Eis um comentário assinado sobre um tema que lancei há menos de 24 horas para discussão pública. O destaque é da minha responsabilidade. E é uma posição que acrescenta algo. Não subtrai."Bem sei que aqui não se dão, e muito menos se vendem, notícias. Contudo parece-me estranha a correlação entre um buzinão, segundo percebi, convocado para ontem, o Viva a Rua, festival que criei e dirigi durante 7 edições, a CDU e as eleições. Se o buzinão de protesto contra a produção exagerada de decibéis (provavelmente muito acima dos 45) fosse notícia o contexto talvez fosse um pouco mais contido, no tempo e no espaço simbólico, sob pena de não se entender nada. Talvez este protesto se pudesse relacionar com o Festival de hip hop que aconteceu há dias junto às muralha entre as portas de Avis e da Lagoa, que, apesar de licenciado até Às 4h, terá motivado uma alegada intervenção do Presidente da Câmara na sequência de um alegado protesto oriundo do hotel mar de ar aqueduto. Com o Viva a Rua a relação é, de facto forçada. Não me lembro do Viva a Rua ter DJs a disparar frequências graves que penetram nas paredes (não tenho nada contra os DJs), nem me lembro de nenhum espectáculo do Viva a Rua ir além da 1.00h. Não percebo como se pode envolver um plenário da CDU cuja realização está prevista para hoje com um buzinão que terá acontecido ontem. Também não posso perceber tudo, opiniões são apenas opiniões!Quanto aos protestos podem surgir das formas mais diversas uns com organizações políticas por detrás outros são espontâneos emergem do clic que se produz em nós próprios pelo reconhecimento dos outros e pela consciência de sermos simultaneamente reconhecidos esse é o quadro da desconstrução do que está instituído pela fusão do eu e do outro (aqui é o momento em que surge um terceiro que reinstitucionaliza as coisas). Esta é normalmente a génese dos movimentos sociais.Com ou sem partidos os protestos são portanto mais ou menos legítimos, dependendo do quadro legal de referência. Eu, por princípio respeito os movimentos de contestação porque normalmente são uma emanação dos que se situam no lado mais precário de uma relação, seja de trabalho, de cidadania ou de outro tipo qualquer.Da relação absurda entre buzinão e Viva a Rua já falei, quanto à Santíssima Trindade e a travia para os porcos tirem as devidas conclusões!"Luís Garcia16 Outubro, 2009 15:15
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Eis um comentário assinado sobre um tema que lancei há menos de 24 horas para discussão pública. O destaque é da minha responsabilidade. E é uma posição que acrescenta algo. Não subtrai."Bem sei que aqui não se dão, e muito menos se vendem, notícias. Contudo parece-me estranha a correlação entre um buzinão, segundo percebi, convocado para ontem, o Viva a Rua, festival que criei e dirigi durante 7 edições, a CDU e as eleições. Se o buzinão de protesto contra a produção exagerada de decibéis (provavelmente muito acima dos 45) fosse notícia o contexto talvez fosse um pouco mais contido, no tempo e no espaço simbólico, sob pena de não se entender nada. Talvez este protesto se pudesse relacionar com o Festival de hip hop que aconteceu há dias junto às muralha entre as portas de Avis e da Lagoa, que, apesar de licenciado até Às 4h, terá motivado uma alegada intervenção do Presidente da Câmara na sequência de um alegado protesto oriundo do hotel mar de ar aqueduto. Com o Viva a Rua a relação é, de facto forçada. Não me lembro do Viva a Rua ter DJs a disparar frequências graves que penetram nas paredes (não tenho nada contra os DJs), nem me lembro de nenhum espectáculo do Viva a Rua ir além da 1.00h. Não percebo como se pode envolver um plenário da CDU cuja realização está prevista para hoje com um buzinão que terá acontecido ontem. Também não posso perceber tudo, opiniões são apenas opiniões!Quanto aos protestos podem surgir das formas mais diversas uns com organizações políticas por detrás outros são espontâneos emergem do clic que se produz em nós próprios pelo reconhecimento dos outros e pela consciência de sermos simultaneamente reconhecidos esse é o quadro da desconstrução do que está instituído pela fusão do eu e do outro (aqui é o momento em que surge um terceiro que reinstitucionaliza as coisas). Esta é normalmente a génese dos movimentos sociais.Com ou sem partidos os protestos são portanto mais ou menos legítimos, dependendo do quadro legal de referência. Eu, por princípio respeito os movimentos de contestação porque normalmente são uma emanação dos que se situam no lado mais precário de uma relação, seja de trabalho, de cidadania ou de outro tipo qualquer.Da relação absurda entre buzinão e Viva a Rua já falei, quanto à Santíssima Trindade e a travia para os porcos tirem as devidas conclusões!"Luís Garcia16 Outubro, 2009 15:15