...Ctrl C/Ctrl VObras do CAM habitam outros lugares18.05.2007, Maria José OliveiraUm programa de itinerância do acervo do Centro de Arte Moderna, uma conferência de Marc Ferro e o filme Desert Dream abrem hoje a segunda plataforma do Estado do MundoTransfert: itinerância, transferência, deslocação. Mais de 123 obras pertencentes ao acervo do Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Gulbenkian, em Lisboa, vão estar expostas, a partir de hoje, em espaços designados como não convencionais: Castelo Branco, Fundão, Lisboa e Tavira foram as cidades escolhidas para receber o programa.A iniciativa, que abre a segunda plataforma do fórum cultural Estado do Mundo (a primeira foi no final do ano passado e haverá ainda uma terceira, a inaugurar a 6 de Outubro), apresentará obras de Helena Almeida, Álvaro Lapa, Alberto Carneiro, Ana Vieira, Gil Heitor Cortesão, Fernando Calhau, António Areal, Rui Sanches, Rui Calçada Bastos e Ana Hatherly.Esta manhã, o presidente da Fundação Gulbenkian, Rui Vilar, vai estar presente nas inaugurações do Transfert no Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME) e no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), cuja galeria acolherá obras de António Areal.Para além do ACIME e do ISPA, foram também seleccionados para albergar o Transfert as escolas secundárias António Arroio e D. Filipa de Lencastre, a Faculdade de Economia da Universidade de Lisboa e a Universidade Católica (Lisboa). Estes espaços, assim como a Moagem - Cidade do Engenheiro e das Artes, no Fundão, "já estavam na imaginação" de António Pinto Ribeiro, programador geral do Estado do Mundo, disse ao P2 Leonor Nazaré, curadora do Transfert. Mas ela decidiu acrescentar mais dois locais à lista proposta: o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, e o Palácio da Galeria, em Tavira, onde a exposição de um extenso núcleo de obras nacionais e britânicas será inaugurada somente a 16 de Junho.A ideia do projecto foi concebida tendo em conta a possibilidade de experimentar "outros modos de relação do público com as artes visuais contemporâneas" e, por isso, o programa inclui, em todos os locais, a realização de oficinas, visitas guiadas e conversas com o público, a cargo do serviço educativo da Gulbenkian. De que forma o Transfert se enquadra nos objectivos do Estado do Mundo? Leonor Nazaré explica que o seu modelo curatorial "não passou muito por essa preocupação", uma vez que a sua atenção deteve-se mais na "adaptação" das obras "aos espaços escolhidos". Contudo, realça, o Transfert permitirá "o acesso à arte contemporânea de pessoas que têm um relação mais distante" com as artes visuais.Cinema e conferênciasEnquanto uma pequeníssima parcela do espólio do CAM (cerca de oito mil obras) pode ser vista noutros locais, o centro prepara-se para receber, a partir de 4 de Junho, o Sítio das Artes, exposição dos trabalhos realizados em residências artísticas patrocinadas pela Gulbenkian no ano passado.Para além do Transfert, há mais dois grandes projectos do Estado do Mundo que começam hoje: o programa de conferências Grandes Lições, sob o tema A Urgência da Teoria, abre com uma palestra de Marc Ferro, às 18h30 (ver caixa); e o ciclo de cinema, Todo o Mundo É um Filme, programado por Jacob Wong, responsável pelo cartaz do Festival Internacional de Cinema de Hong Kong. Às 22h, no Grande Auditório da Gulbenkian, será projectado o filme Desert Dream, de Zhang Lu, o primeiro título de um painel de 14 obras cinematográficas. Todo o Mundo É um Filme prolonga-se até 2 de Junho.A segunda plataforma do Estado do Mundo, que termina no final de Junho, apostará ainda em espectáculos de teatro, dança, óperas, tertúlias, um outro ciclo de cinema (Olhar o Estado do Mundo) e concertos. O cartaz de iniciativas pode ser consultado em estadodomundo.gulbenkian.pt.Público 18.05.2007
