Bar Velho Online: Manuel Alegre: socialista "de jure", mas não "de facto"

03-07-2011
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Manuel Alegre acusou a direcção do PS de retaliação política porque os seus apoiantes não foram incluídos nas listas de candidatos a deputados, o que me leva a perguntar: o Partido Socialista é uma coligação de partidos e movimentos ou é um partido político criado e organizado de acordo com os princípios da democracia em que prevalece a vontade da maioria, independentemente da forma como ela é decidida?A ser a primeira, então os escassos "alegristas" devem encontrar uma forma de se fazerem representar, mais não seja através do lobby na socialite socialista de modo a salvaguardar os seus interesses e representatividade. A ser o segundo, Alegre deve compreender que a maioria dos militantes, através daqueles que os representam, optaram por deixar de fora personalidades conotadas com o "alegrismo", esse fenómeno que ainda ninguém conseguiu dissecar.Na verdade, Manuel Alegre despediu-se recentemente do Parlamento e pretende continuar a dar nas vistas. Não deixou saudades, mas na despedida lá lhe fizeram o frete de tecer algumas palavras para que o vexame não fosse total. Alegre é um velho São Bernardo que já não tem força para andar quanto mais para carregar um kit de salvação a um PS quase em agonia. No entanto, querem fazer dele uma espécie de "monstro cor-de-rosa" que vem arruinar as eleições ao PS e o pior é que as pode fazer mais por culpa da comunicação social do que pela sua actuação.Manuel Alegre deixou de ser socialista quando lhe viraram as costas em 2005, momento em que o PS apoiou a candidatura de Mário Soares às Presidenciais de 2006. Desde então, Alegre passou a ser socialista de jure, por estar vinculado à bancada parlamentar socialista, mas não de facto, porque a verdade é que neste momento é mais bloquista do que socialista. A última grande prova disso é o facto de o site Esquerda.net dispor de um texto que dá voz à revolta de Alegre perante toda esta situação.Manuel Alegre, tal como Helena Roseta, deixou de ser socialista há muito tempo. O PS não é uma coligação de partidos ou movimentos para ter que se fazer representar através de um género de lei da paridade adaptada à sua imagem. Alegre deve retirar-se da política, gozar a reforma e, quiçá, aproveitar para escrever alguns livros, desde que os mesmos não sejam sobre mexericos no Largo do Rato.


Manuel Alegre acusou a direcção do PS de retaliação política porque os seus apoiantes não foram incluídos nas listas de candidatos a deputados, o que me leva a perguntar: o Partido Socialista é uma coligação de partidos e movimentos ou é um partido político criado e organizado de acordo com os princípios da democracia em que prevalece a vontade da maioria, independentemente da forma como ela é decidida?A ser a primeira, então os escassos "alegristas" devem encontrar uma forma de se fazerem representar, mais não seja através do lobby na socialite socialista de modo a salvaguardar os seus interesses e representatividade. A ser o segundo, Alegre deve compreender que a maioria dos militantes, através daqueles que os representam, optaram por deixar de fora personalidades conotadas com o "alegrismo", esse fenómeno que ainda ninguém conseguiu dissecar.Na verdade, Manuel Alegre despediu-se recentemente do Parlamento e pretende continuar a dar nas vistas. Não deixou saudades, mas na despedida lá lhe fizeram o frete de tecer algumas palavras para que o vexame não fosse total. Alegre é um velho São Bernardo que já não tem força para andar quanto mais para carregar um kit de salvação a um PS quase em agonia. No entanto, querem fazer dele uma espécie de "monstro cor-de-rosa" que vem arruinar as eleições ao PS e o pior é que as pode fazer mais por culpa da comunicação social do que pela sua actuação.Manuel Alegre deixou de ser socialista quando lhe viraram as costas em 2005, momento em que o PS apoiou a candidatura de Mário Soares às Presidenciais de 2006. Desde então, Alegre passou a ser socialista de jure, por estar vinculado à bancada parlamentar socialista, mas não de facto, porque a verdade é que neste momento é mais bloquista do que socialista. A última grande prova disso é o facto de o site Esquerda.net dispor de um texto que dá voz à revolta de Alegre perante toda esta situação.Manuel Alegre, tal como Helena Roseta, deixou de ser socialista há muito tempo. O PS não é uma coligação de partidos ou movimentos para ter que se fazer representar através de um género de lei da paridade adaptada à sua imagem. Alegre deve retirar-se da política, gozar a reforma e, quiçá, aproveitar para escrever alguns livros, desde que os mesmos não sejam sobre mexericos no Largo do Rato.

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