Devaneios Desintéricos: alianças suspeitas

20-01-2012
marcar artigo


Já aqui havíamos abordado a política eslovaca considerando, então, que as eleições para o Executivo de Bratislava, mais do que apenas mais umas eleições, eram um verdadeiro laboratório político onde se experimentaria até que ponto pode uma dada comunidade política transigir no liberalismo economicista mais selvagem...Os resultados apurados revelaram a derrota do então primeiro ministro de Direita Mikuláš Dzurinda, levando ao poder o líder da esquerda moderada (Partido Smer) Robert Fico. Note-se, no entanto, que a grande surpresa das eleições eslovacas foram os resultados da extrema-direita. O Partido Nacional Eslovaco (SNS), extremista e assumidamente anti-húngaro e anti-cigano, ficou em terceira posição no escrutínio, com 11,7 por cento dos votos. O Governo saído destas eleições acabou por ser (espantem-se os mais ingénuos!!) um executivo de coligação entre a esquerda do Smer e os extremistas racistas e xenófobos do Partido da Nação Eslovaca. A reacção da Esquerda Internacional já se fez sentir, há uns dias, pelas mãos de Poul Nyrup Rasmussen, presidente do Grupo Parlamentar Socialista no Parlamento Europeu. Assim, entendeu Rasmussen expulsar o Smer do Partido Socialista Europeu, suspendendo a partir de Outubro, data da próxima reunião, qualquer contacto político com os novos senhores de Bratislava. Conforme aqui atentámos em posts anteriores, a Eslováquia continua a ser um excelente laboratório político. Desta feita, mostra-nos até que ponto está esta "esquerda" que muitos dizem "moderna" disposta a descer para acautelar o seu poder...


Já aqui havíamos abordado a política eslovaca considerando, então, que as eleições para o Executivo de Bratislava, mais do que apenas mais umas eleições, eram um verdadeiro laboratório político onde se experimentaria até que ponto pode uma dada comunidade política transigir no liberalismo economicista mais selvagem...Os resultados apurados revelaram a derrota do então primeiro ministro de Direita Mikuláš Dzurinda, levando ao poder o líder da esquerda moderada (Partido Smer) Robert Fico. Note-se, no entanto, que a grande surpresa das eleições eslovacas foram os resultados da extrema-direita. O Partido Nacional Eslovaco (SNS), extremista e assumidamente anti-húngaro e anti-cigano, ficou em terceira posição no escrutínio, com 11,7 por cento dos votos. O Governo saído destas eleições acabou por ser (espantem-se os mais ingénuos!!) um executivo de coligação entre a esquerda do Smer e os extremistas racistas e xenófobos do Partido da Nação Eslovaca. A reacção da Esquerda Internacional já se fez sentir, há uns dias, pelas mãos de Poul Nyrup Rasmussen, presidente do Grupo Parlamentar Socialista no Parlamento Europeu. Assim, entendeu Rasmussen expulsar o Smer do Partido Socialista Europeu, suspendendo a partir de Outubro, data da próxima reunião, qualquer contacto político com os novos senhores de Bratislava. Conforme aqui atentámos em posts anteriores, a Eslováquia continua a ser um excelente laboratório político. Desta feita, mostra-nos até que ponto está esta "esquerda" que muitos dizem "moderna" disposta a descer para acautelar o seu poder...

marcar artigo