Trichet pede cortes na despesa e subida de impostos
Rita Paz
23 Jul 2010
É a receita perfeita para os países industrializados consolidarem a retoma, mas tem de ser depressa, diz Trichet.
Num artigo publicado hoje pelo 'Financial Times', o presidente do Banco Central Europeu (BCE) alerta aqueles que querem prolongar as medidas de estímulo à economia: "Estão enganados", aponta, sublinhando que restringir a concessão de crédito nesta altura terá um "impacto muito limitado" no crescimento económico dos países.
Os conselhos do presidente do BCE vão no sentido contrário às declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana, Ben Bernanke, que disse ontem à noite que "o prolongamento da redução de impostos promulgada durante a administração de George W. Bush poderá ajudar a fortalecer a economia norte-americana, que ainda precisa de estímulos".
Trichet critica, indirectamente, os EUA e o FMI, pelos seus apelos aos estímulos orçamentais, ao escrever que "agora vemos quão simplista era a mensagem enviada há um ano a todas as economias industriais sob o lema de "estimular, activar, gastar".
O presidente do BCE assegura que fará o que lhe compete para consolidar o cenário económico na zona euro, garantindo a estabilidade dos preços, tal como tem feito.
"Esperemos que os Governos confirmem a sua determinação para consolidar as contas públicas. Esse compromisso é tão importante hoje para o paradigma do G20, de crescimento económico forte e equilibrado, como eram ontem as medidas excepcionais que adoptaram esses países para evitar uma depressão", nota.
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Trichet pede cortes na despesa e subida de impostos
Rita Paz
23 Jul 2010
É a receita perfeita para os países industrializados consolidarem a retoma, mas tem de ser depressa, diz Trichet.
Num artigo publicado hoje pelo 'Financial Times', o presidente do Banco Central Europeu (BCE) alerta aqueles que querem prolongar as medidas de estímulo à economia: "Estão enganados", aponta, sublinhando que restringir a concessão de crédito nesta altura terá um "impacto muito limitado" no crescimento económico dos países.
Os conselhos do presidente do BCE vão no sentido contrário às declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana, Ben Bernanke, que disse ontem à noite que "o prolongamento da redução de impostos promulgada durante a administração de George W. Bush poderá ajudar a fortalecer a economia norte-americana, que ainda precisa de estímulos".
Trichet critica, indirectamente, os EUA e o FMI, pelos seus apelos aos estímulos orçamentais, ao escrever que "agora vemos quão simplista era a mensagem enviada há um ano a todas as economias industriais sob o lema de "estimular, activar, gastar".
O presidente do BCE assegura que fará o que lhe compete para consolidar o cenário económico na zona euro, garantindo a estabilidade dos preços, tal como tem feito.
"Esperemos que os Governos confirmem a sua determinação para consolidar as contas públicas. Esse compromisso é tão importante hoje para o paradigma do G20, de crescimento económico forte e equilibrado, como eram ontem as medidas excepcionais que adoptaram esses países para evitar uma depressão", nota.
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