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Grécia fez-se sentir no leilão do IGCP
00:07 Luís Reis Pires
Portugal viu os juros subir no leilão de Bilhetes do Tesouro realizado ontem.
Portugal foi ontem ao mercado emitir dívida de curto prazo e, ao contrário do que era esperado, sentiu o efeito negativo da incerteza na Grécia, pagando juros mais altos face às anteriores emissões. Os analistas antecipavam que o recente nervosismo dos mercados não tivesse impacto no preço dos Bilhetes do Tesouro (BT), mas apenas nas maturidades mais longas.
O IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - colocou 750 milhões de euros junto dos investidores, em títulos a três e 11 meses. O montante mínimo indicativo para o leilão, cujo máximo estava nos mil milhões. O Tesouro emitiu 200 milhões de euros na maturidade mais curta, a três meses, com um juro de 0,044%, acima dos 0,007% conseguidos no último leilão com a mesma maturidade. Já na maturidade mais longa, a 11 meses, o IGCP colocou 550 milhões de euros com os juros a fixarem-se nos 0,16%, acima da taxa média de 0,015% verificada no último leilão comparável também realizado a 15 de Abril.
Em ambas as maturidades a procura superou em larga escala a oferta.
Os analistas consideram que o impasse em relação à Grécia teve um impacto negativo no leilão, motivando o IGCP a ficar-se pelo montante mínimo. "Relativamente à Grécia, qualquer não decisão afecta mais o mercado do que uma má decisão", afirma Filipe Silva, gestor de dívida do Banco Carregosa. Já Jan Von Gerich, analista chefe de dívida do Nordea Bank, disse, citado pela Reuters, que "esta emissão demonstra que o que está a acontecer na Grécia está ter impacto na parte das maturidades mais curtas da curva".
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Grécia fez-se sentir no leilão do IGCP
00:07 Luís Reis Pires
Portugal viu os juros subir no leilão de Bilhetes do Tesouro realizado ontem.
Portugal foi ontem ao mercado emitir dívida de curto prazo e, ao contrário do que era esperado, sentiu o efeito negativo da incerteza na Grécia, pagando juros mais altos face às anteriores emissões. Os analistas antecipavam que o recente nervosismo dos mercados não tivesse impacto no preço dos Bilhetes do Tesouro (BT), mas apenas nas maturidades mais longas.
O IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - colocou 750 milhões de euros junto dos investidores, em títulos a três e 11 meses. O montante mínimo indicativo para o leilão, cujo máximo estava nos mil milhões. O Tesouro emitiu 200 milhões de euros na maturidade mais curta, a três meses, com um juro de 0,044%, acima dos 0,007% conseguidos no último leilão com a mesma maturidade. Já na maturidade mais longa, a 11 meses, o IGCP colocou 550 milhões de euros com os juros a fixarem-se nos 0,16%, acima da taxa média de 0,015% verificada no último leilão comparável também realizado a 15 de Abril.
Em ambas as maturidades a procura superou em larga escala a oferta.
Os analistas consideram que o impasse em relação à Grécia teve um impacto negativo no leilão, motivando o IGCP a ficar-se pelo montante mínimo. "Relativamente à Grécia, qualquer não decisão afecta mais o mercado do que uma má decisão", afirma Filipe Silva, gestor de dívida do Banco Carregosa. Já Jan Von Gerich, analista chefe de dívida do Nordea Bank, disse, citado pela Reuters, que "esta emissão demonstra que o que está a acontecer na Grécia está ter impacto na parte das maturidades mais curtas da curva".