregados dos seus ficheiros criando, por essa razão, ainda maiores dúvidas sobre a credibilidade dos dados que publica.

Se a análise passar do período constituído pelos últimos 5 meses para apenas o mês de Maio as duvidas aumentam porque o numero de desempregados eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego aumentou também relativamente aos meses anteriores como mostram os dados da último coluna à direita do quadro.

No inicio de Maio de 2010 existiam inscritos nos Centros de Emprego 571.754 desempregado, que é o numero que transitou do mês de Abril. Durante o mês de Maio inscreveram-se nos Centros de Emprego mais 48.101 desempregados, segundo a Informação Mensal publicada pelo IEFP, o que somado ao total de desempregados que existiam no inicio do mês – 571.754 – dá 618.869. Se a este total se retirar os desempregados colocados durante o mês, ou seja, aqueles que os Centros de Emprego conseguiram arranjar trabalho durante o mês de Maio que foram 7.336, de acordo com a Informação Mensal do IEFP, restam 611.533. Era este o total de desempregados que deviam existir inscritos nos Centros de Emprego no fim do mês de Maio. No entanto, o   IEFP divulgou que existiam inscritos nos ficheiros do mês de Maio apenas 560.751 desempregados. Isto significa que foram eliminados durante o mês de Maio dos ficheiros dos Centros de Emprego 50.782 desempregados, eliminação esta que o IEFP não divulga qualquer razão o que torna os dados do IEFP pouco credíveis. E a duvida aumenta se se tiver presente que esta eliminação é superior à  dos meses anteriores, o que leva à conclusão que as eliminações estão sujeitas a flutuações de acordo com causas que também não são explicadas e transparentes. E isto quando fontes oficiais de muito maior credibilidade

técnica, como é o INE, o Eurostat e a OCDE apontam o continuo aumento do desemprego em Portugal.

É evidente que estes dados divulgados pelo IEFP convêm ao governo pois foram logo utilizado pela propaganda governamental para branquear a grave situação do desemprego em Portugal, e o IEFP está sob a tutela desse mesmo governo.

O desemprego registado que é aquele que o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulga mensalmente não corresponde à totalidade dos desempregados existentes no País. Para além disso, está sujeitos a fáceis acções de manipulação politica como rapidamente se pode concluir.

O desemprego registado inclui apenas os desempregados que tomaram a iniciativa de se inscreverem nos Centros de Emprego. Portanto os desempregados que não se inscreveram nos Centros de Emprego não constam do desemprego registado. E estão obrigados a se inscreverem nos Centros de Emprego apenas os que recebem subsidio de desemprego. E em Abril de 2010, últimos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalhado e da Solidarieadde Social, era apenas 371.131.

Para além disso, todos os meses são eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego milhares de desempregados. E apesar de ter sido solicitado por várias vezes, inclusive enquanto estivemos como deputado na Assembleia da República, que o IEFP passasse incluir, por uma questão de transparência, na informação sobre o mercado de emprego que divulga mensalmente as razões que levam à eliminação de um número tão elevado de desempregados dos ficheiros dos Centros de Emprego, O IEFP sempre se tem recusado a fazê-lo. E como diz a sabedoria popular só se teme divulgar a verdade quando se tem alguma coisa a esconder.

Igualmente no mês Maio de 2010, cujos números do desemprego registado acabaram de ser divulgados, também foram eliminados dezenas de milhares de desempregados como revela o quadro seguinte construído com os dados do IEFP.

No período compreendido entre 1 Janeiro e 31 de Maio de 2010 inscreveram-se nos Centros de Empregos 300.907 desempregados que somados aos 524.674 que existiam registados no dia 1 de Janeiro dá 825.581. Se a este total retiramos todos os desempregados que o Centros de Emprego conseguiram arranjar trabalho (os chamados “colocados) que somam 28.343, como mostram também os dados do quadro, ainda restam 797.238. Era este o total de desempregados que devia existir em 31.5. 2010. No entanto, o IEFP acabou de divulgar que existiam no fim de Maio apenas 560.751 desempregados inscritos nos ficheiros dos Centros de Emprego. Isto significa que neste período de cinco meses foram eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego 236.487 desempregados. E o grave é que o IEFP se recusa sistematicamente a divulgar as razões que levaram o Instituto a eliminar um numero tão elevado de desempregados dos seus ficheiros criando, por essa razão, ainda maiores dúvidas sobre a credibilidade dos dados que publica.

Se a análise passar do período constituído pelos últimos 5 meses para apenas o mês de Maio as duvidas aumentam porque o numero de desempregados eliminados dos ficheiros dos Centros de Emprego aumentou também relativamente aos meses anteriores como mostram os dados da último coluna à direita do quadro.

No inicio de Maio de 2010 existiam inscritos nos Centros de Emprego 571.754 desempregado, que é o numero que transitou do mês de Abril. Durante o mês de Maio inscreveram-se nos Centros de Emprego mais 48.101 desempregados, segundo a Informação Mensal publicada pelo IEFP, o que somado ao total de desempregados que existiam no inicio do mês – 571.754 – dá 618.869. Se a este total se retirar os desempregados colocados durante o mês, ou seja, aqueles que os Centros de Emprego conseguiram arranjar trabalho durante o mês de Maio que foram 7.336, de acordo com a Informação Mensal do IEFP, restam 611.533. Era este o total de desempregados que deviam existir inscritos nos Centros de Emprego no fim do mês de Maio. No entanto, o   IEFP divulgou que existiam inscritos nos ficheiros do mês de Maio apenas 560.751 desempregados. Isto significa que foram eliminados durante o mês de Maio dos ficheiros dos Centros de Emprego 50.782 desempregados, eliminação esta que o IEFP não divulga qualquer razão o que torna os dados do IEFP pouco credíveis. E a duvida aumenta se se tiver presente que esta eliminação é superior à  dos meses anteriores, o que leva à conclusão que as eliminações estão sujeitas a flutuações de acordo com causas que também não são explicadas e transparentes. E isto quando fontes oficiais de muito maior credibilidade

técnica, como é o INE, o Eurostat e a OCDE apontam o continuo aumento do desemprego em Portugal.

É evidente que estes dados divulgados pelo IEFP convêm ao governo pois foram logo utilizado pela propaganda governamental para branquear a grave situação do desemprego em Portugal, e o IEFP está sob a tutela desse mesmo governo.

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