Octávio V. Gonçalves: Rupturas de Paulo Rangel na Educação

21-01-2012
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Disponibilizo aqui a parte da entrevista de Paulo Rangel ao jornal I  que é relativa à sua proposta de ruptura na Educação. Trata-se apenas da enunciação de princípios gerais, ainda não devidamente aprofundados e estruturados, embora se perceba, desde já, a intenção de romper com as tralhas pedagógicas, com o folclore, com a infantilização da escola, com o facilitismo e com essa ideia peregrina, tão do gosto de Albino Almeida, da escola-armazém.
Basta descentrar os problemas da escola desse "desígnio" nacional demagógico, que era a avaliação dos professores, para se dar um sinal de razoabilidade e de bom senso.
Descontando uma ou outra alusão simbólica menos feliz ou a evitar, de molde a não se correr o risco de ver as ideias válidas esvaziadas e sacrificadas a clichés ou etiquetas politiqueiras, parece-me decisivo que os professores possam estar enfocados e concentrados no processo de ensino-aprendizagem, libertando a escola do clima de suspeição e de conflitualidade que decorre da circunstância de os professores se andarem a avaliar uns aos outros, investindo a sua energia e saberes em papelada e em floreados artificiais que não trazem nenhum aporte significativo às aprendizagens dos alunos, bem pelo contrário.
Estamos perante uma outra concepção de escola pública que me agrada incomparavelmente mais do que aquela que tem vindo a ser imposta nos últimos anos e que atingiu a sua expressão mais absurda com o socratismo. E o país, em termos de uma real e efectiva qualificação dos seus recursos humanos, ficará a ganhar com a ruptura proposta por Rangel.
No essencial, subscrevo as suas ideias e espero, mais logo, dispor do tempo que me permita fazer a defesa daquilo que pode ser designado como uma "escola pública exigente e verdadeiramente inclusiva".

Clicar nas imagens para ampliarIn Jornal I, 18/02/2010


Disponibilizo aqui a parte da entrevista de Paulo Rangel ao jornal I  que é relativa à sua proposta de ruptura na Educação. Trata-se apenas da enunciação de princípios gerais, ainda não devidamente aprofundados e estruturados, embora se perceba, desde já, a intenção de romper com as tralhas pedagógicas, com o folclore, com a infantilização da escola, com o facilitismo e com essa ideia peregrina, tão do gosto de Albino Almeida, da escola-armazém.
Basta descentrar os problemas da escola desse "desígnio" nacional demagógico, que era a avaliação dos professores, para se dar um sinal de razoabilidade e de bom senso.
Descontando uma ou outra alusão simbólica menos feliz ou a evitar, de molde a não se correr o risco de ver as ideias válidas esvaziadas e sacrificadas a clichés ou etiquetas politiqueiras, parece-me decisivo que os professores possam estar enfocados e concentrados no processo de ensino-aprendizagem, libertando a escola do clima de suspeição e de conflitualidade que decorre da circunstância de os professores se andarem a avaliar uns aos outros, investindo a sua energia e saberes em papelada e em floreados artificiais que não trazem nenhum aporte significativo às aprendizagens dos alunos, bem pelo contrário.
Estamos perante uma outra concepção de escola pública que me agrada incomparavelmente mais do que aquela que tem vindo a ser imposta nos últimos anos e que atingiu a sua expressão mais absurda com o socratismo. E o país, em termos de uma real e efectiva qualificação dos seus recursos humanos, ficará a ganhar com a ruptura proposta por Rangel.
No essencial, subscrevo as suas ideias e espero, mais logo, dispor do tempo que me permita fazer a defesa daquilo que pode ser designado como uma "escola pública exigente e verdadeiramente inclusiva".

Clicar nas imagens para ampliarIn Jornal I, 18/02/2010

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