Third Point e BTG Pactual tentam impugnar divisão do BES
Lusa
15:10
O fundo de investimento Third Point e o banco BTG Pactual estão entre os obrigacionistas do BES que avançaram com uma acção judicial para impugnar a resolução do BdP de dividir os activos em duas instituições, segundo o Financial Times.
A acção judicial refere a desigualdade de tratamento dos credores do
BES, ao proteger os seniores, que ficaram no 'banco bom' (Novo
Banco), enquanto os credores juniores e os accionistas ficaram no
chamado 'banco mau', onde se concentraram os activos e passivos
considerados tóxicos.
O Expresso tinha noticiado no sábado que um conjunto de
investidores, que considera injusta a decisão do Banco de Portugal (BdP),
tomada há três meses, entregou na sexta-feira uma acção no Tribunal
Administrativo de Lisboa contra o supervisor bancário, que a 3 de
Agosto tomou o controlo do BES.
A acção judicial pretende assim inverter a reestruturação do BES,
numa tentativa dos 'hedge funds' de recuperar parte ou a totalidade
do investimento realizado na emissão de obrigações subordinadas
realizada em Novembro de 2013, no montante de 750 milhões de euros.
Também o The Wall Street Journal noticia que Daniel Loeb, presidente
executivo da Third Point, que representa fundos de investimento que
controlam mais de 40% da dívida júnior, ainda tentou em Julho
"evitar o colapso do BES".
O Expresso dizia ainda que "os investidores alegam não apenas a
inconstitucionalidade da medida como a violação dos princípios da
igualdade e proporcionalidade" na acção judicial, que conta com o
parecer de dois professores catedráticos da Universidade de Direito
de Lisboa, Jorge Miranda e Paulo Otero.
A 3 de Agosto, o BdP tomou o controlo do BES, após o
banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de
euros, e anunciou a separação da instituição. No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os activos
e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os activos e passivos considerados não problemáticos.
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Third Point e BTG Pactual tentam impugnar divisão do BES
Lusa
15:10
O fundo de investimento Third Point e o banco BTG Pactual estão entre os obrigacionistas do BES que avançaram com uma acção judicial para impugnar a resolução do BdP de dividir os activos em duas instituições, segundo o Financial Times.
A acção judicial refere a desigualdade de tratamento dos credores do
BES, ao proteger os seniores, que ficaram no 'banco bom' (Novo
Banco), enquanto os credores juniores e os accionistas ficaram no
chamado 'banco mau', onde se concentraram os activos e passivos
considerados tóxicos.
O Expresso tinha noticiado no sábado que um conjunto de
investidores, que considera injusta a decisão do Banco de Portugal (BdP),
tomada há três meses, entregou na sexta-feira uma acção no Tribunal
Administrativo de Lisboa contra o supervisor bancário, que a 3 de
Agosto tomou o controlo do BES.
A acção judicial pretende assim inverter a reestruturação do BES,
numa tentativa dos 'hedge funds' de recuperar parte ou a totalidade
do investimento realizado na emissão de obrigações subordinadas
realizada em Novembro de 2013, no montante de 750 milhões de euros.
Também o The Wall Street Journal noticia que Daniel Loeb, presidente
executivo da Third Point, que representa fundos de investimento que
controlam mais de 40% da dívida júnior, ainda tentou em Julho
"evitar o colapso do BES".
O Expresso dizia ainda que "os investidores alegam não apenas a
inconstitucionalidade da medida como a violação dos princípios da
igualdade e proporcionalidade" na acção judicial, que conta com o
parecer de dois professores catedráticos da Universidade de Direito
de Lisboa, Jorge Miranda e Paulo Otero.
A 3 de Agosto, o BdP tomou o controlo do BES, após o
banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de
euros, e anunciou a separação da instituição. No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os activos
e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os activos e passivos considerados não problemáticos.