2008-12-02 01:33:41
Vítor Rodrigues Oliveira Farhang reabre o café Leopold, apenas alguns dias após os disparos.
Morreram aqui 7 pessoas, entre os quais dois empregados, mas Farhang diz estar contente por reabir o restaurante. Ele quer dar uma lição aos terroristas: "Não vamos desistir, vamos voltar à normalidade".
Rapidamente o restaurante encheu, e há sorrisos, conversas, pessoas esfomeadas. Um restaurante normal, depois do massacre. Farhang diz que não mudou quase nada, "apenas algumas cadeiras".
As marcas das balas estão ainda bem visíveis: na parede espelhada, ou lá em cima, bem perto do tecto, ou no cartaz que continua a dizer "proibído fumar", mas que já perdeu o símbolo da proibição. Como se de um tiro ao alvo se tratasse.
Puro engano. O tiroteio, dizem-nos, "foi completamente aleatório". Armas automáticas da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, para cima, para tudo.
Farhang diz estar cansado. Mas não recusa nenhuma entrevista, "mais de 25, 30, não sei". Descontraído, encosta a sola da sapatilha branca na parede e responde a tudo, sem medos.
Na hora dos ataques, Farhang não assistiu, mas estava bem perto. Ainda hoje ouve os tiros e os rebentamentos. Mantém o sorriso e a vontade de mostrar aos terroristas que "a população de Bombaím é mais forte", mas, ao final da noite, todas as noites, não consegue dormir.
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2008-12-02 01:33:41
Vítor Rodrigues Oliveira Farhang reabre o café Leopold, apenas alguns dias após os disparos.
Morreram aqui 7 pessoas, entre os quais dois empregados, mas Farhang diz estar contente por reabir o restaurante. Ele quer dar uma lição aos terroristas: "Não vamos desistir, vamos voltar à normalidade".
Rapidamente o restaurante encheu, e há sorrisos, conversas, pessoas esfomeadas. Um restaurante normal, depois do massacre. Farhang diz que não mudou quase nada, "apenas algumas cadeiras".
As marcas das balas estão ainda bem visíveis: na parede espelhada, ou lá em cima, bem perto do tecto, ou no cartaz que continua a dizer "proibído fumar", mas que já perdeu o símbolo da proibição. Como se de um tiro ao alvo se tratasse.
Puro engano. O tiroteio, dizem-nos, "foi completamente aleatório". Armas automáticas da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, para cima, para tudo.
Farhang diz estar cansado. Mas não recusa nenhuma entrevista, "mais de 25, 30, não sei". Descontraído, encosta a sola da sapatilha branca na parede e responde a tudo, sem medos.
Na hora dos ataques, Farhang não assistiu, mas estava bem perto. Ainda hoje ouve os tiros e os rebentamentos. Mantém o sorriso e a vontade de mostrar aos terroristas que "a população de Bombaím é mais forte", mas, ao final da noite, todas as noites, não consegue dormir.
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