DECIDO: Pátria

30-06-2011
marcar artigo


Por um país de pedra e vento duroPor um país de luz perfeita e claraPelo negro da terra e pelo branco do muroPelos rostos de silêncio e de paciênciaQue a miséria longamente desenhouRente aos ossos com toda a exactidãoDum longo relatório irrecusávelE pelos rostos iguais ao sol e ao ventoE pela limpidez das tão amadasPalavras sempre ditas com paixãoPela cor e pelo peso das palavrasPelo concreto silêncio limpo das palavrasDonde se erguem as coisas nomeadasPela nudez das palavras deslumbradas-Pedra rio vento casaPranto dia canto alentoEspaço raiz e águaÓ minha pátria e meu centroMe dói a lua me soluça o marE o exílio se inscreve em pleno tempoSophia de Mello Breyner Andressen


Por um país de pedra e vento duroPor um país de luz perfeita e claraPelo negro da terra e pelo branco do muroPelos rostos de silêncio e de paciênciaQue a miséria longamente desenhouRente aos ossos com toda a exactidãoDum longo relatório irrecusávelE pelos rostos iguais ao sol e ao ventoE pela limpidez das tão amadasPalavras sempre ditas com paixãoPela cor e pelo peso das palavrasPelo concreto silêncio limpo das palavrasDonde se erguem as coisas nomeadasPela nudez das palavras deslumbradas-Pedra rio vento casaPranto dia canto alentoEspaço raiz e águaÓ minha pátria e meu centroMe dói a lua me soluça o marE o exílio se inscreve em pleno tempoSophia de Mello Breyner Andressen

marcar artigo