A Arte da Fuga: Irracionalidade das subvenções eleitorais

01-07-2011
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Diz o Correio da Manhã ("Votos salvam Alegre"):Dez mil salários mínimos, ou seja, 3,859 milhões de euros, é a subvenção pública total prevista na lei para as eleições presidenciais. Vinte por cento deste bolo, quase 772 mil euros, é distribuído pelos candidatos que obtiverem cinco por cento dos votos. Neste caso, Cavaco Silva, Manuel Alegre, Mário Soares, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tiveram direito a 154 360 euros cada um. Os restantes 80 por cento (3,087 milhões de euros) são distribuídos pelos candidatos na proporção dos votos.Nas presidenciais, a sangria de dinheiros "públicos" é garantida num valor fixo, independentemente da vontade dos eleitores ou contribuintes. "Todos os portugueses", claro, têm pouco a dizer— para estas contas, a abstenção, votos nulos e brancos não são tidos para a contabilidade, apenas as percentagens de votos expressos num candidato.Mas analisemos a irracionalidade matemática desta subvenção. Abaixo de 5%, os candidatos não são considerados merecedores da ajuda do Estado. Mas acima desse limite, quanto mais minoritária for a votação num candidato, mais "caro" fica o respectivo voto ao erário público. A subvenção pública está enviesada para apoiar proporcionalmente mais a campanha dos candidatos que perdem as eleições e que menos mereceram a confiança dos eleitores para serem Presidente de "todos os portugueses".To add insult to injury, o encargo fixo global que paga o fausto da República (leia-se: cartazes e comícios), é repartido coercivamente por cada contribuinte na proporção prescrita pela nossa modelar fiscalidade. O mesmo voto tem custos diferentes para pessoas diferentes. Como se não bastasse, este dinheiro é distribuído pelos candidatos na proporção aproximada (ver parágrafo anterior) das preferências dos outros cidadãos. Isto é "Democracia"?Posts anteriores sobre o mesmo tema:- Financiamento "público" dos partidos;- Financiamento "público" dos partidos (2);(via Elise, "Louçã poderá pedir empréstimo")

Diz o Correio da Manhã ("Votos salvam Alegre"):Dez mil salários mínimos, ou seja, 3,859 milhões de euros, é a subvenção pública total prevista na lei para as eleições presidenciais. Vinte por cento deste bolo, quase 772 mil euros, é distribuído pelos candidatos que obtiverem cinco por cento dos votos. Neste caso, Cavaco Silva, Manuel Alegre, Mário Soares, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tiveram direito a 154 360 euros cada um. Os restantes 80 por cento (3,087 milhões de euros) são distribuídos pelos candidatos na proporção dos votos.Nas presidenciais, a sangria de dinheiros "públicos" é garantida num valor fixo, independentemente da vontade dos eleitores ou contribuintes. "Todos os portugueses", claro, têm pouco a dizer— para estas contas, a abstenção, votos nulos e brancos não são tidos para a contabilidade, apenas as percentagens de votos expressos num candidato.Mas analisemos a irracionalidade matemática desta subvenção. Abaixo de 5%, os candidatos não são considerados merecedores da ajuda do Estado. Mas acima desse limite, quanto mais minoritária for a votação num candidato, mais "caro" fica o respectivo voto ao erário público. A subvenção pública está enviesada para apoiar proporcionalmente mais a campanha dos candidatos que perdem as eleições e que menos mereceram a confiança dos eleitores para serem Presidente de "todos os portugueses".To add insult to injury, o encargo fixo global que paga o fausto da República (leia-se: cartazes e comícios), é repartido coercivamente por cada contribuinte na proporção prescrita pela nossa modelar fiscalidade. O mesmo voto tem custos diferentes para pessoas diferentes. Como se não bastasse, este dinheiro é distribuído pelos candidatos na proporção aproximada (ver parágrafo anterior) das preferências dos outros cidadãos. Isto é "Democracia"?Posts anteriores sobre o mesmo tema:- Financiamento "público" dos partidos;- Financiamento "público" dos partidos (2);(via Elise, "Louçã poderá pedir empréstimo")

