Repelências
No Cachimbo, Carlos Botelho veio em auxílio de Fernando Martins. Depois de considerar estas duas postas repelentes (sic), destapa as razões ocultas por trás das opiniões reveladas – razões que tentava manter secretas até agora, mas que este pipeleak, desgraçadamente, revelou :
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“A maioria dos que, caracteristicamente, o fazem encontram-se protegidos numa redoma “social” – estão abrigados das consequências das opções que defendem. (E defendem-nas com unhas e dentes, numa espécie de heroísmo do teclado.)”
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Imaginará o Carlos que nas minhas veias e artérias corre sangue azul de nobre nascido em palácio, administrador da empresa do papá, ou qualquer coisa assim – e que, com uns milhões de reserva num banco suíço, a vida não é mais que uma doce sequência de episódios risk free. Quem me dera. Infelizmente, não tenho tanta sorte. Sou um entre muitos portugueses cuja redoma social é sustentada exclusivamente na sobrevivência das empresas que lhes pagam e na capacidade de responder profissionalmente ao que lhes é exigido.
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Embora ele provavelmente não o compreenda, aquilo que defendo no meu ‘heroísmo de teclado’ é a economia, o emprego, o trabalho, a criação de riqueza, a maximização de oportunidades, a protecção da iniciativa e da liberdade individual, o direito dos indivíduos ao produto do seu esforço e a total protecção dos que buscam a felicidade qualquer que seja o seu critério de sorte e ventura.
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Acontece que nos tempos correntes ninguém ataca mais todos estes princípios que os governos dos estados sociais de vários países – entre os quais, Portugal, cujos líderes tem uma absoluta propensão para fazer tudo o que sabemos antecipadamente dar mau resultado. A dupla tributação que o estado pretende impor agora aos accionistas minoritários das empresas não é mais do que um outro passo nesse sentido – e, infelizmente, com muito boa gente a apoiar a demagogia de mais uma medida destruidora de futuro.
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Ora o Carlos e o Fernando, consideram estas coisas repelentes. Aparentemente, confundem estado com sociedade e entendem por isso que a defesa das empresas é uma luta contra a sociedade. Deixo aqui a minha aposta sem rede – mais heroísmo de teclado, uma vez que ignoro completamente quem são estes dois fumadores – é que o Carlos e o Francisco são, provavelmente, funcionários públicos incomodados com a dificuldade cada vez maior que o estado tem em extorquir montantes cada vez mais pornográficos à economia privada para alimentar o seu lado da barricada. Vão ter uma redução de salário, já em Janeiro e querem garantir por todos os meios a continuação do saque, para evitar previsíveis contratempos futuros para eles próprios – a sociedade.
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Infelizmente, não posso ajudá-los – o estado pode inventar mais e mais impostos sobre empresas e individuais, como aparentemente pretendem, mas o que está a fazer é apenas aniquilar a galinha dos ovos de ouro. E para demonstrar que isso das galinhas não lhe diz nada, o Carlos ameaça exterminar gajos como eu, liquidando a correspondente quota-parte de financiamento do próprio estado:
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“Têm sorte. Esse “condicionamento social” inevitável, necessário, da perspectiva seria considerado um corolário do Klassenkampf pelos nossos avós social-democratas (echt Sozialdemokraten.) Sim, têm sorte. Noutros espaços, noutros tempos, teriam de se pôr a milhas. Se conseguissem.”
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Leia-se: estas repelências não serão perdoadas. Tenho que pôr-me a milhas. Pelo menos tentar. Acho que vou para Espanha. Até amanhã, camaradas.
Repelências
No Cachimbo, Carlos Botelho veio em auxílio de Fernando Martins. Depois de considerar estas duas postas repelentes (sic), destapa as razões ocultas por trás das opiniões reveladas – razões que tentava manter secretas até agora, mas que este pipeleak, desgraçadamente, revelou :
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“A maioria dos que, caracteristicamente, o fazem encontram-se protegidos numa redoma “social” – estão abrigados das consequências das opções que defendem. (E defendem-nas com unhas e dentes, numa espécie de heroísmo do teclado.)”
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Imaginará o Carlos que nas minhas veias e artérias corre sangue azul de nobre nascido em palácio, administrador da empresa do papá, ou qualquer coisa assim – e que, com uns milhões de reserva num banco suíço, a vida não é mais que uma doce sequência de episódios risk free. Quem me dera. Infelizmente, não tenho tanta sorte. Sou um entre muitos portugueses cuja redoma social é sustentada exclusivamente na sobrevivência das empresas que lhes pagam e na capacidade de responder profissionalmente ao que lhes é exigido.
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Embora ele provavelmente não o compreenda, aquilo que defendo no meu ‘heroísmo de teclado’ é a economia, o emprego, o trabalho, a criação de riqueza, a maximização de oportunidades, a protecção da iniciativa e da liberdade individual, o direito dos indivíduos ao produto do seu esforço e a total protecção dos que buscam a felicidade qualquer que seja o seu critério de sorte e ventura.
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Acontece que nos tempos correntes ninguém ataca mais todos estes princípios que os governos dos estados sociais de vários países – entre os quais, Portugal, cujos líderes tem uma absoluta propensão para fazer tudo o que sabemos antecipadamente dar mau resultado. A dupla tributação que o estado pretende impor agora aos accionistas minoritários das empresas não é mais do que um outro passo nesse sentido – e, infelizmente, com muito boa gente a apoiar a demagogia de mais uma medida destruidora de futuro.
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Ora o Carlos e o Fernando, consideram estas coisas repelentes. Aparentemente, confundem estado com sociedade e entendem por isso que a defesa das empresas é uma luta contra a sociedade. Deixo aqui a minha aposta sem rede – mais heroísmo de teclado, uma vez que ignoro completamente quem são estes dois fumadores – é que o Carlos e o Francisco são, provavelmente, funcionários públicos incomodados com a dificuldade cada vez maior que o estado tem em extorquir montantes cada vez mais pornográficos à economia privada para alimentar o seu lado da barricada. Vão ter uma redução de salário, já em Janeiro e querem garantir por todos os meios a continuação do saque, para evitar previsíveis contratempos futuros para eles próprios – a sociedade.
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Infelizmente, não posso ajudá-los – o estado pode inventar mais e mais impostos sobre empresas e individuais, como aparentemente pretendem, mas o que está a fazer é apenas aniquilar a galinha dos ovos de ouro. E para demonstrar que isso das galinhas não lhe diz nada, o Carlos ameaça exterminar gajos como eu, liquidando a correspondente quota-parte de financiamento do próprio estado:
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“Têm sorte. Esse “condicionamento social” inevitável, necessário, da perspectiva seria considerado um corolário do Klassenkampf pelos nossos avós social-democratas (echt Sozialdemokraten.) Sim, têm sorte. Noutros espaços, noutros tempos, teriam de se pôr a milhas. Se conseguissem.”
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Leia-se: estas repelências não serão perdoadas. Tenho que pôr-me a milhas. Pelo menos tentar. Acho que vou para Espanha. Até amanhã, camaradas.