Abencerragem: Correspondências #18

05-07-2011
marcar artigo


Nós Cristina por graça de Deos Rainha eleita, e Princeza herdeira dos Suecos, Godos e Vandalos: Grande Princeza de Finlândia, Duqueza de Ethonia, e de Carelia, Senhora de Ingria, &c. Ao Serenissimo Princepe, Irmaõ, parente e amigo nosso muito amado D. Joaõ, o quarto do nome, Rey de Portugal, dos Algarves, daquem e dalem mar em Africa, Senhor de Guiné, e das Conquistas, navegaçaõ, e Comercio em Ethiopia, Arabia, Persia, e India, &c. Saude, e prosperos sucessos.Serenissimo Princepe, Irmaõ, parente, e amigo muito amado, o Embaixador do Conselho de V. Magestade, o Illustre, Magnifico, e generoso, de nós sinceramente amado, D. Francisco de Souza Coutinho, ha pouco, que chegou, pera nos manifestar alguns negocios, que lhe foraõ cometidos. Nós pello grande parentesco, e amizade, que por muito seculos ouve entre nossos predecessores gloriosissimos, os Reys de Suecia, e de Portugal, e entre huma, e outra naçaõ, conhecendo o divino beneficio da restituiçaõ feita a V. Magestade de seu hereditario Reyno, retido por alguns annos injustamente dos Reys de Castella, recebemos de boa vontade, o dito Embaixador, e delle ouvimos com muito gosto, o que pareceo a V. Magestade cometerlhe, assi pera nos declarar a rezaõ, e pera explicar o modo de restituiçaõ na dita Coroa, como também pera que acabada toda a antiga inimizade, por cuja culpa até agora esteve suspensa a amizade, e o comercio, se restituisse de ambas as partes, a sincera confiança, e firme amizade, e tornassem à antiga liberdade, o trato, e comercio antigo. Todas estas couzas, e as que dellas se seguem, e as maes, que o Embaixador de V. Magestade com destreza, prudencia, e discripçaõ, nos propos, e mostrou por escrito, declaramos naõ só como pedia a rezaõ, e o bem de nossas couzas; mas tambem como pareceo, que convinha ao grande afecto, que temos a V. Magestade, e a toda a sua Real Caza. E como naõ duvidemos, que o mesmo Embaixador relatará a V. Magestade com igual destreza este nosso afecto, e animo muy sincero, amigavelmente pedimos, o queira V. Magestade bem entender do dito seu Embaixador, e persuadir-se, que nós pella amizade restaurada, e pello trato do comercio restituido entre os subditos, e vassallos de huma, e outra naçaõ, avemos de fazer por amor de V. Magestade quanto nos for possivel por consolidar, e augmentar toda a boa correspondência. No maes com muito affecto encomendamos à divina protecçaõ a V. Magestade. Feita em nosso Paço Real Hocholmense, aos 30 de Julho de 1641.Os Tutores, e Administradores da Sacra, e Real Magestade, e do Reyno de Suecia.Petrus. Cõde em Jacobo de la Guardie Carolo Gylde 'hielmWissingsborg. R. S. Manichus. R. S. Ammirantins.R. S. Drotzetus.Aurelius ErenstiernaR. S. CancelarioGabriel Exenstiern. L. B. inMarebij, & LindholmR. S. Thesaurario.In Luís de Freitas Branco, D. João IV, Músico


Nós Cristina por graça de Deos Rainha eleita, e Princeza herdeira dos Suecos, Godos e Vandalos: Grande Princeza de Finlândia, Duqueza de Ethonia, e de Carelia, Senhora de Ingria, &c. Ao Serenissimo Princepe, Irmaõ, parente e amigo nosso muito amado D. Joaõ, o quarto do nome, Rey de Portugal, dos Algarves, daquem e dalem mar em Africa, Senhor de Guiné, e das Conquistas, navegaçaõ, e Comercio em Ethiopia, Arabia, Persia, e India, &c. Saude, e prosperos sucessos.Serenissimo Princepe, Irmaõ, parente, e amigo muito amado, o Embaixador do Conselho de V. Magestade, o Illustre, Magnifico, e generoso, de nós sinceramente amado, D. Francisco de Souza Coutinho, ha pouco, que chegou, pera nos manifestar alguns negocios, que lhe foraõ cometidos. Nós pello grande parentesco, e amizade, que por muito seculos ouve entre nossos predecessores gloriosissimos, os Reys de Suecia, e de Portugal, e entre huma, e outra naçaõ, conhecendo o divino beneficio da restituiçaõ feita a V. Magestade de seu hereditario Reyno, retido por alguns annos injustamente dos Reys de Castella, recebemos de boa vontade, o dito Embaixador, e delle ouvimos com muito gosto, o que pareceo a V. Magestade cometerlhe, assi pera nos declarar a rezaõ, e pera explicar o modo de restituiçaõ na dita Coroa, como também pera que acabada toda a antiga inimizade, por cuja culpa até agora esteve suspensa a amizade, e o comercio, se restituisse de ambas as partes, a sincera confiança, e firme amizade, e tornassem à antiga liberdade, o trato, e comercio antigo. Todas estas couzas, e as que dellas se seguem, e as maes, que o Embaixador de V. Magestade com destreza, prudencia, e discripçaõ, nos propos, e mostrou por escrito, declaramos naõ só como pedia a rezaõ, e o bem de nossas couzas; mas tambem como pareceo, que convinha ao grande afecto, que temos a V. Magestade, e a toda a sua Real Caza. E como naõ duvidemos, que o mesmo Embaixador relatará a V. Magestade com igual destreza este nosso afecto, e animo muy sincero, amigavelmente pedimos, o queira V. Magestade bem entender do dito seu Embaixador, e persuadir-se, que nós pella amizade restaurada, e pello trato do comercio restituido entre os subditos, e vassallos de huma, e outra naçaõ, avemos de fazer por amor de V. Magestade quanto nos for possivel por consolidar, e augmentar toda a boa correspondência. No maes com muito affecto encomendamos à divina protecçaõ a V. Magestade. Feita em nosso Paço Real Hocholmense, aos 30 de Julho de 1641.Os Tutores, e Administradores da Sacra, e Real Magestade, e do Reyno de Suecia.Petrus. Cõde em Jacobo de la Guardie Carolo Gylde 'hielmWissingsborg. R. S. Manichus. R. S. Ammirantins.R. S. Drotzetus.Aurelius ErenstiernaR. S. CancelarioGabriel Exenstiern. L. B. inMarebij, & LindholmR. S. Thesaurario.In Luís de Freitas Branco, D. João IV, Músico

marcar artigo