Diz o Correio da Manhã ("Votos salvam Alegre"):Dez mil salários mínimos, ou seja, 3,859 milhões de euros, é a subvenção pública total prevista na lei para as eleições presidenciais. Vinte por cento deste bolo, quase 772 mil euros, é distribuído pelos candidatos que obtiverem cinco por cento dos votos. Neste caso, Cavaco Silva, Manuel Alegre, Mário Soares, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tiveram direito a 154 360 euros cada um. Os restantes 80 por cento (3,087 milhões de euros) são distribuídos pelos candidatos na proporção dos votos.Nas presidenciais, a sangria de dinheiros "públicos" é garantida num valor fixo, independentemente da vontade dos eleitores ou contribuintes. "Todos os portugueses", claro, têm pouco a dizer— para estas contas, a abstenção, votos nulos e brancos não são tidos para a contabilidade, apenas as percentagens de votos expressos num candidato.Mas analisemos a irracionalidade matemática desta subvenção. Abaixo de 5%, os candidatos não são considerados merecedores da ajuda do Estado. Mas acima desse limite, quanto mais minoritária for a votação num candidato, mais "caro" fica o respectivo voto ao erário público. A subvenção pública está enviesada para apoiar proporcionalmente mais a campanha dos candidatos que perdem as eleições e que menos mereceram a confiança dos eleitores para serem Presidente de "todos os portugueses".To add insult to injury, o encargo fixo global que paga o fausto da República (leia-se: cartazes e comícios), é repartido coercivamente por cada contribuinte na proporção prescrita pela nossa modelar fiscalidade. O mesmo voto tem custos diferentes para pessoas diferentes. Como se não bastasse, este dinheiro é distribuído pelos candidatos na proporção aproximada (ver parágrafo anterior) das preferências dos outros cidadãos. Isto é "Democracia"?Posts anteriores sobre o mesmo tema:- Financiamento "público" dos partidos;- Financiamento "público" dos partidos (2);(via Elise, "Louçã poderá pedir empréstimo")

Diz o Correio da Manhã ("Votos salvam Alegre"):Dez mil salários mínimos, ou seja, 3,859 milhões de euros, é a subvenção pública total prevista na lei para as eleições presidenciais. Vinte por cento deste bolo, quase 772 mil euros, é distribuído pelos candidatos que obtiverem cinco por cento dos votos. Neste caso, Cavaco Silva, Manuel Alegre, Mário Soares, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tiveram direito a 154 360 euros cada um. Os restantes 80 por cento (3,087 milhões de euros) são distribuídos pelos candidatos na proporção dos votos.Nas presidenciais, a sangria de dinheiros "públicos" é garantida num valor fixo, independentemente da vontade dos eleitores ou contribuintes. "Todos os portugueses", claro, têm pouco a dizer— para estas contas, a abstenção, votos nulos e brancos não são tidos para a contabilidade, apenas as percentagens de votos expressos num candidato.Mas analisemos a irracionalidade matemática desta subvenção. Abaixo de 5%, os candidatos não são considerados merecedores da ajuda do Estado. Mas acima desse limite, quanto mais minoritária for a votação num candidato, mais "caro" fica o respectivo voto ao erário público. A subvenção pública está enviesada para apoiar proporcionalmente mais a campanha dos candidatos que perdem as eleições e que menos mereceram a confiança dos eleitores para serem Presidente de "todos os portugueses".To add insult to injury, o encargo fixo global que paga o fausto da República (leia-se: cartazes e comícios), é repartido coercivamente por cada contribuinte na proporção prescrita pela nossa modelar fiscalidade. O mesmo voto tem custos diferentes para pessoas diferentes. Como se não bastasse, este dinheiro é distribuído pelos candidatos na proporção aproximada (ver parágrafo anterior) das preferências dos outros cidadãos. Isto é "Democracia"?Posts anteriores sobre o mesmo tema:- Financiamento "público" dos partidos;- Financiamento "público" dos partidos (2);(via Elise, "Louçã poderá pedir empréstimo")

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