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...Ctrl C/Ctrl VObras do CAM habitam outros lugares18.05.2007, Maria José OliveiraUm programa de itinerância do acervo do Centro de Arte Moderna, uma conferência de Marc Ferro e o filme Desert Dream abrem hoje a segunda plataforma do Estado do MundoTransfert: itinerância, transferência, deslocação. Mais de 123 obras pertencentes ao acervo do Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Gulbenkian, em Lisboa, vão estar expostas, a partir de hoje, em espaços designados como não convencionais: Castelo Branco, Fundão, Lisboa e Tavira foram as cidades escolhidas para receber o programa.A iniciativa, que abre a segunda plataforma do fórum cultural Estado do Mundo (a primeira foi no final do ano passado e haverá ainda uma terceira, a inaugurar a 6 de Outubro), apresentará obras de Helena Almeida, Álvaro Lapa, Alberto Carneiro, Ana Vieira, Gil Heitor Cortesão, Fernando Calhau, António Areal, Rui Sanches, Rui Calçada Bastos e Ana Hatherly.Esta manhã, o presidente da Fundação Gulbenkian, Rui Vilar, vai estar presente nas inaugurações do Transfert no Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME) e no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), cuja galeria acolherá obras de António Areal.Para além do ACIME e do ISPA, foram também seleccionados para albergar o Transfert as escolas secundárias António Arroio e D. Filipa de Lencastre, a Faculdade de Economia da Universidade de Lisboa e a Universidade Católica (Lisboa). Estes espaços, assim como a Moagem - Cidade do Engenheiro e das Artes, no Fundão, "já estavam na imaginação" de António Pinto Ribeiro, programador geral do Estado do Mundo, disse ao P2 Leonor Nazaré, curadora do Transfert. Mas ela decidiu acrescentar mais dois locais à lista proposta: o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, e o Palácio da Galeria, em Tavira, onde a exposição de um extenso núcleo de obras nacionais e britânicas será inaugurada somente a 16 de Junho.A ideia do projecto foi concebida tendo em conta a possibilidade de experimentar "outros modos de relação do público com as artes visuais contemporâneas" e, por isso, o programa inclui, em todos os locais, a realização de oficinas, visitas guiadas e conversas com o público, a cargo do serviço educativo da Gulbenkian. De que forma o Transfert se enquadra nos objectivos do Estado do Mundo? Leonor Nazaré explica que o seu modelo curatorial "não passou muito por essa preocupação", uma vez que a sua atenção deteve-se mais na "adaptação" das obras "aos espaços escolhidos". Contudo, realça, o Transfert permitirá "o acesso à arte contemporânea de pessoas que têm um relação mais distante" com as artes visuais.Cinema e conferênciasEnquanto uma pequeníssima parcela do espólio do CAM (cerca de oito mil obras) pode ser vista noutros locais, o centro prepara-se para receber, a partir de 4 de Junho, o Sítio das Artes, exposição dos trabalhos realizados em residências artísticas patrocinadas pela Gulbenkian no ano passado.Para além do Transfert, há mais dois grandes projectos do Estado do Mundo que começam hoje: o programa de conferências Grandes Lições, sob o tema A Urgência da Teoria, abre com uma palestra de Marc Ferro, às 18h30 (ver caixa); e o ciclo de cinema, Todo o Mundo É um Filme, programado por Jacob Wong, responsável pelo cartaz do Festival Internacional de Cinema de Hong Kong. Às 22h, no Grande Auditório da Gulbenkian, será projectado o filme Desert Dream, de Zhang Lu, o primeiro título de um painel de 14 obras cinematográficas. Todo o Mundo É um Filme prolonga-se até 2 de Junho.A segunda plataforma do Estado do Mundo, que termina no final de Junho, apostará ainda em espectáculos de teatro, dança, óperas, tertúlias, um outro ciclo de cinema (Olhar o Estado do Mundo) e concertos. O cartaz de iniciativas pode ser consultado em estadodomundo.gulbenkian.pt.Público 18.05.2007