Transdev admite cobrar bilhetes a estudantes se as autarquias não pagarem dívidas

20-03-2012
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“O problema do transporte dos estudantes tem de ser necessariamente resolvido, porque as empresas têm de pagar seguros, combustível e o leasing dos autocarros e não podem, como é óbvio, estar a transportar passageiros de graça”, afirmou o administrador-delegado do pólo rodoviário da Transdev.

Manuel Seabra afastou, no entanto, a possibilidade de as empresas suspenderem a realização do transporte escolar: “Os transportadores têm demonstrado largamente a sua responsabilidade social, não me parece que esteja a ser pensada nenhuma ação de suspensão do transporte.”

“Mas é natural que se tenha de recorrer a algum processo para recuperar essas tarifas correspondentes aos passageiros transportados e, portanto, é natural que os transportadores possam começar, por exemplo, a pedir aos pais que lhes paguem diretamente os bilhetes correspondentes aos transportes das crianças. É um cenário que está em cima a mesa”, admitiu.

O responsável disse que “a crise económica atual não explica tudo, dado que em zonas mais deprimidas economicamente existem câmaras que cumprem escrupulosamente as condições de pagamento”.

Há também autarquias que “já mostraram ou mostram um empenho em acordar planos de pagamento razoáveis”, afirmou Manuel Seabra, sublinhando que os casos mais preocupantes são as câmaras que, “acumulando dívidas todos os meses, não demonstram grande abertura para negociar planos de pagamento”.

A possibilidade de o transporte escolar vir a ser cobrado aos estudantes caso os municípios continuem sem pagar as dívidas às empresas já tinha sido admitida pelo presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Passageiros (ANTROP), Luís Cabaço Martins, a 28 de fevereiro.

As empresas associadas da ANTROP acumulam uma dívida de 60 milhões de euros de 250 autarquias.

A Transdev vai investir este ano cerca de 10,5 milhões de euros na compra de 46 autocarros novos, concretizando a maior aquisição única de frota em Portugal, disse ainda Manuel Seabra.

“Entre os autocarros que foram adquiridos no final do ano passado e que só entram ao serviço este ano e os autocarros adquiridos este ano, são 46 autocarros novos, aos quais vão juntar-se mais cinco dezenas de autocarros vindos das nossas sucursais europeias em muito boas condições”, afirmou.

A aquisição dos autocarros novos representa um investimento de cerca de 10,5 milhões de euros, disse o mesmo responsável, escusando-se a divulgar o valor dos 50 autocarros vindos das sucursais. A idade média da frota vai ser assim reduzida em meio ano, para 14 anos.

O pólo rodoviário nacional da Transdev é composto por 22 empresas com sede no Norte e Centro do país, no Litoral e no Interior, e é constituído por empresas que são responsáveis pela circulação de 1416 autocarros, dos quais cerca de 930 estão diretamente associados ao transporte colectivo de estudantes.

Além dos estudantes, deslocam-se diariamente, pelo serviço escolar, mais de 200 mil pessoas, na maioria idosos que, a manter-se a dívida e com encerramento dos operadores, poderão também deixar de dispor do serviço, de acordo com os dados da ANTROP.

“O problema do transporte dos estudantes tem de ser necessariamente resolvido, porque as empresas têm de pagar seguros, combustível e o leasing dos autocarros e não podem, como é óbvio, estar a transportar passageiros de graça”, afirmou o administrador-delegado do pólo rodoviário da Transdev.

Manuel Seabra afastou, no entanto, a possibilidade de as empresas suspenderem a realização do transporte escolar: “Os transportadores têm demonstrado largamente a sua responsabilidade social, não me parece que esteja a ser pensada nenhuma ação de suspensão do transporte.”

“Mas é natural que se tenha de recorrer a algum processo para recuperar essas tarifas correspondentes aos passageiros transportados e, portanto, é natural que os transportadores possam começar, por exemplo, a pedir aos pais que lhes paguem diretamente os bilhetes correspondentes aos transportes das crianças. É um cenário que está em cima a mesa”, admitiu.

O responsável disse que “a crise económica atual não explica tudo, dado que em zonas mais deprimidas economicamente existem câmaras que cumprem escrupulosamente as condições de pagamento”.

Há também autarquias que “já mostraram ou mostram um empenho em acordar planos de pagamento razoáveis”, afirmou Manuel Seabra, sublinhando que os casos mais preocupantes são as câmaras que, “acumulando dívidas todos os meses, não demonstram grande abertura para negociar planos de pagamento”.

A possibilidade de o transporte escolar vir a ser cobrado aos estudantes caso os municípios continuem sem pagar as dívidas às empresas já tinha sido admitida pelo presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Passageiros (ANTROP), Luís Cabaço Martins, a 28 de fevereiro.

As empresas associadas da ANTROP acumulam uma dívida de 60 milhões de euros de 250 autarquias.

A Transdev vai investir este ano cerca de 10,5 milhões de euros na compra de 46 autocarros novos, concretizando a maior aquisição única de frota em Portugal, disse ainda Manuel Seabra.

“Entre os autocarros que foram adquiridos no final do ano passado e que só entram ao serviço este ano e os autocarros adquiridos este ano, são 46 autocarros novos, aos quais vão juntar-se mais cinco dezenas de autocarros vindos das nossas sucursais europeias em muito boas condições”, afirmou.

A aquisição dos autocarros novos representa um investimento de cerca de 10,5 milhões de euros, disse o mesmo responsável, escusando-se a divulgar o valor dos 50 autocarros vindos das sucursais. A idade média da frota vai ser assim reduzida em meio ano, para 14 anos.

O pólo rodoviário nacional da Transdev é composto por 22 empresas com sede no Norte e Centro do país, no Litoral e no Interior, e é constituído por empresas que são responsáveis pela circulação de 1416 autocarros, dos quais cerca de 930 estão diretamente associados ao transporte colectivo de estudantes.

Além dos estudantes, deslocam-se diariamente, pelo serviço escolar, mais de 200 mil pessoas, na maioria idosos que, a manter-se a dívida e com encerramento dos operadores, poderão também deixar de dispor do serviço, de acordo com os dados da ANTROP.

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