Do Portugal Profundo: A tragicomédia da nacionalização parcial dos bancos portugueses

22-01-2012
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A nacionalização parcial dos bancos privados portugueses em pré-falência é uma tragicomédia bem montada para enganar os contribuintes eleitores. Os três actos da peça seguem o padrão de uma trama muito velha e serôdia:
No primeiro acto: os bancos privados lançam uma campanha de queixas públicas sobre as condições e preço de compra pelo Estado de uma participação no seu capital. Para assustar o povo, podem até dizer que exigem que o Estado pague 50 vezes mais pelas acções do que o preço de mercado, questione nem mande e saia leve.
No segundo acto, o Governo e dirigentes da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) indignam-se, com estrondo público, perante a posição maximalista dos bancos e suscitam apoiam popular pela sua firmeza.
No terceiro acto, Governo, UE e FMI, acordam com os bancos a nacionalização parcial, que, no final da operação, mais do que duplicará a dívida pública. O Governo aceita um preço das acções bastante acima da cotação do mercado, uma fiscalização mais suave dos livros, direitos de intervenção mais restritos e prazos de pagamento mais dilatados. Os bancos simulam contrariedade, mas esfregam as mãos pelo dinheiro fresco. A peça termina com o povo a louvar o Governo por ter dobrado os bancos e ter conseguido, supostamente, uma entrada mais barata. Desce o pano, perante as palmas do público... e dos actores.

Esta farsa é também uma tragédia para o Estado e para o povo. O caso irlandês - uma quase-catástrofe -, só está a resultar, agora, porque a economia, mais livre e mais ágil, recuperou.


A nacionalização parcial dos bancos privados portugueses em pré-falência é uma tragicomédia bem montada para enganar os contribuintes eleitores. Os três actos da peça seguem o padrão de uma trama muito velha e serôdia:
No primeiro acto: os bancos privados lançam uma campanha de queixas públicas sobre as condições e preço de compra pelo Estado de uma participação no seu capital. Para assustar o povo, podem até dizer que exigem que o Estado pague 50 vezes mais pelas acções do que o preço de mercado, questione nem mande e saia leve.
No segundo acto, o Governo e dirigentes da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) indignam-se, com estrondo público, perante a posição maximalista dos bancos e suscitam apoiam popular pela sua firmeza.
No terceiro acto, Governo, UE e FMI, acordam com os bancos a nacionalização parcial, que, no final da operação, mais do que duplicará a dívida pública. O Governo aceita um preço das acções bastante acima da cotação do mercado, uma fiscalização mais suave dos livros, direitos de intervenção mais restritos e prazos de pagamento mais dilatados. Os bancos simulam contrariedade, mas esfregam as mãos pelo dinheiro fresco. A peça termina com o povo a louvar o Governo por ter dobrado os bancos e ter conseguido, supostamente, uma entrada mais barata. Desce o pano, perante as palmas do público... e dos actores.

Esta farsa é também uma tragédia para o Estado e para o povo. O caso irlandês - uma quase-catástrofe -, só está a resultar, agora, porque a economia, mais livre e mais ágil, recuperou.

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