Fora de Tempo: RTP

30-06-2011
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O Governo, pela voz de Jorge Lacão, acaba de anunciar que não é sua intenção privatizar a RTP. De entre as várias eventuais privatizações que podem ser levadas a cabo, por forma a esvaziar mais um pouco o enorme balão das despesas do Estado, o Governo escolheu desde logo desmentir, de forma categórica, aquela que até me parece uma das que mais se justificaria, ao contrário, por exemplo, da REN ou dos CTT, sobre as quais tenho mais dúvidas e reservas. Nunca percebi bem o que é isso do serviço público de televisão, quando temos 1500 "preços certos", milhentos programas refogados com canções e coreografias de danças para dar emprego àquele italiano chato, o João Baião aos pulos num directo em Pampilhosa da Serra, filmes de qualidade duvidosa, séries portuguesas que não aquecem nem arrefecem (salvo a honrosa excepção "Conta-me Como Foi"), festivais da canção tão pomposos como miseráveis em termos musicais, mesmo para os padrões eurofestivaleiros, e por aí fora. A haver serviço público, que se reserve, então, para a RTP2. Dois canais públicos para quê?


O Governo, pela voz de Jorge Lacão, acaba de anunciar que não é sua intenção privatizar a RTP. De entre as várias eventuais privatizações que podem ser levadas a cabo, por forma a esvaziar mais um pouco o enorme balão das despesas do Estado, o Governo escolheu desde logo desmentir, de forma categórica, aquela que até me parece uma das que mais se justificaria, ao contrário, por exemplo, da REN ou dos CTT, sobre as quais tenho mais dúvidas e reservas. Nunca percebi bem o que é isso do serviço público de televisão, quando temos 1500 "preços certos", milhentos programas refogados com canções e coreografias de danças para dar emprego àquele italiano chato, o João Baião aos pulos num directo em Pampilhosa da Serra, filmes de qualidade duvidosa, séries portuguesas que não aquecem nem arrefecem (salvo a honrosa excepção "Conta-me Como Foi"), festivais da canção tão pomposos como miseráveis em termos musicais, mesmo para os padrões eurofestivaleiros, e por aí fora. A haver serviço público, que se reserve, então, para a RTP2. Dois canais públicos para quê?

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