Do Portugal Profundo: O escândalo dos negócios das parcerias socialisto-privadas e das empresas públicas

30-06-2011
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Um poste sobre o escândalo dos negócios das parcerias público-privadas e o desperdício do Estado. Agradeço ao técnico, e nosso comentador, Rui Rodrigues pelo fornecimento de informação indispensável.

Começo pelas infra-estruturas de transporte, depois a Parque Escolar, em seguida a ineficiência energética e, finalmente, o desperdício das empresas públicas.

Em primeiro lugar, a ferrovia. A ferrovia poderia ser uma solução de eficiência energética, mas opções absurdas do Governo Sócrates, comprometem-na, enquanto promete o delírio do TGV. Os portos de Sines e Setúbal ficarem desligados da rede de bitola europeia, obriga à criação de uma espécie de Alfândega no Poceirão (entre a bitola ibérica e a bitola europeia). Será que vai ser atribuído esse terminal do Poceirão à Mota-Engil,  a única em condições de cumprir o caderno de encargos desenhado do concurso? O Governo socialista de Sócrates insiste, contra a opinião indignada dos especialistas, nesse entreposto do Poceirão, entre as duas bitolas - a ibérica e a europeia - em vez de prolongar a bitola europeia ( que a Espanha já adoptou) em via dupla de Badajoz até ao Pinhal Novo e de seguida, ligar, na mesma bitola europeia, Poceirão aos portos de Sines e Setúbal. Veja-se a explicação do técnico Rui Rodrigues.

Este negócio ferroviário é mais um que provoca indignação de engenheiros e economistas. Como é o escândalo da transferência de risco das empresas de construção privadas, que eram pagas pelas portagens, para o Estado , que passou a pagar um montante exorbitante aos concessionários sanguessugas consentidas do Estado, num negócio cuja causa efectiva custa a ser entendido como apenas de desorçamentação. Veja-se a reportagem de Carlos Enes, na TVI, em 11-5-2011 - «Portagens nas Scut ruinosas para o Estado:
Introdução de pagamento não foi só prejudicial para os automobilistas» - e outra, ainda do mesmo jornalista, em 6-5-2011: «Auto-estradas: Tribunal de Contas enganado - Auditoria refere "falta de documentos". Governo e Estradas de Portugal garantem que "não esconderam" nada».

Ou ainda, com a mesma perplexidade, o custo mesosférico da Parque Escolar (3 mil milhões de euros. Muito desse dinheiro a reparar o que estava sólido e bom, na absurda falácia política socialista da «janela quebrada» de Bastiat, a que chamam, mal, keynesianismo. Parque Escolar E.P.E., de múltiplos administradores, directores e pessoal inútil, uma empresa/operação que ficou com o património das escolas, que pertenciam ao Estado, e que o dá como garantia dos empréstimos de engenharia financeira que contrai (ou expande...) e a quem as escolas têm de pagar renda!... Ainda na Parque Escolar, justifica grande indignação o aumento astronómico do consumo energético das escolas provocado pelas renovações, com sistemas de aquecimento central sofisticados, dispendiosos e de elevado custo mensal, e ainda escolas iluminadas com um número de lâmpadas e potência de iluminação como se fossem aeroportos. É-me referido que o consumo energético das escolas, por causa deste programa, aumentou mais de três vezes - veja-se o magazine Biosfera, da RTP-1.

Aliás, este Governo do pseudo-ambientalista Sócrates tem sido um desastre na eficiência energética do País. O consumo de energia aumentou mais de 2009 para 2010 ano do que as pseudo-salvíficas novas barragens podem gerar. Mesmo se primeiro-ministro se justifica com o absurdo da poupança de não-sei-quantos milhões de barris de petróleo, quando as centrais portuguesas consomem carvão e gás!...

As parcerias público-privadas de negócios incompreensíveis são uma parte do problema. Outra parte, ainda nas infra-estruturas de transporte socratinas, cujo custo exorbitante e diferido levará o País à bancarrota, se o Estado não arrepiar caminho, é a desperdício das empresas públicas. Por exemplo, a Refer, cuja dívida já chega a 6 mil milhões de euros, uma larga parte pela preferência socratina de investimento em estações e betão, em vez de via férrea e material circulante... Veja-se o caso da luxuosa, e deserta, estação de... Castanheira do Ribatejo, que me dizem construída em terrenos agrícolas de classe A e que terá custado cerca de 30 milhões de euros, com escadas rolantes e elevadores panorâmicos parados e que serve para a utilização... das moscas.

A bancarrota do Estado português é a consequência dificilmente inevitável destes negócios do socialismo capitalista socratino e deste desperdício do dinheiro do povo.

