Faleceu a Duquesa de Alba, terceira mulher mais rica de Espanha
Pedro Duarte
pedro.duarte@economico.pt
Ontem 14:27
Cayetana Fitz-James Stuart, a mulher com mais títulos nobiliárquicos do mundo, morreu hoje aos 88 anos de idade, e deixa uma herança avaliada em 2,8 mil milhões de euros.
O falecimento foi hoje anunciado oficialmente pela Casa de Alba, que precisou que a Duquesa expirou em Sevilha, cidade onde terá lugar o seu funeral, nesta sexta-feira.
A mesma fonte precisou que, após as cerimónias fúnebres, o corpo será incinerado, sendo parte das cinzas colocadas numa capela adjacente à Igreja de Cristo dos Ciganos, uma irmandade da qual a duquesa fazia parte, indo o resto para o grande panteão da Casa Ducal de Alba, situada na região de Loches, em Madrid.
De seu nome completo María del Rosario Cayetana Paloma Alfonsa Victoria Eugenia Fernanda Teresa Francisca de Paula Lourdes Antonia Josefa Fausta Rita Castor Dorotea Santa Esperanza Fitz-James Stuart, Silva, Falcó e Gurtubay, a Duquesa de Alba, líder das Casas de Alba e Stuart, era também a mulher com mais títulos de nobreza do mundo, sendo por isso uma ‘Grande de Espanha'.
Cayetana era assim Duquesa de Alba, Liria e Jérica e Berwick (este último um título no Reino Unido), Condessa-Duquesa de Olivares, Marquesa do Carpio, de La Algaba, Barcarrota, Castañeda, Coria, Eliche, Mirallo, La Mota, Moya, Osera, San Leonardo, Sarria, Tarazona, Valdunquillo, Villanueva del Fresno e Villanueva del Río.
Detinha também os títulos de Condessa de Lemos, Miranda del Castañar, Monterrey, Osorno, Andrade, Ayala, Casarrubios del Monte, Fuentes de Valdepero, Funtidueña, Galve, Gelves, San Esteban de Gormaz, Santa Cruz de la Sierra, Villalba, Modica (na Itália) e de Lerín, sendo que através deste último título era também Condestável de Navarra.
Viscondessa de la Calzada, era ainda senhora da Mansão de Moguer, tendo ainda passado durante a sua vida vários títulos à sua descendência.
O Rei de Espanha, Filipe VI, já manifestou o seu pesar pela morte da Duquesa, tendo a família real espanhola enviado as suas condolências à Casa de Alba. O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, emitiu por seu turno um comunicado onde dava os seus pêsames e os do governo à família pela morte de Cayetana Fitz-James Stuart, notando que ela foi uma grande mecenas durante a vida, e que detinha a custódia de um património histórico e artístico "excepcional".
E é com efeito para o destino deste património que se voltam agora as atenções. Avaliado pela revista norte-americana ‘Forbes' em 2,8 mil milhões de euros, a riqueza daquela que era a terceira mulher mais rica de Espanha (e a oitava maior fortuna do país) baseava-se acima de tudo no grande valor dos quadros e outras obras artísticas que possuía, bem como das vastas propriedades imobiliárias que detinha, como os palácios de Líria e de Monterrey.
Segundo as regras de sucessão da Casa de Alba, todos os bens - geridos pela Fundação Casa de Alba - passam para as mãos do filho primogénito da Duquesa, Carlos Fitz-James Stuart, de 66 anos, e que se torna também no 19º Duque de Alba e líder da Casa Ducal.
Mas uma pequena parte da herança segue para os outros filhos da duquesa, que esta teve ao longo dos anos de dois dos seus três maridos, bem como para um neto.
Assim, Alfonso Martínez de Irujo, de 64 anos, Duque de Aliaga, Jacobo Fitz-James Stuart, 60 anos e Conde de Siruela, e Fernando Martínez de Irujo, 55 anos e Marquês de San Vicente del Barco, irão todos receber várias quintas rústicas.
Já Cayetano Martínez de Irujo, de 51 anos, Conde de Salvatierra, irá obter não só algumas quintas, mas também o Palácio de Arbaizenea, em San Sebastián, bem como a propriedade de Las Arroyuelas, em Sevilha.
Eurenia Martínez de Irujo, de 46 anos, Duquesa de Montoro e única filha da Duquesa de Alba, ficará com as propriedades de Sa Aufabaguera, em Ibiza, e de La Pizana, em Gerena.
Já Fernando Fitz-James Stuart y Solís, filho de Carlos Stuart, de 24 anos de idade e agora sucessor oficial do título em caso de morte do pai, irá obter o histórico Palacio de Las Dueñas, datado do século XVI, que detém uma colecção de 1.425 bens de elevado valor histórico e artístico.
