O México vive dias de hesitação ideológica numa encruzilhada que, muito provavelmente, ditará o rumo da recente deriva política latino americana. Cerca de 72 milhões de cidadãos são chamados a pronunciar-se naquele que é considerado um dos mais renhidos combates eleitorais na história recente do México, com um total de 5 candidatos. A cara do Partido Renovador Democrático, Andres Manuel Lopez Obrador, considerado pelos analistas um moderado de esquerda, é apontado como favorito, embora com uma cada vez mais ténue diferença de Felipe Calderón, apoiado pelo Partido Acção Nacional, a formação do presidente cessante Vicente Fox e, claro está, por Washington. É que George W. Bush vê como absolutamente premente a continuação da lógica subserviente do executivo da Cidade do México ao poder americano que deseja ver no México, mais do que um aliado na política neoliberal e socialmente conservadora, um verdadeiro tampão ao avanço dos ímpetos esquerdistas de uma América Latina em mudança (assunto, aliás, já diversas vezes abordado aqui do DD (maxime aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e ainda acolá). Vicente Fox sempre foi, durante o seu mandato, um fiel e acrítico seguidor de George W Bush tendo ficado célebre o seu escândalo diplomático que embaraçou o México: "Comes y te vas". Aquando da Cimeira das Nações Unidas em Monterrey, o Governo de Havana divulgou a gravação de uma conversa em que Vicente Fox dizia a Fidel Castro que, em território mexicano, devia "comer e pisgar-se" uma vez que que o presidente mexicano não queria ofender Bush com a presença de Fidel em território mexicano...Cômputo final, a escolha que se coloca aos mexicanos é, entre outras coisas, a continuidade de um seguidismo conivente (com Felipe Calderón) ou uma refrescante mudança de rumo com Andres Manuel Lopez Obrador.
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O México vive dias de hesitação ideológica numa encruzilhada que, muito provavelmente, ditará o rumo da recente deriva política latino americana. Cerca de 72 milhões de cidadãos são chamados a pronunciar-se naquele que é considerado um dos mais renhidos combates eleitorais na história recente do México, com um total de 5 candidatos. A cara do Partido Renovador Democrático, Andres Manuel Lopez Obrador, considerado pelos analistas um moderado de esquerda, é apontado como favorito, embora com uma cada vez mais ténue diferença de Felipe Calderón, apoiado pelo Partido Acção Nacional, a formação do presidente cessante Vicente Fox e, claro está, por Washington. É que George W. Bush vê como absolutamente premente a continuação da lógica subserviente do executivo da Cidade do México ao poder americano que deseja ver no México, mais do que um aliado na política neoliberal e socialmente conservadora, um verdadeiro tampão ao avanço dos ímpetos esquerdistas de uma América Latina em mudança (assunto, aliás, já diversas vezes abordado aqui do DD (maxime aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e ainda acolá). Vicente Fox sempre foi, durante o seu mandato, um fiel e acrítico seguidor de George W Bush tendo ficado célebre o seu escândalo diplomático que embaraçou o México: "Comes y te vas". Aquando da Cimeira das Nações Unidas em Monterrey, o Governo de Havana divulgou a gravação de uma conversa em que Vicente Fox dizia a Fidel Castro que, em território mexicano, devia "comer e pisgar-se" uma vez que que o presidente mexicano não queria ofender Bush com a presença de Fidel em território mexicano...Cômputo final, a escolha que se coloca aos mexicanos é, entre outras coisas, a continuidade de um seguidismo conivente (com Felipe Calderón) ou uma refrescante mudança de rumo com Andres Manuel Lopez Obrador.