Funes, el memorioso: Do valor da experiência pessoal

05-07-2011
marcar artigo


Teso, sem dinheiro, com os tostões contados para comer, a primeira vez que estive em Paris fui forçado a fazer opções. Na Torre Eiffel, não pude ir além do primeiro andar. A subida ao topo era demasiado cara para a minha bolsa.Naturalmente, fiquei frustrado. E não descansei enquanto não voltei a Paris e subi novamente à torre. Até à ponta.A verdade é que a vista do primeiro andar é muito mais espectacular. O topo é demasiado alto e a perspectiva é já a de uma vista aérea. Não se vê mais do que longínquos telhados e o olho menos especializado não consegue identificar praticamente nada. Subir ao cimo da Torre Eiffel é uma experiência muito menos interessante do que aquilo que qualquer um sonha.A quem sonha subir à Torre Eiffel e nunca o fez, adianta alguma coisa eu dizer isto? Vai desistir do sonho? Adiantaria alguma coisa que mo tivessem dito a mim? Ficaria convencido e deixaria de me sentir frustrado por não o ter conseguido da primeira vez?Claro que não!Há coisas que só se aprendem, se forem pessoalmente experimentadas.É por isso que eu duvido sempre muito da eficácia das campanhas contra a droga, assentes na descrição do horror que é a sua experiência. Se fosse tão horroroso assim, não havia tanta gente a querer viver essa experiência.O caminho tem que ser outro.


Teso, sem dinheiro, com os tostões contados para comer, a primeira vez que estive em Paris fui forçado a fazer opções. Na Torre Eiffel, não pude ir além do primeiro andar. A subida ao topo era demasiado cara para a minha bolsa.Naturalmente, fiquei frustrado. E não descansei enquanto não voltei a Paris e subi novamente à torre. Até à ponta.A verdade é que a vista do primeiro andar é muito mais espectacular. O topo é demasiado alto e a perspectiva é já a de uma vista aérea. Não se vê mais do que longínquos telhados e o olho menos especializado não consegue identificar praticamente nada. Subir ao cimo da Torre Eiffel é uma experiência muito menos interessante do que aquilo que qualquer um sonha.A quem sonha subir à Torre Eiffel e nunca o fez, adianta alguma coisa eu dizer isto? Vai desistir do sonho? Adiantaria alguma coisa que mo tivessem dito a mim? Ficaria convencido e deixaria de me sentir frustrado por não o ter conseguido da primeira vez?Claro que não!Há coisas que só se aprendem, se forem pessoalmente experimentadas.É por isso que eu duvido sempre muito da eficácia das campanhas contra a droga, assentes na descrição do horror que é a sua experiência. Se fosse tão horroroso assim, não havia tanta gente a querer viver essa experiência.O caminho tem que ser outro.

marcar artigo