Partido da Terra: Quando dizer “Não” melhora as coisas

01-07-2011
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Se o Tratado de Lisboa entrar em vigor já não será igual ao assinado nos Jerónimos. Estará melhor. Na nova versão, a Comissão Europeia manterá um comissário por cada Estado-membro, como eu próprio e outros sempre reclamaram.Esta importante melhoria não a ficamos a dever à Convenção de Giscard d’Estaing. Não a deveremos à maioria do Parlamento Europeu, nem aos sábios encartados. Não a deveremos a qualquer dos chefes de Estado e de Governo europeus que, em três Conferências Intergovernamentais, primeiro do Tratado Constitucional, depois do Tratado Reformador, se renderam à fórmula tremenda que privaria, à vez, um terço dos Estados-membros do respectivo comissário.Ficamos a devê-lo aos irlandeses que disseram “Não” no referendo ao Tratado de Lisboa. Ficamos a devê-lo ao Libertas, que deu vida e corpo a esse “Não”.Como português e europeu, sinto-me grato por não deixarmos de ter o comissário português. Manteremos uma Comissão Europeia onde a química dos diferentes povos europeus actua em pleno, sem estar condenada a transformar-se na secretaria-geral do directório dos “grandes”.Valia a pena discutir estas coisas na campanha: o figurino institucional da UE; os Tratados; a seriedade dos referendos; a importância de ouvir os povos. Mas debate-se pouco. E vi tentativas de diabolização dos irlandeses e do Libertas, tentando-se, por desconhecimento, ignorância militante ou deliberada má-fé, rotulá-lo de extremista. É não perceber nada da política europeia. É querer acantonar os cidadãos, condenados a aceitar tudo, como se cidadania fosse “Simdadania”.O Libertas, representado em Portugal pelo MPT, fez mais pela democracia do que os milhões de euros que as instituições europeias investem para nos levar a votar. Quem nos dera poder dizer “Sim” ou “Não”, ser mesmo parte. Extremismo é sentido único. democracia é informar-nos – e poder escolher.in: Crónicas Rádio Renascença - Europeias 2009 - 1 de Junho


Se o Tratado de Lisboa entrar em vigor já não será igual ao assinado nos Jerónimos. Estará melhor. Na nova versão, a Comissão Europeia manterá um comissário por cada Estado-membro, como eu próprio e outros sempre reclamaram.Esta importante melhoria não a ficamos a dever à Convenção de Giscard d’Estaing. Não a deveremos à maioria do Parlamento Europeu, nem aos sábios encartados. Não a deveremos a qualquer dos chefes de Estado e de Governo europeus que, em três Conferências Intergovernamentais, primeiro do Tratado Constitucional, depois do Tratado Reformador, se renderam à fórmula tremenda que privaria, à vez, um terço dos Estados-membros do respectivo comissário.Ficamos a devê-lo aos irlandeses que disseram “Não” no referendo ao Tratado de Lisboa. Ficamos a devê-lo ao Libertas, que deu vida e corpo a esse “Não”.Como português e europeu, sinto-me grato por não deixarmos de ter o comissário português. Manteremos uma Comissão Europeia onde a química dos diferentes povos europeus actua em pleno, sem estar condenada a transformar-se na secretaria-geral do directório dos “grandes”.Valia a pena discutir estas coisas na campanha: o figurino institucional da UE; os Tratados; a seriedade dos referendos; a importância de ouvir os povos. Mas debate-se pouco. E vi tentativas de diabolização dos irlandeses e do Libertas, tentando-se, por desconhecimento, ignorância militante ou deliberada má-fé, rotulá-lo de extremista. É não perceber nada da política europeia. É querer acantonar os cidadãos, condenados a aceitar tudo, como se cidadania fosse “Simdadania”.O Libertas, representado em Portugal pelo MPT, fez mais pela democracia do que os milhões de euros que as instituições europeias investem para nos levar a votar. Quem nos dera poder dizer “Sim” ou “Não”, ser mesmo parte. Extremismo é sentido único. democracia é informar-nos – e poder escolher.in: Crónicas Rádio Renascença - Europeias 2009 - 1 de Junho

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