O Acidental: Facto revelador de 2005

02-07-2011
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1. Iraque. Um grupo de crianças. Soldados americanos oferecem doces e afins às ditas crianças. Um terrorista faz-se explodir no local. Mata as crianças. Dezenas. 2. Porém, na Europa, continua-se a usar os termos “insurgentes” e “rebeldes” para descrever estes actos terroristas. Quando isto acontece, o anti-americanismo deixa de ser um fenómeno curioso e passa a ser uma ideologia. Quando isto acontece, quando o relativismo reduz um massacre de crianças a uma “insurgência”, então, estamos mesmo no caminho escolhido pela brigada multiculturalista: destruição do Ocidente a partir do seu interior. Lentamente e sem pressas revolucionárias. 3. Os marxistas falharam no assalto económico. Agora, estes “marxistas culturalistas”, digamos assim, tentam o assalto à cultura, às ideias, à própria ideia de ser-se ocidental. A cultura pós-moderna e multiculturalista é a consumação da veia aberta por Lévi-Strauss: é preciso sentir vergonha por ser-se ocidental. 4. Por tudo isto, a culpa, segundo este culturalismo relativista, não é do terrorista que matou as crianças. É, isso sim, do soldado que, malvado e sem vergonha do seu chocolate ocidental, oferecia esse mesmo chocolate a um grupo de crianças. É mesmo preciso não ter vergonha nenhuma, de facto. [Henrique Raposo]

1. Iraque. Um grupo de crianças. Soldados americanos oferecem doces e afins às ditas crianças. Um terrorista faz-se explodir no local. Mata as crianças. Dezenas. 2. Porém, na Europa, continua-se a usar os termos “insurgentes” e “rebeldes” para descrever estes actos terroristas. Quando isto acontece, o anti-americanismo deixa de ser um fenómeno curioso e passa a ser uma ideologia. Quando isto acontece, quando o relativismo reduz um massacre de crianças a uma “insurgência”, então, estamos mesmo no caminho escolhido pela brigada multiculturalista: destruição do Ocidente a partir do seu interior. Lentamente e sem pressas revolucionárias. 3. Os marxistas falharam no assalto económico. Agora, estes “marxistas culturalistas”, digamos assim, tentam o assalto à cultura, às ideias, à própria ideia de ser-se ocidental. A cultura pós-moderna e multiculturalista é a consumação da veia aberta por Lévi-Strauss: é preciso sentir vergonha por ser-se ocidental. 4. Por tudo isto, a culpa, segundo este culturalismo relativista, não é do terrorista que matou as crianças. É, isso sim, do soldado que, malvado e sem vergonha do seu chocolate ocidental, oferecia esse mesmo chocolate a um grupo de crianças. É mesmo preciso não ter vergonha nenhuma, de facto. [Henrique Raposo]

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