CIDADANIA LX: S. Paulo pombalina: decadente, suja, esquecida.

05-07-2011
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Em termos urbanos a área da freguesia de S. Paulo é das mais interessantes de Lisboa. Pela proximidade do rio, do Cais do Sodré, da estação de comboios, pelos dramáticos viadutos pombalinos da Rua do Alecrim e por todo o desenho arquitectonico e urbano pombalino ainda bastante intacto. Mas apesar destes ingredientes, em teoria mais do que suficientes para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu, tudo está mais morto que vivo. Porque está quase tudo degradado, em ruínas decadentes e sujas. É um cenário de doença terminal, aflitivo e deprimente. É a capital Lisboa no seu pior. Porque razão a República Portuguesa se mostra insensível, e tão incapaz, de curar, dar vida, numa palavra, HABITAR este notável bairro da capital?Toda esta zona ribeirinha de Lisboa foi profundamente atingida pelo terramoto de 1755, tendo sido totalmente refeito o seu traçado urbano sob desenhos da Casa do Risco, criando-se uma praça rectangular com chafariz/obelisco central - a Praça de São Paulo. Na cabeceira poente da praça ergueu-se a paroquial, obra dirigida por Remígio Francisco de Abreu, assistente de Eugénio dos Santos. Atrás da praça, junto ao rio, criou-se em 1771 o novo mercado de S. Paulo, também chamado da Ribeira Nova. A família do Marquês de Pombal possuía algumas propriedades nesta zona, tendo reconstruído os seus prédios, como aquele que fecha a praça a nascente, iniciativa do irmão de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça. Deste facto resultou a designação toponímica da Rua Nova do Carvalho. Nesta zona há a destacar o grande quarteirão conhecido como Prédio dos Remolares erguido pelo Morgado de Oliveira, futuro Conde Rio Maior, genro do Marquês de Pombal. Fotos: Travessa do Carvalho, Rua do Alecrim, Largo dos Stephens, Largo do Corpo Santo


Em termos urbanos a área da freguesia de S. Paulo é das mais interessantes de Lisboa. Pela proximidade do rio, do Cais do Sodré, da estação de comboios, pelos dramáticos viadutos pombalinos da Rua do Alecrim e por todo o desenho arquitectonico e urbano pombalino ainda bastante intacto. Mas apesar destes ingredientes, em teoria mais do que suficientes para a existência de um extraordinário bairro histórico europeu, tudo está mais morto que vivo. Porque está quase tudo degradado, em ruínas decadentes e sujas. É um cenário de doença terminal, aflitivo e deprimente. É a capital Lisboa no seu pior. Porque razão a República Portuguesa se mostra insensível, e tão incapaz, de curar, dar vida, numa palavra, HABITAR este notável bairro da capital?Toda esta zona ribeirinha de Lisboa foi profundamente atingida pelo terramoto de 1755, tendo sido totalmente refeito o seu traçado urbano sob desenhos da Casa do Risco, criando-se uma praça rectangular com chafariz/obelisco central - a Praça de São Paulo. Na cabeceira poente da praça ergueu-se a paroquial, obra dirigida por Remígio Francisco de Abreu, assistente de Eugénio dos Santos. Atrás da praça, junto ao rio, criou-se em 1771 o novo mercado de S. Paulo, também chamado da Ribeira Nova. A família do Marquês de Pombal possuía algumas propriedades nesta zona, tendo reconstruído os seus prédios, como aquele que fecha a praça a nascente, iniciativa do irmão de Pombal, Paulo de Carvalho e Mendonça. Deste facto resultou a designação toponímica da Rua Nova do Carvalho. Nesta zona há a destacar o grande quarteirão conhecido como Prédio dos Remolares erguido pelo Morgado de Oliveira, futuro Conde Rio Maior, genro do Marquês de Pombal. Fotos: Travessa do Carvalho, Rua do Alecrim, Largo dos Stephens, Largo do Corpo Santo

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