Mandra Brasa: Seu Zé, O Talo e o passatempo de Oito Erros

01-07-2011
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A semana começou com uma pane elétrica no trabalho que atrasou minha vida em duas horas e meia. Sem internet, telefone e ar-condicionado, passei boa tarde da manhã lendo as edições de fim de semana dos três jornais pernambucanos. Para a minha sorte - e deste blog! - o garçom piadista, Seu Zé do Carmo, que é pai-de-santo nas horas vagas, apareceu para filar os suplementos policiais da Folha de Pernambuco.A presença de Seu Zé é sempre bem-vinda, afinal, ele é muito bem humorado e dificilmente perde a chance de soltar uma tirada espontânea. Uma das expressões mais populares aqui de Pernambuco é "BORA", conforme já relatado aqui mesmo neste blog, em texto anterior. O uso do termo é vastíssimo e serve também para o cumprimento, em substituição ao simples "olá". Hoje, para não perder o hábito, saudei o garçom com "Bora, Seu Zé!!" e recebi o seguinte recado de troco "bora pra onde se eu acabei de chegar?". A frase já virou até bordão mas eu ainda acho engraçada.Quando vai chegando o carnaval Seu Zé do Carmo vai se enchendo de moral com os demais funcionários da instituição onde trabalhamos, porque é ele o responsável pelo famoso bate-bate que embala os foliões do bloco A Turma da Jaqueira Segurando o Talo. Todos os anos Seu Zé mexe um caldeirão com 100 litros de cachaça e outro tanto de suco de frutas e leite condensado. E O DERRAME DE BIRITA ROLA DE GRAÇA ATÉ OS 200 LITROS SE ACABAREM (uma hora e meia, mais ou menos). O resultado não poderia ser diferente: bate-bate na cabeça e frevo no pé.Foi graças à mistura muito bem dosada de Seu Zé que eu peguei "moral" com o pessoal da vigilância e me queimei definitivamente com o evangélico auxiliar de serviços gerais. Também pudera, bebi no mínimo um litro de bate-bate de maracujá enquanto a orquestra esquentava as turbinas no pátio da Fundação Joaquim Nabuco e ainda levei uma garrafa de ciclista cheia de bate-bate de goiaba para tomar durante o percurso da troça pelas ruas do bairro de Casa Forte.Voltando ao personagem principal do texto de hoje, enquanto o tédio e o calor tomavam conta de todos aqui no trabalho, ele folheava as páginas sangrentas do jornal popular. Analisando a cobertura da violência no Estado, Seu Zé puxou conversa comigo para dar a sua opinião sobre grupos de extermínio. "Tem um policial militar lá no bairro onde eu moro que é metido com isso. Eu soube que ele despacha qualquer um por cem reais", informou o garçom.Surpreso, perguntei o nome do puliça, ou melhor, do bandido. "Sei não. Todo mundo conhece ele apenas como OITO ERROS, inspirado naquele passatempo do jornal, porque ele é todo errado! Mhuahuaahahhahahaha!!!!". A risada maquiavélica de Seu Zé me deixou na dúvida se aquilo era um fato verídico ou apenas mais uma de suas piadas.:: Serviço:desfile da troça carnavalesca A Turma da Jaqueira Segurando o Talosábado, 26 de janeiro de 2008saída às 11h no pátio da Fundaj Casa Forte (av. 17 de agosto, 2187)Recife - Pernambuco - Brasil


A semana começou com uma pane elétrica no trabalho que atrasou minha vida em duas horas e meia. Sem internet, telefone e ar-condicionado, passei boa tarde da manhã lendo as edições de fim de semana dos três jornais pernambucanos. Para a minha sorte - e deste blog! - o garçom piadista, Seu Zé do Carmo, que é pai-de-santo nas horas vagas, apareceu para filar os suplementos policiais da Folha de Pernambuco.A presença de Seu Zé é sempre bem-vinda, afinal, ele é muito bem humorado e dificilmente perde a chance de soltar uma tirada espontânea. Uma das expressões mais populares aqui de Pernambuco é "BORA", conforme já relatado aqui mesmo neste blog, em texto anterior. O uso do termo é vastíssimo e serve também para o cumprimento, em substituição ao simples "olá". Hoje, para não perder o hábito, saudei o garçom com "Bora, Seu Zé!!" e recebi o seguinte recado de troco "bora pra onde se eu acabei de chegar?". A frase já virou até bordão mas eu ainda acho engraçada.Quando vai chegando o carnaval Seu Zé do Carmo vai se enchendo de moral com os demais funcionários da instituição onde trabalhamos, porque é ele o responsável pelo famoso bate-bate que embala os foliões do bloco A Turma da Jaqueira Segurando o Talo. Todos os anos Seu Zé mexe um caldeirão com 100 litros de cachaça e outro tanto de suco de frutas e leite condensado. E O DERRAME DE BIRITA ROLA DE GRAÇA ATÉ OS 200 LITROS SE ACABAREM (uma hora e meia, mais ou menos). O resultado não poderia ser diferente: bate-bate na cabeça e frevo no pé.Foi graças à mistura muito bem dosada de Seu Zé que eu peguei "moral" com o pessoal da vigilância e me queimei definitivamente com o evangélico auxiliar de serviços gerais. Também pudera, bebi no mínimo um litro de bate-bate de maracujá enquanto a orquestra esquentava as turbinas no pátio da Fundação Joaquim Nabuco e ainda levei uma garrafa de ciclista cheia de bate-bate de goiaba para tomar durante o percurso da troça pelas ruas do bairro de Casa Forte.Voltando ao personagem principal do texto de hoje, enquanto o tédio e o calor tomavam conta de todos aqui no trabalho, ele folheava as páginas sangrentas do jornal popular. Analisando a cobertura da violência no Estado, Seu Zé puxou conversa comigo para dar a sua opinião sobre grupos de extermínio. "Tem um policial militar lá no bairro onde eu moro que é metido com isso. Eu soube que ele despacha qualquer um por cem reais", informou o garçom.Surpreso, perguntei o nome do puliça, ou melhor, do bandido. "Sei não. Todo mundo conhece ele apenas como OITO ERROS, inspirado naquele passatempo do jornal, porque ele é todo errado! Mhuahuaahahhahahaha!!!!". A risada maquiavélica de Seu Zé me deixou na dúvida se aquilo era um fato verídico ou apenas mais uma de suas piadas.:: Serviço:desfile da troça carnavalesca A Turma da Jaqueira Segurando o Talosábado, 26 de janeiro de 2008saída às 11h no pátio da Fundaj Casa Forte (av. 17 de agosto, 2187)Recife - Pernambuco - Brasil

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