CIDADANIA LX: Troço do Aqueduto das Águas Livres está a ser coberto de argamassa com cimento

05-07-2011
marcar artigo


In Público (25/10/2007)Ana Henriques«EPAL alega razões de higiene e de segurança. Instituto do Património aprovou e garante que não há razão para preocupaçõesO troço do Aqueduto das Águas Livres entre o Arco do Carvalhão e as Amoreiras, em Lisboa, está a ser coberto por uma argamassa de cal e cimento. A EPAL, que é a proprietária do monumento nacional, alega razões de higiene e de segurança para a aplicação do reboco, que contou com o aval do Instituto do Património, actual Igespar.Os dejectos dos pombos são um dos motivos que levaram à aplicação desta protecção, explica Conceição Martins, do gabinete de imagem e comunicação da EPAL, acrescentando que as obras em curso atingem um troço de 200 metros e visam repor um reboco que em tempos já ali existiu. "Estamos a realizar este trabalho a pedido da Câmara de Lisboa", acrescenta. A operação está a ser acompanhada pelos serviços do património do Ministério da Cultura e visa também evitar que se soltem pedras do monumento do séc. XVIII.O presidente do Igespar, Elísio Summavielle, admite que a alteração visual possa causar algum choque, como por exemplo causou uma intervenção semelhante no aqueduto de Coimbra. Mas recorda que só a partir do séc. XIX passou a manter-se a pedra dos edifícios e monumentos à vista. "Antes disso era tudo rebocado", ressalva. No caso do Aqueduto das Águas Livres, os arcos de maior dimensão, situados sobre o vale de Alcântara, nunca sofreram esse tratamento, nem está previsto que venham a sofrê-lo. Nem tão pouco o Arco do Carvalhão, que está também a ser sujeito a intervenção nas obras em curso. "Está a proteger-se e não a estragar", assegura Summavielle, garantindo que não há razão para preocupações. "A obra está a ser feita com cuidado e com acompanhamento técnico". Quanto ao cimento que está a ser usado, "é um material que existe desde a antiguidade clássica". Elísio Summavielle diz que a operação servirá também para proteger o monumento da poluição atmosférica que existe no local. "Os lisboetas podem estar tranquilos", refere a técnica da EPAL, informando que a obra começou na semana passada e tem uma duração de quatro meses. Cem mil euros é quanto deverá custar a intervenção, de acordo com dados divulgados pela empresa em Maio passado. Seguir-se-á uma intervenção no chamado troço monumental, o do vale de Alcântara, que está ser preparada há vários meses. Aqui, a técnica usada passará pela aplicação de outro tipo de argamassa entre as juntas da pedra, destinada a "sugar" as impurezas e a sujidade, e que será retirada depois de cumprida essa função. »Seria cómico, não fora trágico.


In Público (25/10/2007)Ana Henriques«EPAL alega razões de higiene e de segurança. Instituto do Património aprovou e garante que não há razão para preocupaçõesO troço do Aqueduto das Águas Livres entre o Arco do Carvalhão e as Amoreiras, em Lisboa, está a ser coberto por uma argamassa de cal e cimento. A EPAL, que é a proprietária do monumento nacional, alega razões de higiene e de segurança para a aplicação do reboco, que contou com o aval do Instituto do Património, actual Igespar.Os dejectos dos pombos são um dos motivos que levaram à aplicação desta protecção, explica Conceição Martins, do gabinete de imagem e comunicação da EPAL, acrescentando que as obras em curso atingem um troço de 200 metros e visam repor um reboco que em tempos já ali existiu. "Estamos a realizar este trabalho a pedido da Câmara de Lisboa", acrescenta. A operação está a ser acompanhada pelos serviços do património do Ministério da Cultura e visa também evitar que se soltem pedras do monumento do séc. XVIII.O presidente do Igespar, Elísio Summavielle, admite que a alteração visual possa causar algum choque, como por exemplo causou uma intervenção semelhante no aqueduto de Coimbra. Mas recorda que só a partir do séc. XIX passou a manter-se a pedra dos edifícios e monumentos à vista. "Antes disso era tudo rebocado", ressalva. No caso do Aqueduto das Águas Livres, os arcos de maior dimensão, situados sobre o vale de Alcântara, nunca sofreram esse tratamento, nem está previsto que venham a sofrê-lo. Nem tão pouco o Arco do Carvalhão, que está também a ser sujeito a intervenção nas obras em curso. "Está a proteger-se e não a estragar", assegura Summavielle, garantindo que não há razão para preocupações. "A obra está a ser feita com cuidado e com acompanhamento técnico". Quanto ao cimento que está a ser usado, "é um material que existe desde a antiguidade clássica". Elísio Summavielle diz que a operação servirá também para proteger o monumento da poluição atmosférica que existe no local. "Os lisboetas podem estar tranquilos", refere a técnica da EPAL, informando que a obra começou na semana passada e tem uma duração de quatro meses. Cem mil euros é quanto deverá custar a intervenção, de acordo com dados divulgados pela empresa em Maio passado. Seguir-se-á uma intervenção no chamado troço monumental, o do vale de Alcântara, que está ser preparada há vários meses. Aqui, a técnica usada passará pela aplicação de outro tipo de argamassa entre as juntas da pedra, destinada a "sugar" as impurezas e a sujidade, e que será retirada depois de cumprida essa função. »Seria cómico, não fora trágico.

marcar artigo