Actualização: este poste foi actualizado às 10:36 de 17-5-2011.


Um poste sobre o escândalo dos negócios das parcerias público-privadas e o desperdício do Estado. Agradeço ao técnico, e nosso comentador, Rui Rodrigues pelo fornecimento de informação indispensável.

Começo pelas infra-estruturas de transporte, depois a Parque Escolar, em seguida a ineficiência energética e, finalmente, o desperdício das empresas públicas.

Em primeiro lugar, a ferrovia. A ferrovia poderia ser uma solução de eficiência energética, mas opções absurdas do Governo Sócrates, comprometem-na, enquanto promete o delírio do TGV. Os portos de Sines e Setúbal ficarem desligados da rede de bitola europeia, obriga à criação de uma espécie de Alfândega no Poceirão (entre a bitola ibérica e a bitola europeia). Será que vai ser atribuído esse terminal do Poceirão à Mota-Engil,  a única em condições de cumprir o caderno de encargos desenhado do concurso? O Governo socialista de Sócrates insiste, contra a opinião indignada dos especialistas, nesse entreposto do Poceirão, entre as duas bitolas - a ibérica e a europeia - em vez de prolongar a bitola europeia ( que a Espanha já adoptou) em via dupla de Badajoz até ao Pinhal Novo e de seguida, ligar, na mesma bitola europeia, Poceirão aos portos de Sines e Setúbal. Veja-se a explicação do técnico Rui Rodrigues.

Este negócio ferroviário é mais um que provoca indignação de engenheiros e economistas. Como é o escândalo da transferência de risco das empresas de construção privadas, que eram pagas pelas portagens, para o Estado , que passou a pagar um montante exorbitante aos concessionários sanguessugas consentidas do Estado, num negócio cuja causa efectiva custa a ser entendido como apenas de desorçamentação. Veja-se a reportagem de Carlos Enes, na TVI, em 11-5-2011 - «Portagens nas Scut ruinosas para o Estado:
Introdução de pagamento não foi só prejudicial para os automobilistas» - e outra, ainda do mesmo jornalista, em 6-5-2011: «Auto-estradas: Tribunal de Contas enganado - Auditoria refere "falta de documentos". Governo e Estradas de Portugal garantem que "não esconderam" nada».

Ou ainda, com a mesma perplexidade, o custo mesosférico da Parque Escolar (3 mil milhões de euros. Muito desse dinheiro a reparar o que estava sólido e bom, na absurda falácia política socialista da «janela quebrada» de Bastiat, a que chamam, mal, keynesianismo. Parque Escolar E.P.E., de múltiplos administradores, directores e pessoal inútil, uma empresa/operação que ficou com o património das escolas, que pertenciam ao Estado, e que o dá como garantia dos empréstimos de engenharia financeira que contrai (ou expande...) e a quem as escolas têm de pagar renda!... Ainda na Parque Escolar, justifica grande indignação o aumento astronómico do consumo energético das escolas provocado pelas renovações, com sistemas de aquecimento central sofisticados, dispendiosos e de elevado custo mensal, e ainda escolas iluminadas com um número de lâmpadas e potência de iluminação como se fossem aeroportos. É-me referido que o consumo energético das escolas, por causa deste programa, aumentou mais de três vezes - veja-se o magazine Biosfera, da RTP-1.

Aliás, este Governo do pseudo-ambientalista Sócrates tem sido um desastre na eficiência energética do País. O consumo de energia aumentou mais de 2009 para 2010 ano do que as pseudo-salvíficas novas barragens podem gerar. Mesmo se primeiro-ministro se justifica com o absurdo da poupança de não-sei-quantos milhões de barris de petróleo, quando as centrais portuguesas consomem carvão e gás!...

As parcerias público-privadas de negócios incompreensíveis são uma parte do problema. Outra parte, ainda nas infra-estruturas de transporte socratinas, cujo custo exorbitante e diferido levará o País à bancarrota, se o Estado não arrepiar caminho, é a desperdício das empresas públicas. Por exemplo, a Refer, cuja dívida já chega a 6 mil milhões de euros, uma larga parte pela preferência socratina de investimento em estações e betão, em vez de via férrea e material circulante... Veja-se o caso da luxuosa, e deserta, estação de... Castanheira do Ribatejo, que me dizem construída em terrenos agrícolas de classe A e que terá custado cerca de 30 milhões de euros, com escadas rolantes e elevadores panorâmicos parados e que serve para a utilização... das moscas.

A bancarrota do Estado português é a consequência dificilmente inevitável destes negócios do socialismo capitalista socratino e deste desperdício do dinheiro do povo.

Actualização: este poste foi actualizado às 10:36 de 17-5-2011.

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