as declarações de luís filipe vieira descodificadas por luís avelãs no 'record online':"É verdade que Vieira não especificou as alterações que tem em mente, mas façamos um pequeno exercício para tentar decifrar o que, bem vistas as coisas, acaba por ser claro como a água. Vai o presidente bater com a porta? É óbvio que não! Já o vimos, vezes sem conta, a reclamar com todas as injustiças que ocorrem no desporto, em geral, e no futebol, em particular, mas daí até resolver abdicar... a distância é grande. Digamos que daqui até, talvez, Plutão!Segunda hipótese: estará Vieira a pensar em Rui Costa? Também não. Para além de isso ser pouco provável (o presidente não poupa, pelo menos publicamente, elogios ao director-desportivo), em período de pré-eleições - caso o líder fosse por aí - bastaria ao ex-futebolista associar-se a uma candidatura de oposição (ou avançar com uma própria) para Vieira, muito provavelmente, ter os dias contados na Luz. Há muita gente que reconhece o mérito do actual presidente em recuperar a imagem do clube junto das instituições financeiras, mas desportivamente o seu consulado tem sido muito fraquinho. E quantos sócios estarão do seu lado se, por hipótese, Rui Costa alinhar do lado contrário da barricada? Poucos. Muito poucos.Terceira hipótese: serão os futebolistas os alvos da mensagem? Nem por sombras! Se fosse esse o caso, não era preciso o presidente fazer esta sentida declaração. Todos os anos, todas as equipas, independentemente de conquistarem títulos ou descerem de divisão, procedem a mudanças. Podem ser significativas ou meros ajustamentos, mas nunca o Benfica, nem nenhuma equipa de um escalão principal, teve o mesmo grupo de profissionais duas temporadas seguidas. Logo, esta possibilidade também não serve.Acreditando que Vieira não deve estar muito preocupado em mudar o motorista do autocarro, os tratadores da relva, os técnicos de equipamentos (antigamente conhecidos como roupeiros) ou mesmo os membros da equipa médica (este ano, por comparação com anteriores, tiveram pouco trabalho), sou levado a pensar que quem está no ponto de mira é Quique Flores e mais os adjuntos. Os "seus" adjuntos, pois convém recordar que, para o espanhol, Diamantino e Chalana eram ilustres desconhecidos que, de vez a vez, apareciam equipados nos relvados do Seixal para, digo eu, fazer umas corridinhas, já que, para aquilo que foram contratados, desde o primeiro dia estiveram dispensados."
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as declarações de luís filipe vieira descodificadas por luís avelãs no 'record online':"É verdade que Vieira não especificou as alterações que tem em mente, mas façamos um pequeno exercício para tentar decifrar o que, bem vistas as coisas, acaba por ser claro como a água. Vai o presidente bater com a porta? É óbvio que não! Já o vimos, vezes sem conta, a reclamar com todas as injustiças que ocorrem no desporto, em geral, e no futebol, em particular, mas daí até resolver abdicar... a distância é grande. Digamos que daqui até, talvez, Plutão!Segunda hipótese: estará Vieira a pensar em Rui Costa? Também não. Para além de isso ser pouco provável (o presidente não poupa, pelo menos publicamente, elogios ao director-desportivo), em período de pré-eleições - caso o líder fosse por aí - bastaria ao ex-futebolista associar-se a uma candidatura de oposição (ou avançar com uma própria) para Vieira, muito provavelmente, ter os dias contados na Luz. Há muita gente que reconhece o mérito do actual presidente em recuperar a imagem do clube junto das instituições financeiras, mas desportivamente o seu consulado tem sido muito fraquinho. E quantos sócios estarão do seu lado se, por hipótese, Rui Costa alinhar do lado contrário da barricada? Poucos. Muito poucos.Terceira hipótese: serão os futebolistas os alvos da mensagem? Nem por sombras! Se fosse esse o caso, não era preciso o presidente fazer esta sentida declaração. Todos os anos, todas as equipas, independentemente de conquistarem títulos ou descerem de divisão, procedem a mudanças. Podem ser significativas ou meros ajustamentos, mas nunca o Benfica, nem nenhuma equipa de um escalão principal, teve o mesmo grupo de profissionais duas temporadas seguidas. Logo, esta possibilidade também não serve.Acreditando que Vieira não deve estar muito preocupado em mudar o motorista do autocarro, os tratadores da relva, os técnicos de equipamentos (antigamente conhecidos como roupeiros) ou mesmo os membros da equipa médica (este ano, por comparação com anteriores, tiveram pouco trabalho), sou levado a pensar que quem está no ponto de mira é Quique Flores e mais os adjuntos. Os "seus" adjuntos, pois convém recordar que, para o espanhol, Diamantino e Chalana eram ilustres desconhecidos que, de vez a vez, apareciam equipados nos relvados do Seixal para, digo eu, fazer umas corridinhas, já que, para aquilo que foram contratados, desde o primeiro dia estiveram dispensados."