Faleceu a Duquesa de Alba, terceira mulher mais rica de Espanha
Pedro Duarte
pedro.duarte@economico.pt
Ontem 14:27
Cayetana Fitz-James Stuart, a mulher com mais títulos nobiliárquicos do mundo, morreu hoje aos 88 anos de idade, e deixa uma herança avaliada em 2,8 mil milhões de euros.
O falecimento foi hoje anunciado oficialmente pela Casa de Alba, que precisou que a Duquesa expirou em Sevilha, cidade onde terá lugar o seu funeral, nesta sexta-feira.
A mesma fonte precisou que, após as cerimónias fúnebres, o corpo será incinerado, sendo parte das cinzas colocadas numa capela adjacente à Igreja de Cristo dos Ciganos, uma irmandade da qual a duquesa fazia parte, indo o resto para o grande panteão da Casa Ducal de Alba, situada na região de Loches, em Madrid.
De seu nome completo María del Rosario Cayetana Paloma Alfonsa Victoria Eugenia Fernanda Teresa Francisca de Paula Lourdes Antonia Josefa Fausta Rita Castor Dorotea Santa Esperanza Fitz-James Stuart, Silva, Falcó e Gurtubay, a Duquesa de Alba, líder das Casas de Alba e Stuart, era também a mulher com mais títulos de nobreza do mundo, sendo por isso uma ‘Grande de Espanha'.
Cayetana era assim Duquesa de Alba, Liria e Jérica e Berwick (este último um título no Reino Unido), Condessa-Duquesa de Olivares, Marquesa do Carpio, de La Algaba, Barcarrota, Castañeda, Coria, Eliche, Mirallo, La Mota, Moya, Osera, San Leonardo, Sarria, Tarazona, Valdunquillo, Villanueva del Fresno e Villanueva del Río.
Detinha também os títulos de Condessa de Lemos, Miranda del Castañar, Monterrey, Osorno, Andrade, Ayala, Casarrubios del Monte, Fuentes de Valdepero, Funtidueña, Galve, Gelves, San Esteban de Gormaz, Santa Cruz de la Sierra, Villalba, Modica (na Itália) e de Lerín, sendo que através deste último título era também Condestável de Navarra.
Viscondessa de la Calzada, era ainda senhora da Mansão de Moguer, tendo ainda passado durante a sua vida vários títulos à sua descendência.
O Rei de Espanha, Filipe VI, já manifestou o seu pesar pela morte da Duquesa, tendo a família real espanhola enviado as suas condolências à Casa de Alba. O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, emitiu por seu turno um comunicado onde dava os seus pêsames e os do governo à família pela morte de Cayetana Fitz-James Stuart, notando que ela foi uma grande mecenas durante a vida, e que detinha a custódia de um património histórico e artístico "excepcional".
E é com efeito para o destino deste património que se voltam agora as atenções. Avaliado pela revista norte-americana ‘Forbes' em 2,8 mil milhões de euros, a riqueza daquela que era a terceira mulher mais rica de Espanha (e a oitava maior fortuna do país) baseava-se acima de tudo no grande valor dos quadros e outras obras artísticas que possuía, bem como das vastas propriedades imobiliárias que detinha, como os palácios de Líria e de Monterrey.
Segundo as regras de sucessão da Casa de Alba, todos os bens - geridos pela Fundação Casa de Alba - passam para as mãos do filho primogénito da Duquesa, Carlos Fitz-James Stuart, de 66 anos, e que se torna também no 19º Duque de Alba e líder da Casa Ducal.
Mas uma pequena parte da herança segue para os outros filhos da duquesa, que esta teve ao longo dos anos de dois dos seus três maridos, bem como para um neto.
Assim, Alfonso Martínez de Irujo, de 64 anos, Duque de Aliaga, Jacobo Fitz-James Stuart, 60 anos e Conde de Siruela, e Fernando Martínez de Irujo, 55 anos e Marquês de San Vicente del Barco, irão todos receber várias quintas rústicas.
Já Cayetano Martínez de Irujo, de 51 anos, Conde de Salvatierra, irá obter não só algumas quintas, mas também o Palácio de Arbaizenea, em San Sebastián, bem como a propriedade de Las Arroyuelas, em Sevilha.
Eurenia Martínez de Irujo, de 46 anos, Duquesa de Montoro e única filha da Duquesa de Alba, ficará com as propriedades de Sa Aufabaguera, em Ibiza, e de La Pizana, em Gerena.
Já Fernando Fitz-James Stuart y Solís, filho de Carlos Stuart, de 24 anos de idade e agora sucessor oficial do título em caso de morte do pai, irá obter o histórico Palacio de Las Dueñas, datado do século XVI, que detém uma colecção de 1.425 bens de elevado valor histórico e artístico.