Depois venham dizer-me que é a MMG que exagera
Aquecimento global mata 315 mil por ano
Não se consegue perceber onde nem quando estas mortes estão a acontecer. Aquilo que aí se define como “fenómenos tão contraditórios” quanto secas e inundações sempre existiram. Lendo a notícia ficamos a saber que além destas mortes muitas mais ocorrerão caso os países mais ricos não multipliquem «por 100 os fundos destinados a combater o aquecimento global, garante o Fórum. Em vez dos actuais 283 milhões de euros, teriam de ser 22 650 milhões. “Esta injustiça flagrante deverá ser resolvida na cimeira de Copenhaga”, afirmou à Reuters a directora da ONG britânica Oxfam, Barbara Stocking.»
Ou seja esta é a típica notícia que organizações diversas colocam a circular na luta por mais fundos antes duma grande conferência com países dadores. Não tenho nada contra mas não se pode subestimar esse dado. Ainda sobre o aquecimento global e a linguagem religiosa associada a esta temática chamo mais uma vez a atenção para o trabalho do historiador francês Emmanuel Garnier . Garnier procura reconstituir o que foi o clima em França nos últimos três séculos. Na ausência de dados meteorológicos fiáveis – que só existem a partir do século XIX -, Garnier recorre aos registos das várias actividades agrícolas. E também aos relatos dos párocos sobre as procissões para pedir chuva ou o fim das inundações. As conclusões apontam não só para que os períodos extremos de seca e grandes inundações sempre se fizeram sentir, como também para que se poderá falar dum fenómeno de aquecimento a partir do século XVIII.
A outra das conclusões não é menos inquietante: na Europa central, entre 1570 e 1630, três mil a quatro mil mulheres terão sido queimadas após as comunidades onde viviam terem visto as suas colheitas destruídas pela chuva, pela seca ou pelas pragas. Os dados de Garnier parecem confirmar assim as teses de outros historiadores que defendem que as fogueiras onde ardiam feiticeiras são uma espécie de mapa sobre as desordens do clima. Hoje, felizmente, já não se queimam feiticeiras mas o clima de histeria e de ignorância, esse, não mudou.
Depois venham dizer-me que é a MMG que exagera
Aquecimento global mata 315 mil por ano
Não se consegue perceber onde nem quando estas mortes estão a acontecer. Aquilo que aí se define como “fenómenos tão contraditórios” quanto secas e inundações sempre existiram. Lendo a notícia ficamos a saber que além destas mortes muitas mais ocorrerão caso os países mais ricos não multipliquem «por 100 os fundos destinados a combater o aquecimento global, garante o Fórum. Em vez dos actuais 283 milhões de euros, teriam de ser 22 650 milhões. “Esta injustiça flagrante deverá ser resolvida na cimeira de Copenhaga”, afirmou à Reuters a directora da ONG britânica Oxfam, Barbara Stocking.»
Ou seja esta é a típica notícia que organizações diversas colocam a circular na luta por mais fundos antes duma grande conferência com países dadores. Não tenho nada contra mas não se pode subestimar esse dado. Ainda sobre o aquecimento global e a linguagem religiosa associada a esta temática chamo mais uma vez a atenção para o trabalho do historiador francês Emmanuel Garnier . Garnier procura reconstituir o que foi o clima em França nos últimos três séculos. Na ausência de dados meteorológicos fiáveis – que só existem a partir do século XIX -, Garnier recorre aos registos das várias actividades agrícolas. E também aos relatos dos párocos sobre as procissões para pedir chuva ou o fim das inundações. As conclusões apontam não só para que os períodos extremos de seca e grandes inundações sempre se fizeram sentir, como também para que se poderá falar dum fenómeno de aquecimento a partir do século XVIII.
A outra das conclusões não é menos inquietante: na Europa central, entre 1570 e 1630, três mil a quatro mil mulheres terão sido queimadas após as comunidades onde viviam terem visto as suas colheitas destruídas pela chuva, pela seca ou pelas pragas. Os dados de Garnier parecem confirmar assim as teses de outros historiadores que defendem que as fogueiras onde ardiam feiticeiras são uma espécie de mapa sobre as desordens do clima. Hoje, felizmente, já não se queimam feiticeiras mas o clima de histeria e de ignorância, esse, não mudou.