Primo, Andarilha e EU: unidos pelo Talo e bebendo bate-bate de maracujá. Tia Louca não quis sair na foto. Tem coisa que não dá para planejar. Embora eu soubesse que "Primo" certamente apareceria no bloco "A Turma da Jaqueira Segurando o Talo" conforme me prometera, eu jamais imaginaria que os acontecimentos aconteceriam da forma como aconteceram. Mhuahaha. Cheguei na frente do prédio dele (aquele Home Service já descrito em textos anteriores) com as duas camisas do bloco - a dele e a do "Primo" dele, compradas no fiado - e recebi a notícia de que ambos haviam dormido do outro lado da cidade e portanto, atrasariam a chegada no Talo.Foi-se por água abaixo o meu plano de entregar as camisas e me mandar, sem dar chance para que os meus colegas de trabalho percebessem quem eram os meus convidados. Acabei levando as camisas comigo e resolvi deixá-las escondidas na guarita de segurança (onde eu ERA muito considerado) até que Primo e o Primo dele chegassem. Mas um dos meus camaradas vigilantes perguntou para quem eram as duas camisas.Expliquei que havia chamado "duas figuras" e só pegaria as camisas depois. O vigilante, todo saliente, quis saber se as figuras eram jornalistas. "Sim, são jornalistas", rebati (já louco de vontade de tirar uma brincadeira). Pois é, acabei não resistindo: "E são jornalistas que têm o maior fetiche no pessoal da segurança. Daquelas figuras chegadas num trabalhador braçal, tá ligado?", comentei, já gargalhando da minha própria maldade.O vigilante ficou todo serelepe, ansioso por conhecê-las. Me liguei que havia feito besteira mas deixei para me preocupar depois. Quando, às 11h30, Primo e "Primo do Primo" finalmente me ligaram no celular para dizer que estavam a apenas 100 metros da concentração do bloco, peguei as duas camisas e fui ao encontro deles. Tive que voltar para pegar as minhas duas garrafinhas de bate-bate de maracujá - e naquele momento, ficou evitente quem eram os meus convidados. "Brinque com cuidado, meu chefe", sacaneou o vigilante, dando um troco bem merecido.A partir daí, seguramos o Talo animadamente até que fui surpreendido por uma convidada ilustríssima, que havia ido ao desfile da troça com o único propósito de me encontrar: Tia Louca. Sim, ela mesma, em carne, osso e gardenal. Vestida com a camisa da troça "Pisando na Jaca", com algo colorido na cabeça e um copo de vodka na mão. Apresentei os dois personagens de maior sucesso no Mandra Brasa: "Primo esta é Tia Louca. Tia Louca, conheça Primo".Tia Louca insistiu para que Primo e "Primo de Primo" tirassem os óculos escuros, enquanto fazia aquela saudação da moda com as mãos (onde a gente dá um tapinha e depois um murrinho). Com "Primo do Primo" o aperto de mão deu uma escapulida e saiu faísca, segundo relato posterior de Tia Louca. Explica-se: Moradora da Bahia por longos anos, ela pegou um pouco de sensibilidade kármica: "Nosso aperto de mão escapuliu. Achei que ele estava um pouco 'carregado'", quis justificar minha parente. "Olhe, pelo que sei, quem carrega é o outro. Hahahahaha!", emendei.E ainda encontrei mais uma personagem deste blog: a Minha Amiga Jornalista Aventureira que acha que eu tenho cara de doidão, cujo hobby careta e inofensivo é percorrer o Caminho de Santiago de Compostela duas vezes por ano, lendo Paulo Coelho e segurando um cajado. Mhuahaha.:: Às 17h daquele sábado eu ainda ria dos acontecimentos, semi-embriagado mas são e salvo, na minha rede deliciosa (em casa, claro).
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Primo, Andarilha e EU: unidos pelo Talo e bebendo bate-bate de maracujá. Tia Louca não quis sair na foto. Tem coisa que não dá para planejar. Embora eu soubesse que "Primo" certamente apareceria no bloco "A Turma da Jaqueira Segurando o Talo" conforme me prometera, eu jamais imaginaria que os acontecimentos aconteceriam da forma como aconteceram. Mhuahaha. Cheguei na frente do prédio dele (aquele Home Service já descrito em textos anteriores) com as duas camisas do bloco - a dele e a do "Primo" dele, compradas no fiado - e recebi a notícia de que ambos haviam dormido do outro lado da cidade e portanto, atrasariam a chegada no Talo.Foi-se por água abaixo o meu plano de entregar as camisas e me mandar, sem dar chance para que os meus colegas de trabalho percebessem quem eram os meus convidados. Acabei levando as camisas comigo e resolvi deixá-las escondidas na guarita de segurança (onde eu ERA muito considerado) até que Primo e o Primo dele chegassem. Mas um dos meus camaradas vigilantes perguntou para quem eram as duas camisas.Expliquei que havia chamado "duas figuras" e só pegaria as camisas depois. O vigilante, todo saliente, quis saber se as figuras eram jornalistas. "Sim, são jornalistas", rebati (já louco de vontade de tirar uma brincadeira). Pois é, acabei não resistindo: "E são jornalistas que têm o maior fetiche no pessoal da segurança. Daquelas figuras chegadas num trabalhador braçal, tá ligado?", comentei, já gargalhando da minha própria maldade.O vigilante ficou todo serelepe, ansioso por conhecê-las. Me liguei que havia feito besteira mas deixei para me preocupar depois. Quando, às 11h30, Primo e "Primo do Primo" finalmente me ligaram no celular para dizer que estavam a apenas 100 metros da concentração do bloco, peguei as duas camisas e fui ao encontro deles. Tive que voltar para pegar as minhas duas garrafinhas de bate-bate de maracujá - e naquele momento, ficou evitente quem eram os meus convidados. "Brinque com cuidado, meu chefe", sacaneou o vigilante, dando um troco bem merecido.A partir daí, seguramos o Talo animadamente até que fui surpreendido por uma convidada ilustríssima, que havia ido ao desfile da troça com o único propósito de me encontrar: Tia Louca. Sim, ela mesma, em carne, osso e gardenal. Vestida com a camisa da troça "Pisando na Jaca", com algo colorido na cabeça e um copo de vodka na mão. Apresentei os dois personagens de maior sucesso no Mandra Brasa: "Primo esta é Tia Louca. Tia Louca, conheça Primo".Tia Louca insistiu para que Primo e "Primo de Primo" tirassem os óculos escuros, enquanto fazia aquela saudação da moda com as mãos (onde a gente dá um tapinha e depois um murrinho). Com "Primo do Primo" o aperto de mão deu uma escapulida e saiu faísca, segundo relato posterior de Tia Louca. Explica-se: Moradora da Bahia por longos anos, ela pegou um pouco de sensibilidade kármica: "Nosso aperto de mão escapuliu. Achei que ele estava um pouco 'carregado'", quis justificar minha parente. "Olhe, pelo que sei, quem carrega é o outro. Hahahahaha!", emendei.E ainda encontrei mais uma personagem deste blog: a Minha Amiga Jornalista Aventureira que acha que eu tenho cara de doidão, cujo hobby careta e inofensivo é percorrer o Caminho de Santiago de Compostela duas vezes por ano, lendo Paulo Coelho e segurando um cajado. Mhuahaha.:: Às 17h daquele sábado eu ainda ria dos acontecimentos, semi-embriagado mas são e salvo, na minha rede deliciosa (em casa, claro).