O que eu não entendo é a razão por que a esquerda anti-clerical não vocifera contra esta iniciativa que não respeita a separação entre Igreja e Estado, para mais tendo iniciativa socialista na CML. Tal como não entendo como estas personagens, que dedicam boa parte do seu tempo livre a comentar a religião alheia e vivem prenhes de espírito evangélico na divulgação da sua epifania ateia, não exigem que os feriados religiosos (ainda não repararam que são todos festas católicas? além de uma inaceitável intromissão da esfera religiosa no quotidiano, que se quer laico, de uma civilização tão avançada que até contempla o casamento gay, o que dizer desta parcialidade do Estado para com uma religião apenas?) sejam, simplesmente, extintos? E não vêem como intolerável – e bastante mais notório do que qualquer crucifixo numa aula – que o ano lectivo nas escolas públicas seja interrompido por férias de Natal e férias de Páscoa?
É que se se reconhece que a cultura portuguesa está entrelaçada com o catolicismo a ponto de não se conseguirem separar totalmente, então as diatribes por coisas menores são só para fazer figura de modernos (para usarmos o adjectivo preferido do nosso estimado PM) e para não levar a sério. E se não reconhecem isso, então ou são hipócritas ou mariquinhas.
PS – Em comentário, o Mentat chama a atenção para o problema dos Domingos. Claro que também é intolerável, inaceitável, inconcebível, inadmissível que uma sociedade laica deixe condicionar desta forma os dias de descanso e os dias de trabalho das pessoas.
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O que eu não entendo é a razão por que a esquerda anti-clerical não vocifera contra esta iniciativa que não respeita a separação entre Igreja e Estado, para mais tendo iniciativa socialista na CML. Tal como não entendo como estas personagens, que dedicam boa parte do seu tempo livre a comentar a religião alheia e vivem prenhes de espírito evangélico na divulgação da sua epifania ateia, não exigem que os feriados religiosos (ainda não repararam que são todos festas católicas? além de uma inaceitável intromissão da esfera religiosa no quotidiano, que se quer laico, de uma civilização tão avançada que até contempla o casamento gay, o que dizer desta parcialidade do Estado para com uma religião apenas?) sejam, simplesmente, extintos? E não vêem como intolerável – e bastante mais notório do que qualquer crucifixo numa aula – que o ano lectivo nas escolas públicas seja interrompido por férias de Natal e férias de Páscoa?
É que se se reconhece que a cultura portuguesa está entrelaçada com o catolicismo a ponto de não se conseguirem separar totalmente, então as diatribes por coisas menores são só para fazer figura de modernos (para usarmos o adjectivo preferido do nosso estimado PM) e para não levar a sério. E se não reconhecem isso, então ou são hipócritas ou mariquinhas.
PS – Em comentário, o Mentat chama a atenção para o problema dos Domingos. Claro que também é intolerável, inaceitável, inconcebível, inadmissível que uma sociedade laica deixe condicionar desta forma os dias de descanso e os dias de trabalho das pessoas.