A Vita estreou-se no mercado nipónico a 17 de Dezembro. Na primeira semana, de acordo com números da analista de mercado Media Create, vendeu quase 325 mil unidades, apenas atrás das 368 mil da rival Nintendo 3DS, que já tem quase um ano no mercado e é mais barata (a Nintendo reduziu o preço desta consola em Agosto, após vendas abaixo das expectativas).
Já na segunda semana nas lojas – a semana que antecedeu o Natal – as vendas da Vita resvalaram para as 72 mil unidades. Foi a única consola (portátil ou não) que teve uma evolução negativa na procura entre a segunda e a terceira semana de Dezembro. Ficou mesmo atrás da PlayStation Portable, o anterior modelo da Sony.
A Vita custa, consoante esteja equipada com conectividade 3G ou não, 25 mil ou 30 mil ienes – cerca de 250 e 300 euros, o preço por que também será vendida na Europa. Já foi lançada em alguns mercados asiáticos e, até ao dia 23 de Fevereiro, chegará à Europa, EUA e Austrália. Em Portugal, o lançamento está marcado para 22 de Fevereiro.
A Vita é uma consola topo de gama. Uma das novidades é um painel na parte de trás do aparelho, que é sensível ao toque e permite novos elementos de controlo do jogo, para além dos habituais botões. Está equipada com câmaras frontal e traseira, um ecrã sensível ao toque, detectores de movimento e GPS.
A quebra nas vendas sugere um problema que já há algum tempo foi diagnosticado na indústria dos videojogos: os jogos baratos para smartphones e tablets estão a ganhar terreno às tradicionais consolas portáteis.
“A PS Vita assinala o fim das consolas de jogos portáteis?”, pergunta a revista americana Forbes. Citado pela agência Bloomberg, um analista de mercado em Tóquio afirma nota que “os jogadores sérios podem impulsionar a procura da Vita no início, mas o que a Sony precisa é de jogadores casuais para aguentar as vendas”. E acrescenta: “A Sony pode precisar de cortar o preço já no próximo ano, para continuar a atrair compradores. São tempos difíceis para os fabricantes de consolas”.
Em formato de aplicação para smartphones e tablets, é possível encontrar desde os chamados jogos casuais (que exigem pouco investimento de tempo e aprendizagem) até títulos sofisticados, alguns dos quais adaptados das versões para consola ou computador.
Em alguns casos, os jogos (ou, pelo menos, uma versão limitada) são gratuitos. Entre os pagos, raramente é ultrapassado o patamar dos cinco ou seis euros. E muitos títulos (como o muito bem sucedido Angry Birds) estão disponíveis por menos de um euro. Apesar dos preços mais reduzidos, estes jogos têm também custos de produção menores e apostam no volume para compensar as margens mais estreitas.
No final do ano passado, a empresa de análise de mercado Flurry estimava que, em 2009, as consolas portáteis da Nintendo e da Sony tinham 81% do mercado. Para 2011, a empresa previa uma mudança de posições, com os telemóveis e tablets (com sistemas iOS e Android) a representarem 58% do total.
A própria Sony criou um telemóvel (chamado Ericsson Xperia Play, à venda em Portugal pela TMN) vocacionado para jogos, equipado com Android e com um comando semelhante ao de uma consola.
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A Vita estreou-se no mercado nipónico a 17 de Dezembro. Na primeira semana, de acordo com números da analista de mercado Media Create, vendeu quase 325 mil unidades, apenas atrás das 368 mil da rival Nintendo 3DS, que já tem quase um ano no mercado e é mais barata (a Nintendo reduziu o preço desta consola em Agosto, após vendas abaixo das expectativas).
Já na segunda semana nas lojas – a semana que antecedeu o Natal – as vendas da Vita resvalaram para as 72 mil unidades. Foi a única consola (portátil ou não) que teve uma evolução negativa na procura entre a segunda e a terceira semana de Dezembro. Ficou mesmo atrás da PlayStation Portable, o anterior modelo da Sony.
A Vita custa, consoante esteja equipada com conectividade 3G ou não, 25 mil ou 30 mil ienes – cerca de 250 e 300 euros, o preço por que também será vendida na Europa. Já foi lançada em alguns mercados asiáticos e, até ao dia 23 de Fevereiro, chegará à Europa, EUA e Austrália. Em Portugal, o lançamento está marcado para 22 de Fevereiro.
A Vita é uma consola topo de gama. Uma das novidades é um painel na parte de trás do aparelho, que é sensível ao toque e permite novos elementos de controlo do jogo, para além dos habituais botões. Está equipada com câmaras frontal e traseira, um ecrã sensível ao toque, detectores de movimento e GPS.
A quebra nas vendas sugere um problema que já há algum tempo foi diagnosticado na indústria dos videojogos: os jogos baratos para smartphones e tablets estão a ganhar terreno às tradicionais consolas portáteis.
“A PS Vita assinala o fim das consolas de jogos portáteis?”, pergunta a revista americana Forbes. Citado pela agência Bloomberg, um analista de mercado em Tóquio afirma nota que “os jogadores sérios podem impulsionar a procura da Vita no início, mas o que a Sony precisa é de jogadores casuais para aguentar as vendas”. E acrescenta: “A Sony pode precisar de cortar o preço já no próximo ano, para continuar a atrair compradores. São tempos difíceis para os fabricantes de consolas”.
Em formato de aplicação para smartphones e tablets, é possível encontrar desde os chamados jogos casuais (que exigem pouco investimento de tempo e aprendizagem) até títulos sofisticados, alguns dos quais adaptados das versões para consola ou computador.
Em alguns casos, os jogos (ou, pelo menos, uma versão limitada) são gratuitos. Entre os pagos, raramente é ultrapassado o patamar dos cinco ou seis euros. E muitos títulos (como o muito bem sucedido Angry Birds) estão disponíveis por menos de um euro. Apesar dos preços mais reduzidos, estes jogos têm também custos de produção menores e apostam no volume para compensar as margens mais estreitas.
No final do ano passado, a empresa de análise de mercado Flurry estimava que, em 2009, as consolas portáteis da Nintendo e da Sony tinham 81% do mercado. Para 2011, a empresa previa uma mudança de posições, com os telemóveis e tablets (com sistemas iOS e Android) a representarem 58% do total.
A própria Sony criou um telemóvel (chamado Ericsson Xperia Play, à venda em Portugal pela TMN) vocacionado para jogos, equipado com Android e com um comando semelhante ao de uma consola.