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15-07-2011
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Entrevista. Apontado por muitos como o provável sucessor de Maria da Luz Rosinha na corrida à câmara, Fernando Paulo Ferreira foi reconduzido na liderança da concelhia socialista de Vila Franca. Em entrevista ao NA desmente as alegadas divisões internas, remete qualquer discussão em torno das autárquicas de 2013 para mais tarde e explica que desafios se impõem ao concelho no futuro.

Ana Filipa de Sousa/ Mário Caritas

“Notícias de Alverca”: Foi um dos candidatos à Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Vila Franca. Porque é que voltou a candidatar-se?

Fernando Paulo Ferreira: Estou envolvido no projecto do Partido Socialista há muitos anos e depois de dois anos de batalhas políticas interessantes no concelho, com três eleições a nosso cargo, as europeias, legislativas e autárquicas, e todas elas vitoriosas a nível local, fazia sentido mais dois anos para reforçar este projecto e preparar o futuro do concelho.

“NA”: Desta vez a margem da vitória foi mais magra do que em 2008.

FPF: É sinal de vitalidade. O PS é o maior partido em termos de actividade no concelho e é o que tem mais responsabilidades a nível local, seja pelas presidências das juntas de freguesia, seja pela presidência da câmara ou da assembleia municipal. É um partido que internamente tem um conjunto de tendências, vontades e agendas que não têm de ser unanimistas e é com toda a naturalidade que encaro esta pluralidade.

“NA”: Há quem garanta, no entanto, que se vive uma divisão interna no PS de Vila Franca de Xira.

FPF: Não sinto que isso seja verdade. A partir do momento em que há eleições e que é composta uma Comissão Politica Concelhia todos os seus elementos são membros de uma única estrutura e são tratados de igual forma. O tratamento e o envolvimento são, absolutamente, iguais. Não considero que haja divisões. Houve, no momento certo, pessoas que se predispuseram a assumir outro tipo de responsabilidades e os militantes tomaram a sua decisão. A partir de agora somos só um PS.

“NA”: Mas perder as eleições em Alverca, Forte da Casa e em Vialonga revela que os militantes do PS, nesses mesmos locais, não se revêem no seu projecto?

FPF: Nas eleições para a concelhia o que conta é a soma dos votos de todas as freguesias. Só há uma Comissão Política Concelhia e só um presidente da comissão que reflecte o resultado conseguido no concelho inteiro. De qualquer forma, é estimulante pensar que há opiniões diferentes, que as pessoas as manifestaram, mas que a concelhia está eleita, é só uma, e trabalharemos com toda a gente como, aliás, foi feito até aqui.

“NA”: A sua lista incluía muitos elementos jovens. A renovação é um objectivo?

FPF: Fiz questão disso. Conto com um conjunto de pessoas que são novas no partido e conto com um grande conjunto de pessoas jovens que são da JS. É um sinal claro de uma renovação do próprio partido em que estamos muito apostados. Este mandato, do ponto de vista partidário, tem dois desafios fundamentais. Um é conseguir uma maior abertura do partido à sociedade civil para que se possa trazer para os fóruns de discussão mais pessoas. Em segundo lugar é preciso trazer a juventude para dentro das estruturas partidárias e mais militantes para o PS. Isso faz-se recorrendo às pessoas que têm experiência e uma história de vida maior nesta área, mas também com jovens e essa perspectiva de querer mais juventude é uma marca desta Comissão Política Concelhia.

“NA”: Será também nestes dois anos que se vão começar a delinear os nomes para ocupar os lugares dos elementos que terão de ser substituídos?

FPF: A escolha formal dos candidatos não compete a esta comissão. A esta compete garantir as bases do programa e massa crítica suficiente para haver uma reflexão e uma reunião de pessoas à volta do nosso projecto. Na altura certa, ou com esta Comissão Política ou com a que imediatamente se seguirá, serão tomadas todas as decisões referentes aos candidatos autárquicos, sendo de prever que os candidatos às freguesias serão assegurados por via das secções locais.

“NA”: O seu nome é apontado por muita gente para suceder à actual presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Concorrer como cabeça de lista do PS à câmara em 2013 é uma hipótese em aberto?

FPF: Esse assunto não está em cima da mesa. Neste momento, a presidente da câmara tem um mandato para fazer e é esse compromisso em que ela, e todos os vereadores, estão absolutamente empenhados. Na altura certa se verá quem é a pessoa que representa melhor os interesses do PS e do concelho.

“NA”: Apresenta-se difícil encontrar alguém com o perfil de Luz Rosinha dentro do partido para a substituir?

FPF: A presidente de câmara, pelo trabalho que desenvolveu, pelas suas características e a sua grande proximidade às pessoas forjou, com muito trabalho, empenho e competência, o lugar que tem, quer no concelho, quer fora dele. O PS é um partido grande, com muitas pessoas e não tenho dúvidas de que encontraremos alguém que saiba dar continuidade ao projecto que, embora com novos rostos, do ponto de vista do seu fundamento, é o mesmo. Um projecto feito com pessoas, para trabalhar para as pessoas e para o desenvolvimento do concelho.

“NA”: Mas, caso o seu nome seja o avançado para liderar a corrida eleitoral é uma possibilidade para a qual se sente preparado?

FPF: Sou um homem que gosta de desafios. De qualquer forma, só nessa altura é que o partido e as suas estruturas tomarão uma decisão e só nessa altura é que os indicados poderão tomar uma decisão. Não estamos ainda em tempo de discutir esse assunto.

