Não é preciso que o défice real atinja os 7% anunciados hoje pelo jornal «A Capital». Bastam os 6% que já se davam por adquiridos para que a situação não seja apenas má. É de uma catástrofe orçamental que se trata e de uma imperdoável irresponsabilidade do Governo precedente.Quando Santana Lopes disse que o fim da austeridade tinha chegado ao fim saberia do que estava a falar? O ministro Bagão Félix tinha alguma ideia da pasta que tutelava? Como podem ter deixado o País afundar-se a este ponto depois do impudico exercício de flagelação a que se dedicaram em relação ao Governo do Eng.º Guterres?Claro que nem todos os Governos têm o privilégio de ter nas Finanças um ministro com a qualidade e sensibilidade de Sousa Franco. Mas não se pode chegar à leviandade de confiar os destinos do País a Santana Lopes e as Finanças públicas a Bagão Félix.A coligação PSD/CDS delapidou o património sem conter o défice, congelou os salários da função pública sem equilibrar o Orçamento, passou o tempo a denegrir o passado sem deixar de agravar o futuro.É esta gente que não soube governar Portugal, de quem apenas há fortes suspeitas de se ter governado, que não honrou as instituições nem prestigiou a democracia, que sonha ter um presidente da República da sua confiança.Para além da enorme promiscuidade entre o poder político e o poder económico a que é preciso pôr cobro, e de que nenhum partido do poder esteve imune no passado, há que recordar a imensa desgraça que constituíram ministros como Celeste Cardona, Bagão Félix, Paulo Portas, Nobre Guedes e tantos outros.Vêm aí maus tempos, não tenhamos ilusões. E os portugueses não compreenderão que com o aperto do cinto, a que todos vamos estar sujeitos, permaneçam mordomias que ofendem, sinecuras que envergonham e amplitudes remuneratórias que atingiram níveis obscenos na função pública. Não podem ser os mais modestos os mais sacrificados. O Governo é PS e tem de mostrar que o é. É pelas mordomias que deve começar.
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Não é preciso que o défice real atinja os 7% anunciados hoje pelo jornal «A Capital». Bastam os 6% que já se davam por adquiridos para que a situação não seja apenas má. É de uma catástrofe orçamental que se trata e de uma imperdoável irresponsabilidade do Governo precedente.Quando Santana Lopes disse que o fim da austeridade tinha chegado ao fim saberia do que estava a falar? O ministro Bagão Félix tinha alguma ideia da pasta que tutelava? Como podem ter deixado o País afundar-se a este ponto depois do impudico exercício de flagelação a que se dedicaram em relação ao Governo do Eng.º Guterres?Claro que nem todos os Governos têm o privilégio de ter nas Finanças um ministro com a qualidade e sensibilidade de Sousa Franco. Mas não se pode chegar à leviandade de confiar os destinos do País a Santana Lopes e as Finanças públicas a Bagão Félix.A coligação PSD/CDS delapidou o património sem conter o défice, congelou os salários da função pública sem equilibrar o Orçamento, passou o tempo a denegrir o passado sem deixar de agravar o futuro.É esta gente que não soube governar Portugal, de quem apenas há fortes suspeitas de se ter governado, que não honrou as instituições nem prestigiou a democracia, que sonha ter um presidente da República da sua confiança.Para além da enorme promiscuidade entre o poder político e o poder económico a que é preciso pôr cobro, e de que nenhum partido do poder esteve imune no passado, há que recordar a imensa desgraça que constituíram ministros como Celeste Cardona, Bagão Félix, Paulo Portas, Nobre Guedes e tantos outros.Vêm aí maus tempos, não tenhamos ilusões. E os portugueses não compreenderão que com o aperto do cinto, a que todos vamos estar sujeitos, permaneçam mordomias que ofendem, sinecuras que envergonham e amplitudes remuneratórias que atingiram níveis obscenos na função pública. Não podem ser os mais modestos os mais sacrificados. O Governo é PS e tem de mostrar que o é. É pelas mordomias que deve começar.