Alma Negra: De pele. Para que não restem dúvidas em quem por aqui passa.

26-01-2012
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Não gosto de quem fala sem convicção e que necessita (antes de convencer os outros) de se convencer a si próprio. 
Não gosto de quem fala com tiques de evangelista visionário sem que tenha nada para ensinar. 
Não gosto de quem não sabe onde colocar as tónicas e as átonas numa frase. 
Não gosto de quem não tem um sorriso sincero. 
Não gosto de quem não sabe pedir desculpas a não ser que haja um ganho óbvio nessa atitude.
Não gosto de pessoas mentirosas. Principalmente quando não sabem mentir (porque não sabem colocar as tónicas e as átonas numa frase).
Não gosto de pessoas narcisistas e com um sentido de missão típico do clarividente solitário - costumam ter tiques evangelistas e nada para ensinar.
Não gosto de pessoas que se fazem passar por aquilo que não são, principalmente quando o fazem a todo o custo.
Não gosto de pessoas calculistas, que manipulam afectos em função dos seus objectivos, em vez de traçarem objectivos em função dos seus afectos. Não têm carácter. E eu não gosto de pessoas sem carácter.
Não gosto do Cidadão José Sócrates (enquanto figura pública). Não gosto da maneira como fala nem da maneira como tenta sorrir e parecer simpático. Não confio no Cidadão José Sócrates. Não confio em pessoas de quem não gosto, porque normalmente não gosto de pessoas em quem não posso confiar. Nunca confiei no Cidadão José Sócrates porque o Cidadão José Sócrates nunca me inspirou confiança. Porque uma pessoa que tem que se esforçar para me merecer confiança não é - no seu estado natural - de confiança. Não tenho qualquer respeito - para além do mínimo a que o civismo me obriga - pelo Engenheiro José Sócrates, nem pela sua carreira académica, conseguida graças a uma situação de favorecimento absolutamente excepcional e não fundamentada à luz de qualquer argumento lógico. 
E não me digam que o Cidadão José Sócrates tem carácter.  Eu vi - e aprendi com quem sabe - o que é carácter. Na prática do dia-a-dia. Carácter é não pretender situações de excepção para se atingir um qualquer objectivo por muito necessitado que se esteja. É não pedir para não ficar a dever. É saber cumprir com a parte do dever para poder exigir a parte do haver. É ser-se independente. É saber não abdicar do nome que carregamos em função de um prefixo que não merecemos. É saber que o caminho que fazemos é tão importante como o sítio onde queremos chegar. É saber escolher quem temos ao nosso lado em função de princípios e não de interesses. É saber assumir os erros e as respectivas consequências, nem que isso seja um duro exercício de solidão - e saber fazê-lo com sinceridade e por uma questão de princípios, não por oportunismo. And so on.

Por tudo isto - que são coisas cá muito minhas e mais nada - o Cidadão José Sócrates é o lamentável Primeiro-Ministro deste País mas não graças a mim. Por minha vontade teria continuado a assinar o nome na galeria de horrores que plantou no sopé da Serra. E o António Costa que não me lixe a molécula na quadratura do círculo: O que está aqui em causa é uma questão de carácter. A Democracia é em si uma questão de carácter. 


Não gosto de quem fala sem convicção e que necessita (antes de convencer os outros) de se convencer a si próprio. 
Não gosto de quem fala com tiques de evangelista visionário sem que tenha nada para ensinar. 
Não gosto de quem não sabe onde colocar as tónicas e as átonas numa frase. 
Não gosto de quem não tem um sorriso sincero. 
Não gosto de quem não sabe pedir desculpas a não ser que haja um ganho óbvio nessa atitude.
Não gosto de pessoas mentirosas. Principalmente quando não sabem mentir (porque não sabem colocar as tónicas e as átonas numa frase).
Não gosto de pessoas narcisistas e com um sentido de missão típico do clarividente solitário - costumam ter tiques evangelistas e nada para ensinar.
Não gosto de pessoas que se fazem passar por aquilo que não são, principalmente quando o fazem a todo o custo.
Não gosto de pessoas calculistas, que manipulam afectos em função dos seus objectivos, em vez de traçarem objectivos em função dos seus afectos. Não têm carácter. E eu não gosto de pessoas sem carácter.
Não gosto do Cidadão José Sócrates (enquanto figura pública). Não gosto da maneira como fala nem da maneira como tenta sorrir e parecer simpático. Não confio no Cidadão José Sócrates. Não confio em pessoas de quem não gosto, porque normalmente não gosto de pessoas em quem não posso confiar. Nunca confiei no Cidadão José Sócrates porque o Cidadão José Sócrates nunca me inspirou confiança. Porque uma pessoa que tem que se esforçar para me merecer confiança não é - no seu estado natural - de confiança. Não tenho qualquer respeito - para além do mínimo a que o civismo me obriga - pelo Engenheiro José Sócrates, nem pela sua carreira académica, conseguida graças a uma situação de favorecimento absolutamente excepcional e não fundamentada à luz de qualquer argumento lógico. 
E não me digam que o Cidadão José Sócrates tem carácter.  Eu vi - e aprendi com quem sabe - o que é carácter. Na prática do dia-a-dia. Carácter é não pretender situações de excepção para se atingir um qualquer objectivo por muito necessitado que se esteja. É não pedir para não ficar a dever. É saber cumprir com a parte do dever para poder exigir a parte do haver. É ser-se independente. É saber não abdicar do nome que carregamos em função de um prefixo que não merecemos. É saber que o caminho que fazemos é tão importante como o sítio onde queremos chegar. É saber escolher quem temos ao nosso lado em função de princípios e não de interesses. É saber assumir os erros e as respectivas consequências, nem que isso seja um duro exercício de solidão - e saber fazê-lo com sinceridade e por uma questão de princípios, não por oportunismo. And so on.

Por tudo isto - que são coisas cá muito minhas e mais nada - o Cidadão José Sócrates é o lamentável Primeiro-Ministro deste País mas não graças a mim. Por minha vontade teria continuado a assinar o nome na galeria de horrores que plantou no sopé da Serra. E o António Costa que não me lixe a molécula na quadratura do círculo: O que está aqui em causa é uma questão de carácter. A Democracia é em si uma questão de carácter. 

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