Aproveitando a deixa sobre a Virgínia Woolf, fiquei com vontade de deixar aqui algumas notas sobre os feminismos.Como diz Bourdieu a visão androcêntrica impõe-se como neutra e não precisa de se enunciar em discursos visando legitimá-la, quer isto dizer que o sexismo está tão intrincado no quotidiano que a primeira função dos feminismos tem se ser a da desconstrução da ordem simbólica dominante.No sentido da denúncia das opressões, que são flagrantes e não minimais, e dos motivos que provocam essas opressões, que são premeditados e oportunistas. Ainda que o patriarcado não seja filho do capitalismo, a verdade é que o capitalismo sempre precisou da exploração das mulheres para sobreviver e para prosperar, por isso o combate feminista pela emancipação das mulheres condiz com a reivindicação de uma sociedade onde democracia social e económica seja real. Se tradição e sexismo combinam bem juntos, reinvenção e feminismos também têm que rimar. Eu acho que o que faz falta hoje em dia é um feminismo de tipo novo, engendrado por novos actores com renovadas práticas e outras exigências.
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Aproveitando a deixa sobre a Virgínia Woolf, fiquei com vontade de deixar aqui algumas notas sobre os feminismos.Como diz Bourdieu a visão androcêntrica impõe-se como neutra e não precisa de se enunciar em discursos visando legitimá-la, quer isto dizer que o sexismo está tão intrincado no quotidiano que a primeira função dos feminismos tem se ser a da desconstrução da ordem simbólica dominante.No sentido da denúncia das opressões, que são flagrantes e não minimais, e dos motivos que provocam essas opressões, que são premeditados e oportunistas. Ainda que o patriarcado não seja filho do capitalismo, a verdade é que o capitalismo sempre precisou da exploração das mulheres para sobreviver e para prosperar, por isso o combate feminista pela emancipação das mulheres condiz com a reivindicação de uma sociedade onde democracia social e económica seja real. Se tradição e sexismo combinam bem juntos, reinvenção e feminismos também têm que rimar. Eu acho que o que faz falta hoje em dia é um feminismo de tipo novo, engendrado por novos actores com renovadas práticas e outras exigências.