Alto Hama: Embaixada de Angola em Lisboatenta tapar o sol com uma peneira

01-07-2011
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A Embaixada de Angola em Lisboa repudiou, como lhe competia e depois de receber indicações de Luanda, as declarações proferidas numa conferência na capital portuguesa pelo músico e activista Bob Geldof, segundo o qual "Angola é gerida por criminosos"."Face às afirmações injuriosas sobre a República de Angola e seus dirigentes proferidas pelo Senhor Bob Geldof, no decurso de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável organizada pelo jornal Expresso e pelo Banco Espírito Santo, vem esta Embaixada manifestar o seu total repúdio pelo conteúdo das mesmas", adianta o comunicado divulgado em Lisboa.Também o Banco Espírito Santos (pudera!) se demarcou de uma dura afirmação que, afinal, todos sabem ser verdadeira, embora politicamente inoportuna. Tão politicamente inoportuna como são, aliás, todas as verdades.Bob Geldof disse, por exemplo, que "as casas mais ricas do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda” e que são mais caras do que em Chelsea e Park Lane". É mentira? Não. É verdade. Tão simples quanto isso.Tão verdade como a esmagadora maioria dos angolanos viver na miséria.A Embaixada de Angola em Lisboa considera que houve "manifesta má fé das palavras proferidas", destacando "o teor infundado das mesmas" e "o desconhecimento do esforço que o Estado angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações".Por muito que eu diga o contrário, se eu andar de Ferrari, comer e vestir do melhor, viver numa boa casa e tiver os meus filhos a viver debaixo da ponte, a morrer à fome, eles só poderão dizer que o pai é um criminoso.Não adiante alegar que estou a fazer um esforço para os retirar da miséria. O esforço, a existir, deve começar debaixo para cima. Do Povo para os dirigentes, e não ao contrário, como acontece em Angola.Para a Embaixada, o "desconhecimento" de Geldof pode levar a que, "irresponsavelmente, alguém que devia medir bem o peso das suas afirmações coloque em causa a honorabilidade de terceiros", refere o comunicado.Quem, como a maioria dos dirigentes do regime ditatorial angolano (MPLA), valoriza e engorda os poucos que têm milhões e não os muitos milhões que têm pouco ou nada, só pode ser chamado, no mínimo, de criminoso.


A Embaixada de Angola em Lisboa repudiou, como lhe competia e depois de receber indicações de Luanda, as declarações proferidas numa conferência na capital portuguesa pelo músico e activista Bob Geldof, segundo o qual "Angola é gerida por criminosos"."Face às afirmações injuriosas sobre a República de Angola e seus dirigentes proferidas pelo Senhor Bob Geldof, no decurso de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável organizada pelo jornal Expresso e pelo Banco Espírito Santo, vem esta Embaixada manifestar o seu total repúdio pelo conteúdo das mesmas", adianta o comunicado divulgado em Lisboa.Também o Banco Espírito Santos (pudera!) se demarcou de uma dura afirmação que, afinal, todos sabem ser verdadeira, embora politicamente inoportuna. Tão politicamente inoportuna como são, aliás, todas as verdades.Bob Geldof disse, por exemplo, que "as casas mais ricas do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda” e que são mais caras do que em Chelsea e Park Lane". É mentira? Não. É verdade. Tão simples quanto isso.Tão verdade como a esmagadora maioria dos angolanos viver na miséria.A Embaixada de Angola em Lisboa considera que houve "manifesta má fé das palavras proferidas", destacando "o teor infundado das mesmas" e "o desconhecimento do esforço que o Estado angolano tem vindo a fazer para melhorar as condições de vida das populações".Por muito que eu diga o contrário, se eu andar de Ferrari, comer e vestir do melhor, viver numa boa casa e tiver os meus filhos a viver debaixo da ponte, a morrer à fome, eles só poderão dizer que o pai é um criminoso.Não adiante alegar que estou a fazer um esforço para os retirar da miséria. O esforço, a existir, deve começar debaixo para cima. Do Povo para os dirigentes, e não ao contrário, como acontece em Angola.Para a Embaixada, o "desconhecimento" de Geldof pode levar a que, "irresponsavelmente, alguém que devia medir bem o peso das suas afirmações coloque em causa a honorabilidade de terceiros", refere o comunicado.Quem, como a maioria dos dirigentes do regime ditatorial angolano (MPLA), valoriza e engorda os poucos que têm milhões e não os muitos milhões que têm pouco ou nada, só pode ser chamado, no mínimo, de criminoso.

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