A doença, chamada Tricomoníase, é causada por um parasita (Trichomonas gallinae) que existe nos pombos sem os afectar. Segundo Becki Lawson, veterinário de espécies selvagens na Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, sigla em inglês) e o principal autor do estudo, desde que a doença foi detectada no Reino Unido, em 2005, as populações de verdilhões diminuíram até 35% e as de tentilhões 7%. O estudo revela que a doença já chegou à Finlândia, Noruega e Suécia.
“A tricomoníase está a apresentar-se como uma grave ameaça para estas aves. Por isso é muito importante que veterinários e ornitólogos colaborem para determinar por onde a doença se está a espalhar e qual o seu impacto nas populações de aves da Europa”, disse Lawson, citado hoje pela BBC online.
Ricardo Brandão, médico veterinário do CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens) em Gouveia, conhece a doença. “Neste centro já deram entrada algumas aves com tricomoníase, como açores, gaviões e um peneireiro”; em outros centros já soube de casos com águias-reais e águias-de-Bonelli, por exemplo.
A doença afecta o trato digestivo superior das aves, através da acumulação de uma massa no papo que impede a passagem do alimento. Os animais mais afectados são as crias e os juvenis, cujo sistema imunitário está menos desenvolvido. “As aves não conseguem comer e acabam por morrer”.
Mas “nos centros de recuperação, não é muito complicado tratar estes animais. Removemos a massa e fazemos medicação, que se revela muito eficaz”. Ainda assim, “morrem muitos animais nos campos”.
Até ao momento, esta doença era mais conhecida nas aves de rapina, especialmente as que se alimentam de pombos. “Agora começa a ocorrer em passeriformes, ao contrário do que se conhecia. O que pode estar a acontecer é que as estirpes se estão a tornar mais virulentas, com o tempo”.
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A doença, chamada Tricomoníase, é causada por um parasita (Trichomonas gallinae) que existe nos pombos sem os afectar. Segundo Becki Lawson, veterinário de espécies selvagens na Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, sigla em inglês) e o principal autor do estudo, desde que a doença foi detectada no Reino Unido, em 2005, as populações de verdilhões diminuíram até 35% e as de tentilhões 7%. O estudo revela que a doença já chegou à Finlândia, Noruega e Suécia.
“A tricomoníase está a apresentar-se como uma grave ameaça para estas aves. Por isso é muito importante que veterinários e ornitólogos colaborem para determinar por onde a doença se está a espalhar e qual o seu impacto nas populações de aves da Europa”, disse Lawson, citado hoje pela BBC online.
Ricardo Brandão, médico veterinário do CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens) em Gouveia, conhece a doença. “Neste centro já deram entrada algumas aves com tricomoníase, como açores, gaviões e um peneireiro”; em outros centros já soube de casos com águias-reais e águias-de-Bonelli, por exemplo.
A doença afecta o trato digestivo superior das aves, através da acumulação de uma massa no papo que impede a passagem do alimento. Os animais mais afectados são as crias e os juvenis, cujo sistema imunitário está menos desenvolvido. “As aves não conseguem comer e acabam por morrer”.
Mas “nos centros de recuperação, não é muito complicado tratar estes animais. Removemos a massa e fazemos medicação, que se revela muito eficaz”. Ainda assim, “morrem muitos animais nos campos”.
Até ao momento, esta doença era mais conhecida nas aves de rapina, especialmente as que se alimentam de pombos. “Agora começa a ocorrer em passeriformes, ao contrário do que se conhecia. O que pode estar a acontecer é que as estirpes se estão a tornar mais virulentas, com o tempo”.