JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Prova desleal

05-07-2011
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Chega ao fim um campeonato que se pode considerar penoso, pelas desigualdades competitivas, mas sobretudo pela concorrência desleal.Ganha o FC Porto justamente. Ganha o FC Porto porque consolidou rotinas e porque foi mais forte em todos os aspectos.Em razão de decisões tomadas pela CD da Liga, na sequência de acontecimentos ocorridos na época de 2003-04, o FC Porto ganha o campeonato mesmo com a subtracção de seis pontos por via administrativa.Sem pôr em causa o mérito, o esforço e a qualidade de trabalho apresentados pela equipa comandada por Jesualdo Ferreira na temporada em curso, só se pode entender a decisão da subtracção de pontos, em vez da despromoção, à luz dos absortos e porventura maquiavélicos regulamentos aprovados pelos clubes que estão em vigência.Não faz sentido absolutamente nenhum que a corrupção desportiva na forma tentada seja penalizada de forma mais branda do que a coacção sobre as equipas de arbitragem.Mais: a subjectividade da matéria relativa à coacção daria para que, numa mesma época ou em épocas diferentes, a esmagadora maioria dos clubes pudessem ter conhecido a despromoção.A coacção tem sido a palavra de ordem no futebol português. Os clubes sabem os regulamentos que aprovaram. Regulamentos pífios que necessitam urgentemente de ser revogados e alterados e, no caso específico da corrupção, enquadrados segundo o espírito da nova lei. Castigos mais severos para os incumpridores nas mais diversas áreas é o único caminho possível para, de facto, se conseguir marcar um novo tempo no futebol em Portugal.Sporting e Benfica não estiveram à altura de poder aproveitar as consequências do Apito Final, sendo certo que o Conselho de Justiça da FPF, com uma ossatura que levanta algumas interrogações depois da sua óbvia fragilização, tem a última palavra sobre aplicabilidade das sanções promovidas pela Liga.Não há garantia de que, no futuro, o futebol seja mais limpo; uma investigação atempada e continuada faria um número incalculável de vítimas. Não apenas a Norte.Record RUI SANTOS

Chega ao fim um campeonato que se pode considerar penoso, pelas desigualdades competitivas, mas sobretudo pela concorrência desleal.Ganha o FC Porto justamente. Ganha o FC Porto porque consolidou rotinas e porque foi mais forte em todos os aspectos.Em razão de decisões tomadas pela CD da Liga, na sequência de acontecimentos ocorridos na época de 2003-04, o FC Porto ganha o campeonato mesmo com a subtracção de seis pontos por via administrativa.Sem pôr em causa o mérito, o esforço e a qualidade de trabalho apresentados pela equipa comandada por Jesualdo Ferreira na temporada em curso, só se pode entender a decisão da subtracção de pontos, em vez da despromoção, à luz dos absortos e porventura maquiavélicos regulamentos aprovados pelos clubes que estão em vigência.Não faz sentido absolutamente nenhum que a corrupção desportiva na forma tentada seja penalizada de forma mais branda do que a coacção sobre as equipas de arbitragem.Mais: a subjectividade da matéria relativa à coacção daria para que, numa mesma época ou em épocas diferentes, a esmagadora maioria dos clubes pudessem ter conhecido a despromoção.A coacção tem sido a palavra de ordem no futebol português. Os clubes sabem os regulamentos que aprovaram. Regulamentos pífios que necessitam urgentemente de ser revogados e alterados e, no caso específico da corrupção, enquadrados segundo o espírito da nova lei. Castigos mais severos para os incumpridores nas mais diversas áreas é o único caminho possível para, de facto, se conseguir marcar um novo tempo no futebol em Portugal.Sporting e Benfica não estiveram à altura de poder aproveitar as consequências do Apito Final, sendo certo que o Conselho de Justiça da FPF, com uma ossatura que levanta algumas interrogações depois da sua óbvia fragilização, tem a última palavra sobre aplicabilidade das sanções promovidas pela Liga.Não há garantia de que, no futuro, o futebol seja mais limpo; uma investigação atempada e continuada faria um número incalculável de vítimas. Não apenas a Norte.Record RUI SANTOS

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