“Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”
O "flop" de Cavaco Silva poderá ter sido isso mesmo: apenas e só um "flop". Um acto falhado. Demais argumentos poderão, é certo, ser opostos: Cavaco nunca se engana, raramente tem dúvidas e palavrinhas e recadinhos são, de facto, a sua área de especialidade. Tudo verdade.Mas, (tenha o Sr. Presidente o benefício da nossa dúvida!) a ter sido apenas e só um mero deslize senil (sim, senil) do hábito de quem outrora (??) se sentia confortável com a expressão "raça", a recusa da Casa Civil da Presidência da República em formular qualquer comentário àquilo que, de outra forma, poderia ter sido apenas um erro, revela um profundo desprezar de um adquirido civilizacional que não se pode prestar a confusões. Sobretudo, se presidenciais. Não se trata, de todo, de uma questão de somenos importância. O silêncio político, como tão bem sabe Cavaco Silva, abre lugar à dúvida legítima da real preponderância de determinados valores, feitos e adquiridos o que, no caso de uma democracia garantística e plural, não pode suceder. Se tudo isto não foi intencional, impunha-se a retractação. Se não o fez, todas as conclusões são legítimas.
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“Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”
O "flop" de Cavaco Silva poderá ter sido isso mesmo: apenas e só um "flop". Um acto falhado. Demais argumentos poderão, é certo, ser opostos: Cavaco nunca se engana, raramente tem dúvidas e palavrinhas e recadinhos são, de facto, a sua área de especialidade. Tudo verdade.Mas, (tenha o Sr. Presidente o benefício da nossa dúvida!) a ter sido apenas e só um mero deslize senil (sim, senil) do hábito de quem outrora (??) se sentia confortável com a expressão "raça", a recusa da Casa Civil da Presidência da República em formular qualquer comentário àquilo que, de outra forma, poderia ter sido apenas um erro, revela um profundo desprezar de um adquirido civilizacional que não se pode prestar a confusões. Sobretudo, se presidenciais. Não se trata, de todo, de uma questão de somenos importância. O silêncio político, como tão bem sabe Cavaco Silva, abre lugar à dúvida legítima da real preponderância de determinados valores, feitos e adquiridos o que, no caso de uma democracia garantística e plural, não pode suceder. Se tudo isto não foi intencional, impunha-se a retractação. Se não o fez, todas as conclusões são legítimas.