Leia esta entrevista completa na edição impressa

Entrevista. Apontado por muitos como o provável sucessor de Maria da Luz Rosinha na corrida à câmara, Fernando Paulo Ferreira foi reconduzido na liderança da concelhia socialista de Vila Franca. Em entrevista ao NA desmente as alegadas divisões internas, remete qualquer discussão em torno das autárquicas de 2013 para mais tarde e explica que desafios se impõem ao concelho no futuro.

Ana Filipa de Sousa/ Mário Caritas

“Notícias de Alverca”: Foi um dos candidatos à Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Vila Franca. Porque é que voltou a candidatar-se?

Fernando Paulo Ferreira: Estou envolvido no projecto do Partido Socialista há muitos anos e depois de dois anos de batalhas políticas interessantes no concelho, com três eleições a nosso cargo, as europeias, legislativas e autárquicas, e todas elas vitoriosas a nível local, fazia sentido mais dois anos para reforçar este projecto e preparar o futuro do concelho.

“NA”: Desta vez a margem da vitória foi mais magra do que em 2008.

FPF: É sinal de vitalidade. O PS é o maior partido em termos de actividade no concelho e é o que tem mais responsabilidades a nível local, seja pelas presidências das juntas de freguesia, seja pela presidência da câmara ou da assembleia municipal. É um partido que internamente tem um conjunto de tendências, vontades e agendas que não têm de ser unanimistas e é com toda a naturalidade que encaro esta pluralidade.

“NA”: Há quem garanta, no entanto, que se vive uma divisão interna no PS de Vila Franca de Xira.

FPF: Não sinto que isso seja verdade. A partir do momento em que há eleições e que é composta uma Comissão Politica Concelhia todos os seus elementos são membros de uma única estrutura e são tratados de igual forma. O tratamento e o envolvimento são, absolutamente, iguais. Não considero que haja divisões. Houve, no momento certo, pessoas que se predispuseram a assumir outro tipo de responsabilidades e os militantes tomaram a sua decisão. A partir de agora somos só um PS.

“NA”: Mas perder as eleições em Alverca, Forte da Casa e em Vialonga revela que os militantes do PS, nesses mesmos locais, não se revêem no seu projecto?

FPF: Nas eleições para a concelhia o que conta é a soma dos votos de todas as freguesias. Só há uma Comissão Política Concelhia e só um presidente da comissão que reflecte o resultado conseguido no concelho inteiro. De qualquer forma, é estimulante pensar que há opiniões diferentes, que as pessoas as manifestaram, mas que a concelhia está eleita, é só uma, e trabalharemos com toda a gente como, aliás, foi feito até aqui.

“NA”: A sua lista incluía muitos elementos jovens. A renovação é um objectivo?

FPF: Fiz questão disso. Conto com um conjunto de pessoas que são novas no partido e conto com um grande conjunto de pessoas jovens que são da JS. É um sinal claro de uma renovação do próprio partido em que estamos muito apostados. Este mandato, do ponto de vista partidário, tem dois desafios fundamentais. Um é conseguir uma maior abertura do partido à sociedade civil para que se possa trazer para os fóruns de discussão mais pessoas. Em segundo lugar é preciso trazer a juventude para dentro das estruturas partidárias e mais militantes para o PS. Isso faz-se recorrendo às pessoas que têm experiência e uma história de vida maior nesta área, mas também com jovens e essa perspectiva de querer mais juventude é uma marca desta Comissão Política Concelhia.

“NA”: Será também nestes dois anos que se vão começar a delinear os nomes para ocupar os lugares dos elementos que terão de ser substituídos?

FPF: A escolha formal dos candidatos não compete a esta comissão. A esta compete garantir as bases do programa e massa crítica suficiente para haver uma reflexão e uma reunião de pessoas à volta do nosso projecto. Na altura certa, ou com esta Comissão Política ou com a que imediatamente se seguirá, serão tomadas todas as decisões referentes aos candidatos autárquicos, sendo de prever que os candidatos às freguesias serão assegurados por via das secções locais.

“NA”: O seu nome é apontado por muita gente para suceder à actual presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Concorrer como cabeça de lista do PS à câmara em 2013 é uma hipótese em aberto?

FPF: Esse assunto não está em cima da mesa. Neste momento, a presidente da câmara tem um mandato para fazer e é esse compromisso em que ela, e todos os vereadores, estão absolutamente empenhados. Na altura certa se verá quem é a pessoa que representa melhor os interesses do PS e do concelho.

“NA”: Apresenta-se difícil encontrar alguém com o perfil de Luz Rosinha dentro do partido para a substituir?

FPF: A presidente de câmara, pelo trabalho que desenvolveu, pelas suas características e a sua grande proximidade às pessoas forjou, com muito trabalho, empenho e competência, o lugar que tem, quer no concelho, quer fora dele. O PS é um partido grande, com muitas pessoas e não tenho dúvidas de que encontraremos alguém que saiba dar continuidade ao projecto que, embora com novos rostos, do ponto de vista do seu fundamento, é o mesmo. Um projecto feito com pessoas, para trabalhar para as pessoas e para o desenvolvimento do concelho.

“NA”: Mas, caso o seu nome seja o avançado para liderar a corrida eleitoral é uma possibilidade para a qual se sente preparado?

FPF: Sou um homem que gosta de desafios. De qualquer forma, só nessa altura é que o partido e as suas estruturas tomarão uma decisão e só nessa altura é que os indicados poderão tomar uma decisão. Não estamos ainda em tempo de discutir esse assunto.

Leia esta entrevista completa na edição impressa

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